Chorei absurdos. Chloé havia partido e me deixado...me deixando apenas com o filho. Agora, tudo seria mais complicado.
— Senhor Agreste, sinto muito, mas o senhor deve se retirar da sala. — doutora Tikki tocou meu ombro, delicadamente. — Lamento.
Fechei os olhos e sequei as lágrimas que ainda escorriam em meu rosto. Assenti e saí dali. Ainda não consigo acreditar que isso aconteceu. Eu devia ter insistido para que ela ficasse em casa. A culpa é minha!
A culpa é toda minha!
Me sentei numa cadeira e curvei a cabeça para baixo. Senti uma mão tocar meu ombro. Olhei para cima e vi minha mãe. Ela tentava sorrir, mas sua boca tremia.
— Vim o mais rápido que pude — ela se sentou ao meu lado e acariciou meu rosto.
— Ela se foi, mãe — a abracei, chorando em seu colo.
— Adrien...
Minha mãe foi interrompida por um médico que se aproximou da gente. Endireitei minha coluna e o observei.
— Sim? — minha mãe se pronunciou.
— Tenho notícias do bebê.
Me levantei da cadeira rapidamente, completamente eufórico. Mamãe se levantou também e colocou as mãos em meus ombros tensos.
— O quê? — quis saber.
— Ele tinha 20% de chance de sobreviver — começou ele. — Fizemos de tudo para que isso fosse possível. Ele ficou em observação por uma hora, até que veio a óbito. Eu lamento.
Ele fez um breve aceno para minha mãe e se retirou. Meu Deus! Por que? Eu só queria saber o porquê disso tudo! Perdi duas pessoas importantes na minha vida, só hoje.
Abaixei a cabeça e me ajoelhei no chão, chorando, como uma criança mimada. Queria morrer agora.
"Cuide do nosso filho por mim".
A voz de Chloé ecoava na minha cabeça, e isso me fez ranger os dentes. Eu não poderia cuidar dele. Eu não o poderia ter...e também não teria mais ela.
Nunca mais.
— Filho — minha mãe se ajoelhou ao meu lado e me abraçou. —, tudo tem uma explicação. Nada acontece por acaso. Para tudo existe um plano.
— Que plano injusto é este? — a fuzilei com o olhar, na esperança dela recuar, mas isso não aconteceu. — A Chloé e meu filho morreram, mãe!
— Eu sei que está contrariado. Mas...
— Só quero ir embora — me levantei. — Os pais da Chloé estão vindo de Nova Orleans para decidir se vão doar os órgãos ou não.
— Filho...
— Boa noite, mamãe.
Coloquei as mãos nos bolsos da calça e caminhei apressadamente até o elevador, que Graças a Deus, estava vazio.
— Deus, qual é o seu plano, afinal?
Marinette
Demorei quase uma hora e meia para ter o bebê. Nathaniel estava comigo e meus pais estavam prestes a chegar. Quando finalmente ouvi o primeiro choro, respirei fundo e caí com o corpo na maca novamente.
— Parabéns, é uma linda menina. — ouvi a médica dizer.
— Uma menina...? — perguntei meio tonta.
— Marinette, ela é linda. — ouvi Nathaniel dizer. — Ela nasceu com os cabelos da cor do seu, e...
Não consegui ouvir mais nada depois disso, só senti meus olhos pesarem e meu corpo ceder ao cansaço. De repente, tudo escureceu.
Narrador observador
Marinette acabou desmaiando após dar a luz a uma bela e saudável garotinha. Porém, estava um pouco abaixo do peso, e iria precisar ficar em observação por alguns dias. Enquanto Marinette descansava no quarto, a pequenina fez todos os testes necessários e colocada num bercinho, junto a outros bebês num berçário. Ela foi chamada de "paciente número 507", já que ainda não possuía um nome.
Sabine e Tom estavam lá o tempo inteiro, e não viam a hora da filha acordar para nomear a criança. Nathaniel não ficou por muito tempo e precisou voltar para casa.
Kagami, enfermeira do hospital e amiga de Adrien, ficou sabendo do acontecido e se lamentou muito pelo ocorrido. Sempre quisera uma chance com o loiro, mas nunca havia desejado a morte da finada modelo internacional, Chloé Bourgeois. E muito menos, de seu herdeiro.
Na noite daquele mesmo dia, ela estava andando pelo berçário e viu a bebê de número 507. Ficou curiosa.
— Por que este bebê tem um número de identificação? — perguntou para uma outra enfermeira que passava pelo local.
— Ah — se aproximou de Kagami. — Ela ainda não tem um nome. A mãe desmaiou de cansaço após lhe dar a luz, e precisamos trazê-la para cá de qualquer maneira.
— E a paciente tem chance de acordar?
— Claro — afirmou. — Ela está dormindo agora com o efeito do remédio. Perguntou aonde estava a filha, mas mesmo assim, não lhe deu um nome.
— Ela corre risco de sofrer alguma lesão? Tipo, se esquecer do que se passou?
A mulher deu de ombros e disse apenas:
— Ambas estão em observação. A mãe e a filha. — e saiu.
Kagami olhou para a pequenina de 54 centímetros e sorriu. Não era um menino, mas iria alegrar o coração desolado de seu amigo. Afinal, a mãe daquela criança poderia ser uma descompensada, e talvez, não se lembraria de ter tido uma filha. Aquela menina era a luz. A solução para tudo. Para ela e para Adrien.
Ela olhou de um lado para o outro para ver se não tinha ninguém mais ali além dela e dos bebês. Ela pegou a manta cor-de-rosa que estava ao lado da menina e a enrolou. Antes que ela pudesse chorar, Kagami a sacudiu e cantou um trecho de uma canção de ninar japonesa, que a acalmou, para a sorte da jovem enfermeira.
Cortou a pequena etiqueta ao redor de seu pequeno pé e a carregou dali, desviando ao máximo das câmeras.
...
Mais um hoje, porque já me recuperei psicologicamente. Esse também é meio triste, mas...precisamos desses momentos para vir a felicidade depois!
Espero que tenham gostado.
E, aqui, a Kagami vai ser a vilã e a Lila vai ser considerada a boazinha.
É isso aí meus lindos!
Bye bye!;)
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Minha Pequena Emma - Miraculous
FanficEm uma viagem para o Canadá com seus pais, Marinette conhece Luka e se apaixona por ele após algumas horas de convivência, porém, os pais da jovem não aprovam nada daquilo e eles decidem fugir. Semanas depois, Marinette descobre que está grávida e i...