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Dezembro

A voz do piloto soa dentro da avião que estamos sobrevoando a cidade de Londres e eu me apresso em abrir a janela ao meu lado. O meu fôlego se vai totalmente ao encontrar a belíssima vista aérea de Londres e mesmo com as nuvens de chuva atrapalhando a minha visão, eu consigo ver a linda e gigantesca London Eye.

O meu coração está dando saltos no meu peito e eu sinto uma felicidade sem tamanho crescendo dentro do meu peito. Já estive nessa cidade algumas vezes durante a minha infância, mas nada se compara a essa exato momento.

São nove horas da noite — horário local de Londres — quando o avião pousa no Aeroporto de Londres-Heathrow. Foram cerca de dez horas de voo e eu estou me sentindo exausta devido ao voo e ao tempo que fiquei sentada dentro do avião.

Eu me arrependi por ter escolhido um voo tão tardio porque cheguei tarde a Londres e devo incomodar algumas pessoas. Não pensei direito por causa da minha ansiedade em embarcar no avião e viver a minha aventura em outro país durante três meses.

Ao sair no portão de desembarque do aeroporto fico assustada com a quantidade de pessoas caminhando pelo enorme ambiente mesmo sendo oito horas da noite. Imaginei que fossem ter poucas pessoas por ser noite aqui, mas eu acho que eles são iguais a mim.

Consigo pegar a minha bagagem após desviar de algumas pessoas e fico parada no meio do saguão totalmente perdida. Deveria ter uma pessoa aguardando por mim no momento que eu saísse do portão de desembarque, mas eu não vejo ninguém.

Não tenho nem como ir atrás dessa pessoa porque eu não a conheço. Eis então que eu decido seguir em direção aos portões de desembarque outra vez porque deve ter alguém aguardando por mim lá. O meu voo adiantou cerca de meia hora.

Um sorriso surge nos meus lábios ao ver uma mulher parada ao lado de um portão de desembarque com uma plaquinha com o meu sobrenome. Ela deve estar aqui por mim.

— Oi — cumprimento sorrindo amigavelmente.

— Olá. Você é Melissa Welling? — pergunta com um forte sotaque inglês.

— Sim. Eu sou.

Ela se apresenta como Bridget e me informa que será a pessoa encarregada de me levar até o hotel que irei ficar hospedada durante o meu tempo em Londres até seguir para a próxima cidade daqui algumas semanas. Irei conhecer diversas pessoas durante o meu tempo de viagem por causa de cada uma das cidades que irei conhecer.

Ao estar com todas as apresentações devidamente feitas, saímos do aeroporto e entramos em um carro que está nos aguardando. Bridget começa a explicar como são as coisas em Londres e como eu terei que me adaptar a essa nova vida aqui.

— Você vai ficar em um dos melhores hotéis da cidade. O local foi escolhido com base nas suas necessidade e o seu tempo de estadia em Londres. Você gostará de ficar no Rosewood London por ser um hotel cinco estrelas que está instruído a atender todos os seus desejos. O seu meio de transporte estará disponível a qualquer momento e basta conversa com a recepção para ter acesso ao carro.

Meneio com a cabeça e continuo a olhar pela janela.

Londres é uma cidade incrível. A cada nova esquina encontramos algo novo e deslumbrante. Mas, eu fico apaixonada pelos ônibus vermelhos de dois andares que eu nunca tive a chance de andar quando vinha com os meus pais. Todas as vezes que visitávamos Londres era com a companhia de Max para que ele pudesse nos acompanhar pela cidade.

Eu me assusto com o fato de os táxis serem de cor preta ao invés de amarelos ou laranjas como nos Estados Unidos. Não sei se vou conseguir me acostumar com esse pequeno detalhe.

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