Capítulo 3 - O passeio

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O sol iluminava o estacionamento do Sigma Hight, o Sr. Gordon havia planejado uma aula de campo para as suas turmas, dois ônibus iriam sair em três minutos. Eu havia chegado um pouco mais cedo e estava sentado em minha moto com os fones de ouvidos quando avistei Lisa – que para o meu azar havia chegado cedo – com um sorriso vindo em minha direção.

– Oi Rafael. – ela disse enquanto eu tirava os fones dos ouvidos.

– Ola Lisa – dei um breve sorriso e desviei minha atenção para os alunos que aos poucos chegavam.

– Que sorte termos o mesmo professor de biologia.

– É... – dei de ombros.

– Você poderia ao menos falar comigo direito. – ela retrucou.

– É? – olhei para ela.

– Eu sou Lisa Simpson e não admito que me trate dessa forma, sou sua namorada.

Dou uma risada.

– Era.

– Ainda sou sua namorada não posso sair desde que você pirou, já imaginou o que os outros vão falar se me virem ser você? – ela falou ultrajada.

Olhei para ela incrédula.

– É isso o que eu sou para você? Um acessório? Algo que você pode usar ate bem entender e quando não quiser mais jogar fora?

– Eu não quis dizer isso.

– Disse sim. Quer saber de uma coisa Lisa Simpson eu não sou seu namorado e não vou voltar a ser. Nem sei por que namorei você. Alias quer que eu te diga a verdade? Eu NUNCA gostei de você e vê se mantêm distancia de mim, não sou brinquedo seu e nem de ninguém.

Levantei-me da moto e me direcionei para o ônibus deixando ela para trás, o estacionamento já estava cheio de alunos e o Sr. Gordon havia chegado, ele estava com a prancheta com o nome dos alunos enquanto gritava:

– Vamos gente! Verde é bom...

Quando entrei no ônibus avistei Adam com um livro nas mãos entretido com a leitura nos últimos bancos, me sentei ao seu lado.

– Oi. – disse em meio a um sorriso.

– Ei – disse ele surpreso – Como vai capitão do time de basquete?

– Levando e você?

– Também...

– Mesmo pensei que você tivesse tudo... – disse em meio a um sorriso repetindo quase as mesmas palavras que ele havia me dito no dia anterior.

Ele riu.

– Pois é, veja você nem tudo é o que parece.

– Posso saber do que se trata?

– Questão amorosa.

– Esta namorando?

– Oficialmente... Sim, mas não sei que quero manter isso por mais tempo, estou sobre pressão constantemente.

– Hum... E o João Paulo não veio?

Ele voltou-se para o livro, ficou em silencio por alguns instantes e me respondeu depois de um longo suspiro.

– Não faço idéia.

O ambiente meio que ficou tenso então mudei de assunto.

– Vai assistir aos jogos de basquete dessa temporada?

Ele riu novamente.

– Não sou fã de esportes.

Era incrível como eu ria com ele, era estranho, mas eu gostava de falar com ele era como se os meus problemas não fossem nada e eu podia ate rir deles, quando dei por mim o ônibus havia parado e ele estava rindo da ultima coisa que eu havia falado. Era esquisito ver como estar com ele me fazia ser eu novamente como se meu pai não houvesse morrido e como se minha vida fosse completa.

Era difícil entender esses sentimentos estranhos que eu nunca havia sentido por ninguém, eu estava feliz e não queria perder tal felicidade. Ele sim é um amigo de verdade e eu podia ver que ele também gostava de passar um tempo comigo, este era o começo de uma bela amizade.

De Repente Amor | Romance BLOnde histórias criam vida. Descubra agora