“Corri para te encontrar quando vi a tempestade chegar. Senti a chuva em seu rosto e o estrago que você tinha feito. Eu sei o que você está pensando, isso nunca vai ter fim? E quando a tempestade acabar, você não vai me ver de novo”
RAFAEL
O sol atravessava a janela do meu quarto, iluminando meu rosto me fazendo abrir os olhos devagar e admirar a grande estrela amarela que nascia no horizonte, olhei para o teto e suspirei. Minhas mãos procuravam pela pessoa que não estava ali há quatro meses, eu estava sozinho desde então. As aulas na escola eram uma perda de tempo quando eu não conseguia me concentrar no que eu deveria e por causa disso minha amada mãe foi chamada a escola para falar do meu baixo desempenho.
Espreguiço-me e me levanto da cama, calço as chinelas e vou ate a janela e olho para o céu azul, onde as nuvens dançavam tranquilamente e a copa das arvores balançavam com a brisa matinal. O sol havia aparecido, fazia algum tempo que não o víamos. Na verdade desde o incidente com o carro de João Paulo.
Então volto-me para o quarto e sigo para o banheiro, ligo a ducha e deixo que a água relaxe minha musculatura. Era geralmente no banho que eu pensava melhor, tudo ficava mais claro, mais perceptível. Então a voz de Sara adentrou o quarto e ecoou no banheiro.
- “Sinhô” sua mãe chegou.
- Estou indo Sara. Obrigado – falei alto o bastante para que ela ouvisse.
- O “sinhô” “num” ta “entendendu”. – disse ela insistindo.
- Tudo bem Sara. Não se preocupe com nada.
A vos ecoou em minha mente e antes mesmo que eu pudesse dizer algo ela adentrou o banheiro. O Box estava aberto e eu sem roupa.
- Mãe. – eu disse assustado.
Ela revirou os olhos.
- Eu te coloquei no mundo garoto o que você tem ai cansei de ver quando você era criança.
- Você disse tudo mãe, quando eu era criança. – disse em protesto pegando a toalha e indo para o quarto ela me seguindo.
- Vou ser bem direta Rafael, o que esta acontecendo? E onde esta o Adam?
Fico inerte e olho para a janela, caminho devagar ate o guarda roupa e pego algumas peças de roupa e respondo.
- Tivemos problemas e não conseguir resolver, então desde então estamos separados.
Raven – minha mãe – me olha e se senta na cama e eu do seu lado. Ela acaricia a minha cabeça e me abraça.
- Filho brigar é normal, mas pensei que você pudesse resolver isso sozinho. Vocês sempre resolveu e porque agora não resolveria?
- Eu não sei o que eu devo fazer.
- E o que ele diz? – ela apontou para meu coração.
- Pra mim ir busca-lo.
- E porque você não foi?
- Por medo.
- Medo?
- De ter perdido ele. – abaixo a minha cabeça.
- E quem disse que você o perdeu? Ele te ama Rafael e você o ama isso nãodevria ser uma preocupação agora se torturar aqui não vai ajudar. Levante-se, se vista e vá busca-lo.
- A senhora acho que eu devo.
- Você não?
Em meu rosto nasceu um sorriso, me visto rapidamente e pego algumas coisas o guarda roupa e coloco na mochila. Raven observa atentamente ate que decide perguntar.
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De Repente Amor | Romance BL
Ficção AdolescenteOBRA REGISTRADA NA FUNDAÇÃO DA BIBLIOTECA NACIONAL. PLÁGIO É CRIME! De Repente Amor traz a historia de Rafael e Adam que se conhecem acidentalmente após ter chegado atrasado ao colégio Sigma. Rafael procura por um sentimento que nunca encontrou...