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Decido recolocar o telefone no gancho novamente após notar que continuo com ele em mãos mesmo com quase meia hora do fim da chamada com Anna. Não sei o motivo para ter ficado com ele em mãos durante tanto tempo.

Eu me levanto da cadeira e sigo pelo quarto em direção a penteadeira para dar um jeito no meu cabelo. Escovo os meus cabelos loiros por algum tempo e sigo em direção ao telefone novamente para ligar para Bridget e conversar com ela sobre a minha saída por Londres. Ela é a minha guia turística para todos os efeitos.

Saio do meu quarto após confirmar que Bridget está livre para ir comigo e sigo em direção ao elevador do hotel. Durante todo o caminho em direção ao térreo fico encarando os números mudando no painel e imaginando a história desse lugar maravilhoso.

Entro na recepção do hotel e me encontro com Bridget.

— Animada com o nosso passeio por Londres? — pergunta animada.

— Muito animada.

Bridget solicita o meu automóvel para não termos que utilizar os ônibus ou os táxis para andar pela cidade. É melhor estarmos com o carro particular porque irei comprar algumas coisas e eu sei que não é fácil andar com sacolas dentro de um ônibus.

O motorista me cumprimenta ao me ver entrando no carro e se apresenta como Xavier. Ele será o meu motorista durante todo o meu tempo em Londres e ele é um senhor simpático que sorri a todo momento ao falar sobre os locais de Londres. Bridget pede a ele para seguirmos pelos locais menos turísticos da cidade para termos a chance de comprarmos alguma coisa.

Bridget e eu seguimos pelas ruas de Londres em busca de lojas para que eu possa comprar algumas roupas para completar o meu guarda-roupa londrino. A nossa primeira parada é em Westminster onde os símbolos mais conhecidos da cidade se encontram.

Apesar de ter visto todos os cartões postais do Big Bem e do palácio de Buckingham e visto pessoalmente aos doze anos de idade, eles são absurdamente lindos se vistos de perto. Bridget me conta um pouco da história de Londres e como é a vida na cidade.

O dia fica muito bonito conforme a tarde caí pela cidade e a névoa da manhã se dissipou por completo e alguns raios de sol escapam por entre as nuvens de chuva. Neste exato momento são seis horas da tarde e consegui comprar todas as roupas necessárias para o frio da cidade e das próximas cidades que iria visitar.

— Você está gostando de Londres? — pergunta Bridget ao nos sentarmos em um dos banquinhos da Borough Market para fazer um lanche.

— Ainda é meio cedo para dizer, mas eu estou amando cada momento nessa cidade maravilhosa — respondo soltando um suspiro.

— Londres possui esse efeito encantador nas pessoas.

— Não faz nem um dia que estou aqui e eu estou imaginando como vai ser quando eu tiver que ir embora.

Ela dá um sorriso e bebe um pouco do suco.

— No século 18, o escritor inglês Samuel Johnson disse: "Quando um homem está cansado de Londres, está cansado da vida". Faz todo o sentido, Londres é intensa, vibrante, dinâmica e, por isso, não cansa. Ao contrário quanto menos tempo você tem, mais quer ficar. Você vai sentir falta deste lugar animado quando retornar para os Estados Unidos com o fim do programa da universidade.

Meneio com a cabeça e dou um sorriso pequeno. Não faz nem mesmo um dia completo que estou em Londres, mas eu estou imaginando como essa cidade vai ficar guardada na minha memória enquanto eu viver. Não sei como vou ser capaz de seguir com a minha vida ao retornar para os Estados Unidos.

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