Capítulo 14

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Capítulo 14



Narrado por Felipe:



Ouvir aquilo da Manu doeu um pouco, ela fica se fazendo de difícil, mas eu achei que ela estivesse sentindo alguma coisa por mim mesmo... E também, o nosso beijo... Foi tão bom, igual ao primeiro, melhor, sei lá, não tem comparação, eu sei que nenhum beijo supera o dela, ela beija de verdade, com vontade, com o coração, com a alma, com... com... Amor. Ela beija com amor. Mas se o beijo dela parece ser tão apaixonado, porque ela não se entrega, porque ela é tão dura com ela mesma e comigo?



Narrado por Gabi



Ou eu estava ficando completamente maluca, ou meu irmão estava mesmo apaixonado pela Manu, eu nunca vi ele tão distante, tão pensativo. Será? Será que ele se apaixonou pela Manu, assim como ela se apaixonou por ele? Seria tão bom se fosse verdade, mas a Manu... ela é tão dura na queda... e ainda que ela não suporta o jeito galinha dele. Eu não sei se ele vai conseguir domar ela... Acho quase impossível.. Conhecendo minha amiga como eu conheço... Só se ele realmente mudasse, e eu não sei se o Lipe mudaria por alguma garota.



Narrado por Manu



Já eram 19:00 horas, estava ficando tarde e eu precisava voltar para casa porque já estava começando a escurecer, então levantei e me despedi do pessoal.

- Gente, eu vou ir embora... já está começando a escurecer... - falei.

- Ok amiga, e não esquece de falar com sua mãe hein, sobre ir para a fazenda.

- aham, pode deixar, estou louca para a semana passar e sexta chegar logo. - falei.

- Eu sabia que você estava louca para ir... - Lipe disse com um sorriso sugerindo ''sabia que estava louca para ir comigo''.

- Rá-rá. Tchau para você, Felipe! - falei.

- Tchau lindinha. - ele respondeu.

- Tchau amiga, tchau Rafito.

- Tchau... - responderam juntos.

- Ah, amiga, amanha a gente passa lá na sua casa ok? - Gabi chamou,

- Ok, mas para que? - perguntei.
- Amanha é dia de sol, praia, caminhada, bronzeamento... esqueceu? Sábado...

- Ah, ta, de boa. Passam lá sim. - sorri.

Eu estava na porta da casa dela, saí e fui indo para casa. As luzes dos postes da rua já estavam acesas, mas mesmo assim ainda era um pouco escuro, mal iluminado.





Narrado por Felipe:



Não sei porque, mas na hora em que ela saiu lá de casa, eu senti alguma coisa, levantei e avisei o casal que ia dar uma volta. Saí e fui atrás da Manu. Eu estava seguindo ela de perto, mas do outro lado da rua, para ela não perceber. Sabia que pelo caminho que ela voltava a essa hora da noite ficavam uns meninos num beco fumando e não era legal uma garota passar sozinha por ali, muito menos aconselhável. Então continuei seguindo. Quando ela chegou perto do beco, um garoto que estava visivelmente chapado a abraçou e começou a cercá-la.

- E ai gatinha, o que você está fazendo a essa hora na rua? E sozinha?

- Me solta seu idiota! - ela tentou se soltar.

Meu Insuportável Colega (completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora