Segunda-Feira.Raiva.
Depois de acordar pelo menos 3 vezes durante a noite, decidi levantar por volta das oito da manhã e fazer um café bem doce. Bert sempre odiou café muito doce. A consulta era daqui a 3 horas e se o meu maravilhoso marido não levantasse eu poderia ir sozinho sem nenhum problema. Decidi tomar um longo banho quente e fazer uma coisa que não conseguia desde que descobri sobre a traição. Se Bert podia sentir prazer pensando em outros caras, eu faria o mesmo.
Me despi e sorri para o meu próprio reflexo no espelho. Nunca fui do tipo de cara sexy, talvez estivesse um pouco acima do peso e precisando de um corte de cabelo mas naquele momento eu era a porra do cara mais gostoso do mundo que ia me gozar como Bert nunca fez. A água quente caia pelo meu corpo e fechei os olhos deixando minha imaginação fluir. Enquanto tocava meu próprio peito e barriga com uma das mãos, arranhava minhas próprias coxas com a outra e porra tinha tanto tempo que não sabia o que era aquele tipo de prazer que já estava começando a ficar duro como um garoto de 15 anos na primeira transa.
Me segurei em uma das mãos e sentir meu próprio volume me fez sorrir. Eu podia - e queria - imaginar que outro cara estava me tocando desse jeito tão fodidamente íntimo. Os movimentos alternavam entre lentos e rápidos e porra como ele devia ser bom naquilo. Conseguia ver seus dedos grossos rodeando meu pau e caralho como eu queria aquela boca ao meu redor agora. Como eu queria foder aquela boca agarrando forte no cabelo escuro e liso e gozar naquele rosto delicado entre minhas pernas. Não tentei controlar nenhum dos meus gemidos e quase gritei enquanto sentia minhas pernas tremerem com o melhor orgasmo em pelo menos 1 ano.
Entrei no quatro com uma toalha enrolada na cintura e percebi que Bert nem tinha se mexido na cama. Ótimo. Coloquei uma jeans preta que costumava usar quando saia pra encher a cara e percebi o quão apertada ela ficava nas minhas coxas agora. Uma blusa de banda qualquer e a minha jaqueta de couro preta. Perfeito. Só um pouco de maquiagem pra poder me sentir o antigo Gerard de novo.
Eu preciso me sentir melhor que Bert, me sentir vivo. Preciso me sentir bem. Entrei em uma cafeteria cheia de empresários engravatados e me inclinei no balcão empinando bem minha bunda lançando um puta sorriso ao falar com atendente que pareceu adorar aquela atenção extra. No momento que ele colocou meu expresso no balcão, fingi procurar por minha carteira pelos bolsos da jaqueta suspirando da forma mais falsa que podia. Quando o atendente abriu um sorriso quase malicioso e estava a poucos centímetros de tocar minha mão outra pessoa fez antes. Antes te me virar para ver o rosto percebi que ele usava uma camisa social branca e porra que belas tatuagens ele tinha.
"Eu posso pagar" Aquela voz. Eu conhecia aquela voz "Certo, Gee?"
O seu jeito de falar parecia tão natural com aqueles malditos olhos calmos. Qualquer um poderia dizer que ele estava ali porque queria aquele Gerard antigo. Porque me queria. Mas não, eu pude ver em seus olhos que ele estava ali pra me impedir de fazer uma grande burrada. Deixei ele pagar pelo meu café e caminhamos juntos até o consultório que não deu mais de 10 minutos de passos pequenos e preguiçosos. Era evidente que eu fugia do seu olhar de todas as maneiras possível.
Ele abriu o consultório e me deixou entrar primeiro. Que grande cavalheiro ele é. Me pediu para espera-lo em sua sala enquanto ele usava o banheiro e eu me sentia uma pre adolescente pronta pra receber o maior esporro do papai pelo primeiro porre. Eu só queria no máximo ter um rosto pra imaginar colado no meu pau enquanto eu me tocava e agora eu estava sozinho em uma sala escura com um sofá de couro e ninguém estava duro. Eu definitivamente estava frustrado.
Nem percebi quando o psicólogo entrou na sala e se sentou na poltrona na minha frente. O que me fez dar um pulo quando ele começou a falar "Bom dia, Gerard. Como você está se sentindo?"
"Frustrado" Fiz questão de olhar bem em seus olhos com a minha maior cara de deboche e com toda calma que era impossível um ser normal ter ele fez um gesto para que eu continuasse "Eu estava quase conseguindo alguma coisa com aquele cara e-"
"Gerard, eu tenho certeza que você se sente frustrado com seu relacionamento e eu entendo isso mas você acha mesmo que foder um atendente pra ganhar um café vai te fazer se sentir melhor?" Eu sabia que não me faria melhor mas era tão irritante ver ele poder foder com caras aleatórios e eu ter que ser a porra do maridinho perfeito "Me responda essa pergunta com sinceridade, okay?"
"Não. Eu não ia foder um atendente pra ganhar a porra de um café, Dr."
"Minha pergunta era mais parecida com: Você quer ser como Bert ou superior a ele?" Porra. Ele sempre sabe a merda da pergunta certa pra me fazer cair na real? O som da minha cabeça batendo contra o encosto do sofá foi audível e o ouvi levantar para sentar ao meu lado "Não se sinta mal. Todos somos humanos e temos desejos, certo? Só é bem melhor quando não é algo errado"
"Eu só queria ter um nome pra gemer como ele geme o nome do Quinn" Minha frustração era tão grande que nem me importava de como aquilo soava ridículo. Eu já me sentia ridículo pela cena na cafeteira então foda-se.
"Na relação de vocês é normal chamar por outra pessoa durante o sexo?" Sua expressão estava tão perdida que eu quis esconder o riso mas foi inevitável. Ele parecia meio ingênuo para alguém que deveria ouvir todo tipo de coisa o tempo todo.
"Nós não transamos a pelo menos... 8 meses? Por ai" Pode não parecer muito, mas para alguém como eu era uma das coisas mais tristes "Ele chega meio bêbado meio de ressaca depois de não aparecer em casa na noite anterior e bate uma punheta pra esse tal de Quinn no banho"
"Suponho que você faz o mesmo"
"Gemer o nome de outro cara? Não, no máximo imaginar outro cara me chupando enquanto eu-"
Eu não me lembrava de Frank estar tão perto antes, talvez fosse a posição que ele estava agora totalmente relaxado com a cabeça encostada no encosto do sofá, como eu estava a segundos atrás, mas ele ficava tão bem daquele jeito com a camisa social aberta mostrando as tatuagens que ele tinha ali e porra. Como eu não tinha reparado antes como ele é gostoso?
"Gee? Algum problema?" Sua voz estava tão e seus lábios tão perto. O jeito que se mexiam enquanto ele falava era hipnotizador "Gerard?"
"Me desculpa" Ele afagou meu ombro e acenou como se estivesse tudo bem. Mas porra não estava nada bem "Eu acho que me perdi"
"Tudo bem. Isso é normal" Tentei esconder o nervosismo com um sorriso e ele se levantou me ajudando a levantar também "Continuamos esse assunto na quarta-feira? Infelizmente a nossa sessão de hoje já acabou"
Assenti e ele me levou ate a porta do consultório "A minha próxima paciente cancelou então podemos trocar algumas mensagens esclarecendo por que veio sozinho hoje se quiser"
"Claro, mas não é nada demais" Ele sorriu e não pude deixar de sorrir junto "Até quarta?"
"Te vejo quarta"
Ele definitivamente não estava flertando comigo.
Eu definitivamente queria que ele estivesse.
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What's Your Poison?
FanfictionGerard e Bert decidem ir à uma terapia de casal depois de uma traição por parte de Bert. O que nenhum dos dois esperava era que Gerard fosse se sentir tão atraído pelo terapeuta.