Capítulo III

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Marinette

Já tinha arrumado todas as minhas coisas; que eram poucas. Luka parecia sério. Não ousei falar nada com ele, para não irritá-lo. Nossa relação era um tanto estranha, mas ele sempre mostrava se preocupar comigo.

— Comprei duas passagens — disse enchendo um copo com água e o levando à boca. — Vamos em duas horas.

— Tá — concordei com a cabeça.

— Suas coisas estão prontas?

— Sim. É uma mala pequena — mordi meu lábio inferior. — Onde vamos ficar?

— Não esquenta, já cuidei de tudo.

— Sério?

— Acredite.

— Se você diz...

Luka segurou meu queixo com os dedos, me fazendo olhá-lo nos olhos.

— Eu te amo, sabia?

Meneei a cabeça, concordando.

— Você me ama? — perguntou.

Essa pergunta ficou rodeando minha cabeça por bastante tempo. Tudo aconteceu tão rápido que nem consigo dizer se...

— Marinette — o olhei mais uma vez, sua mão ainda segurava meu queixo. —, você me ama?

— C-claro. — Ele me olhou descrente. — Eu te amo, Luka.

— Melhor assim — ele me beijou na boca e saiu de casa, mais uma vez.

.

Estávamos no aeroporto. Estávamos quase entrando no avião quando alguns policiais nos pararam na entrada. Mostrei meu passaporte mais uma vez e Luka o dele. Mas, quando eles foram nos revistar mais uma vez, Luka recuou e negou o procedimento. Achei muito estranho, mas acho que estava irritado em ter que fazer aquilo novamente. Um dos policiais o agarrou pela manhã da jaqueta, o impedindo de fugir. O outro, levantou a camisa dele e... e aquele momento foi um choque na minha mente. Luka estava com pequenos pacotes de cocaína enrolados no corpo. Como ele passou pela revista da polícia minutos antes, eu não sei, mas agora, ele podia ser preso.

— Luka! O que significa isso? — perguntei irritada, me aproximando dele e dos policiais.

— Marinette, eu posso explicar...

— Então este é o seu trabalho? Transporte de drogas?

Ele apenas abaixou a face, e isso apenas confirmou minha pergunta. Aquilo me decepcionou muito. Não consegui impedir que as lágrimas caíssem. A tristeza no olhar de Luka ao me ver daquela maneira — e ainda grávida — quase me fez sentir pena dele. Quase.

— O que ele é da senhorita? — perguntou um dos policiais à mim.

— Ele era meu companheiro. — uma lágrima rolou por minha bochecha esquerda.

— Sinto muito, mas vamos ter que levá-lo até a delegacia. Parece que ele terá que pagar por isso na cadeia.

— Cadeia? — arregalei os olhos.

Minha Pequena Emma - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora