CAPÍTULO IV - DESABAFOS

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  Dois dias se passaram, Amin tinha melhorado o quintal e já nem parecia o mesmo terreno destruído de antes com o qual eu me deparei.  Esperei que anoitecesse, vi Amin a ir embora depois do meu pai lhe ter pago o dia de trabalho, e depois disso, a noite foi exatamente igual às outras, só que desta vez eu comi mais rápido indo para o meu quarto, após umas horas e quando os meus pais haviam ido dormir, eu saio de casa pegando na minha bicicleta e pedalando até a cidade, chegando lá, pedalo mais um pouco parando no rio que ficava situado uns metros mais adiante da mesma, levei a bicicleta comigo até à areia e despi-me completamente entrando lentamente na água, cada passo que dava sentia o arrepio a subir pelas minhas costas acima, depois de um mergulho apenas me coloco de costas ficando a flutuar enquanto olhava para o céu.

  Esperei que anoitecesse, vi Amin a ir embora depois do meu pai lhe ter pago o dia de trabalho, e depois disso, a noite foi exatamente igual às outras, só que desta vez eu comi mais rápido indo para o meu quarto, após umas horas e quando os meus ...

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Klaus: Aquele tipo...- dizia eu para mim mesmo, pensando em Amin. - É bastante parecido contigo no que vale ao sorriso. - falava eu com intenção que o Alec me ouvisse de algum lugar, foi como se eu tivesse visto a sua face nos céus e aquilo fez-me sorrir enquanto pensava nele e boiava na água.

  Quando me fartei da água decidi regressar para a areia, segundos após tocar fora de água alguma coisa se penetra no meu pé direito fazendo-me cair no chão de dores, obviamente que gritei e, com alguma dificuldade, tentei caminhar lentamente até a minha mochila onde peguei no telemóvel iluminando o pé e vendo um pedaço de garrafa de vidro espetado mesmo ali, o sangue escorria cada vez que pressionava o pé, e como já se era de esperar eu comecei a chorar devido às dores e ao medo de ter visto o ferimento, o meu primeiro pensamento foi "HO MEU DEUS VOU TER DE SER AMPUTADO!! KKKK", lá acabei por ganhar coragem pegando na minha t-shirt rasgo-a com ajuda dos meus dentes e usando o bocado que tirei para enrolar em volta do ferimento e tentar parar o sangramento, peguei no pedaço de vidro levando-o comigo e colocando-o nos caixotes de reciclagem.

Klaus: É por estas e por outras que manter as praias e outros locais frequentados por pessoas limpas é essencial. – Pegando na minha bicicleta regressava para casa mancando.

  Depois de 1 hora, ou mais, cheguei à cidade, estava pouco movimentada, apenas uma pessoa ou outra que se encontravam em cafés ou mesmo a passear os seus animais de estimação, como estava a ficar exausto decidi sentar-me em um dos bancos ali perto encostando a bicicleta ao mesmo e olhando para o meu pé, a t-shirt que antes era branca estava completamente suja e vermelha, eu suspirei olhando em volta e de seguida tocando na ligadura tentando limpar a sujidade da terra que se tinha acumulado com a viagem que tive do rio até ali. Quando me ia a levantar ouço Amin que, após olhar para o lado, estava ali com uma saca de compras, ele olhava com uma expressão de preocupado, tentei esconder o meu pé o mais que podia para que ele não visse ou disse-se alguma coisa aos meus pais no dia de amanhã.

Amin: O que fazes aqui a esta hora? O que aconteceu? – Eu mostrei um sorriso falso, algo em que eu era bastante bom, fazendo-o olhar para mim.

Klaus: Nada de nada, estou apenas por aqui a ver a cidade, sempre gostei de a ver de noite....faz-me sentir...dores do passado. 

 

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