Adrien
Tive vontade de dizer a ela que meu filho — biológico — também estaria completando quinze anos. Mas não iria fazer muita diferença, e ela também já tinha conhecimento do ocorrido.
Mesmo tantos anos tendo ela como designer da minha empresa, era muito raro termos qualquer tipo de contado — apenas por e-mails. Mas, mesmo assim, eu sabia que ela era especial, e não merecia passar por todas essas atribulações.— M-me desculpe — ela se afastou e colocou as mãos sobre o rosto, tentando esconder sua vergonha. — Eu não devia...
Com delicadeza, tirei suas mãos de seu rosto e chamei sua atenção com tal gesto. Seus olhos estavam vermelhos devido ao choro, assim como suas bochechas e a ponta de seu nariz. Seu rímel escorria por debaixo de seus olhos, mas ela pareceu não se importar.
Tentei enxugar seu rosto com as costas das mãos.— Tudo bem — sorri para ela. — Não quero que chore, me deixa triste vê-la assim. Você não merece.
Ela me olhou atentamente e arqueou uma das sobrancelhas, como se estivesse pensando em algo, ou até mesmo confusa. Minhas mãos estavam em seus ombros e escorregaram para seus braços quando ela se aproximou mais um pouco. Estávamos muito perto. Seus olhos azuis cintilavam. Seu perfume invadia minhas narinas. Um aroma doce e hipnotizador. Olhei rapidamente para seus lábios grossos e vermelhos. Eles eram bastante convidativos, e quando ela mordeu suavemente sem um pingo de malícia então...
Meu Deus, que mulher... encantadoramente linda!A medida que ela se aproximava, eu me aproximava também. Minhas mãos subiram para seu rosto e se instalaram em sua nuca. A senti estremecer sob meu toque, e isso me deu uma boa sensação. Ergui seu queixo com meu polegar e indicador direito e a trouxe para mais perto. Meu coração batia forte dentro do peito. Eu estava maluco. Não podia beijá-a. Mas eu queria. Muito.
Sem querer pensar muito, a puxei pela cintura e a beijei. Demorou apenas alguns segundos para que ela se acostumasse com a ideia, até que cedeu. Nós beijamos lentamente e eu mordiscava levemente seu lábio inferior, retirando seu batom. Nossas línguas exploravam o interior da boca um do outro. Poderia jurar que ouvi Marinette gemendo baixo quando apertei sua bunda e beijei seu pescoço. Olhei para seu decote e seus seios estavam rijos. Dava para notá-los através do tecido.
Não, Adrien!
Beijei sua boca mais uma vez, e antes que eu pudesse sussurrar qualquer coisa em seu ouvido, fomos interrompidos por alguém. Uma mulher, mais precisamente.
Marinette se afastou de mim rapidamente e arregalou os olhos assim que olhou para o lado e viu Kagami e Lila. O que essas duas estavam fazendo ali, paradas?
Vi o rosto de Marinette ganhar a cor rosa e ela curvou a cabeça rapidamente. Pegou seu celular e colocou na câmera para limpar a boca borrada.
— Sim? — perguntei secamente, as encarando.
Kagami pareceu chateada e estava boqueaberta ainda, já Lila, apenas surpresa demais.
— A Sra. Agreste está a sua procura. — respondeu Lila, saindo do transe.
— Diga a ela que já estou indo.
Ela apenas assentiu e saiu, puxando Kagami pelo braço. A japonesa ainda se encontrava em choque, mas conseguiu sair do lugar com um certo esforço.
— Ei, você está bem? — me virei para Marinette, que ainda estava com a face curvada para frente.
— 我不應該來.
— 當然您應該不要這樣說.
Ela arregalou os olhos surpresa e tremeu a boca ao perguntar:
— V-você fala chinês?
— Morei na China quando criança. Apenas por dois anos, mas aprendi muita coisa.
Ela começou a chorar baixinho e eu me desesperei ao vê-la daquela maneira. Claro, ela não gostaria que eu tivesse entendido, mas não pude evitar em respondê-la.
Tentei tocar seu antebraço, mas ela se afastou e correu em direção ao banheiro. Infelizmente, não consegui impedi-la.
Desci até o jardim e fui cumprimentar as outras pessoas que estavam ali presentes. Minha mãe caminhou até mim e quase deu uma gargalhada ao sussurrar:
— Sua boca está maquiada.
— O-o quê?
— Andou confortando quem com seu beijo? Se sentiu tentado ao ver o batom vermelho, né?
Senti minhas bochechas queimarem e peguei um espelhinho que minha mãe carregava na bolsa. Droga! Ali estava a prova do crime. Por isso todos me olhavam e tentavam sorrir discretamente. Limpei com um lencinho que ela estendeu para mim e franzi a testa.
— Isso não é nada.
— Não sei não, hein — riu. — Vi Kagami e Lila descerem, e vou te falar uma coisa: Kagami não parecia nada feliz. — bebeu um pouco de seu refresco. — Com quem estava na sacada?
— Com a Marinette — respondi rapidamente.
— Interessante — ela sorriu. — Gosta dela?
— O que aconteceu foi um acidente, mãe.
— Acredito eu que não.
Suspirei e a encarei.
— Foi o calor do momento, okay? Ela estava vulnerável e bastante atraente.
Ela revirou os olhos e bebeu mais um pouco.
— Ela está uma graça mesmo. Gostei dela.
— Eu também.
Ela sorriu e eu completei:
— Como sócia!
Ela revirou os olhos e ficou me fazendo mais perguntas sobre ela. Tudo aquilo pareceu que fosse durar para sempre. Olhei para a casa e vi Marinette sair pela porta. Seu rosto não estava mais avermelhado e sua maquiagem estava intacta. Mas seu semblante estava triste. Ela me olhou e sorriu sem mostrar os dentes, mas logo caminhou para o outro lado do jardim, se juntando a Nino e Alya.
Peguei um pouco de vinho e fui beber também. Precisava me distrair até Emma chegar.To Be Continued...
...
Espero que tenham gostado! Foi um pouco mais curto, mas foi apenas para vocês não ficarem sem capítulo novo!
Haha
Até o próximo, minha gente.
Bye bye;)
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Minha Pequena Emma - Miraculous
FanfictionEm uma viagem para o Canadá com seus pais, Marinette conhece Luka e se apaixona por ele após algumas horas de convivência, porém, os pais da jovem não aprovam nada daquilo e eles decidem fugir. Semanas depois, Marinette descobre que está grávida e i...