What's Your Poison?

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Quarta-Feira.

Surpreendente.

Cheguei cedo demais para a consulta e resolvi dar uma passada naquela cafeteria que parecia estar sempre cheia de homens engravatados. Não empinei a bunda dessa vez mas o atendente parecia lembrar de mim pelo sorriso que ele tinha no rosto ao se virar na minha direção.

Pedi um café preto fingindo que nunca tinha acontecido de eu ter flertado com o cara na minha frente. Observei o teto por um tempo e senti meu celular vibrar assim que meu café ficou pronto junto com um cookie que eu não pedi. Paguei pelo café e quando perguntei sobre o preço do cookie ele me disse que era por conta da casa.

Andava em direção ao lado de fora quando alguém foi mais rápido que eu e abriu a porta para que eu pudesse sair. Não podia ver mais do que a mão da pessoa na porta mas já era o suficiente para saber que era Frank ali. Me virei em sua direção e sorri agradecendo com o olhar.

"Para quem costumava chegar atrasado você está 20 minutos adiantado, Sr. Way"

"Foi só uma vez, Dr."

Andávamos lado a lado até o consultório em um silêncio confortável e cheio de sorrisos discretos. Ele abriu a porta do consultório pra mim e fomos até sua sala, pude perceber que pela primeira vez ele trancou a porta antes de se sentar.

"Posso ficar com o cookie?"

"Achei que perguntaria se eu to bem antes, Dr."

"Ainda não é a hora da sua consulta então por enquanto eu só quero saber se eu posso ficar com o cookie"

Sorri antes de me levantar do sofá e sentar no braço da sua poltrona colocando o cookie na sua boca enquanto ele lançava um sorriso em minha direção. Ele passou a mão por cima da minha coxa e acariciou minha mão antes de puxar a embalagem do cookie, onde eu não tinha percebido ter um número de celular e o nome 'Adam'.

"Adam quer que você ligue pra ele. Você vai ligar?" Aquilo era adorável. Ele estava com ciúmes?

"Não" Olhei para o teto por um tempo antes de jogar o peso do meu corpo em cima dele quase deitando em seu colo "Me considero um homem comprometido"

"Comprometido?" Ele sorria e tentava me virar para que eu sentasse em seu colo com as duas pernas sobre o braço da poltrona "Me explica melhor isso"

O sorriso grande em seus lábios contrastava os olhos calmos e pude sentir seu sorriso crescer ainda mais quando beijei seu maxilar. Beijei também suas bochechas, sua testa, seu nariz e queixo. Desci os beijos pelo pescoço tirando um ou dois botões das casas para ter mais daquela pele colorida tão bonita.

Não sei da onde saiu toda essa coragem repentina mas ele não estava reclamando então não vi nada de errado em continuar.

Coloquei uma perna em cada lado de seu corpo para ficar mais confortável e Deus, como eu sou apaixonado por esse sorriso. Beijei seus lábios sem me importar com a delicadeza que ele emanava quando estava sentado naquela poltrona. Nossas línguas eram brutas uma com a outra e tornava o beijo quase violento.

Suas mãos passeavam entre minhas costas e coxas e as minhas exploravam seu peito por debaixo da camisa arranhando de leve a pele. Rebolei de leve em seu colo e senti sua mão na minha bunda. Separei nossos lábios para voltar a minha atenção ao seu pescoço, dessa vez lambendo e arrastando meus dentes pela pele ouvindo ele suspirar pesado.

Passei a rebolar ainda mais enquanto descia minha mão por todo o peito coberto com a camisa que já não estava mais tão certinha. Quando cheguei no cós da calça ouvi Frank arfar e sorri abrindo o botão e abaixando o zíper de uma vez. Massageei seu volume crescente por cima da boxer e percebi que ele já estava bem mais duro do que imaginei.

"Dr., talvez o senhor precise de uma ajuda aqui embaixo"

Levantei do seu colo e me ajoelhei entre suas pernas mantendo um sorriso no rosto o tempo todo. Passei a bochecha pela parte de dentro da coxa de Frank hora ou outra esbarrando minha boca no seu pau coberto como uma forma de carinho antes de puxar a calça e a boxer de uma só vez até os tornozelos e assistir toda aquela enorme necessidade bater no meu rosto.

"Você é tão bonito, Frankie" Deitei minha cabeça na sua coxa de novo enquanto massageava a glande olhando nos seus olhos "Tenta não ser alto, okay?"

Sorri o mais doce que conseguia antes de colocar minha língua pra fora e provar o seu gosto salgado. O examinei por completo com a minha língua, o torturando com a lentidão antes de chupar a glande e afundar toda a extensão de uma vez na minha garganta. Eu podia sentir a pulsação enquanto minha boca cobria todo o seu pau e minhas mãos massageavam suas bolas.

Quando senti que ele estava perto diminui a velocidade e apertei minhas bochechas ao seu redor ainda mais enquanto arranhava sua coxa o mais forte que minhas unhas curtas conseguiam. Chupei a glande circundando a fenda com a língua e senti seu corpo dar um espasmo quando ele gozou na minha boca.

Me levantei e sentei de lado sobre suas coxas nuas dando um beijo estalado na sua bochecha sorrindo ainda de forma doce. Ele parecia um pouco cansado e observava meus lábios levemente inchados e avermelhados enquanto sua mão apertava minha cintura de leve.

"Eu queria ter te ouvido gemer meu nome mais uma vez, mas deixa pra próxima" Sussurrei em seu ouvido e ele riu baixinho concordando com a cabeça.

Levantamos e eu me joguei no sofá assistindo Frank se vestir corretamente, me olhando como se eu tivesse feito algo bem errado e seu sorriso que antes era calmo agora beirava obscenidade. Depois de terminar de ajeitar a camisa ele se sentou novamente na poltrona e eu consertei minha postura no sofá como em todo início de consulta.

"Boa tarde, Sr. Way" Ele soava extremamente profissional agora "Como está se sentindo?"

Agora era a hora da consulta.

Agora ele era estritamente meu psicólogo.

Como se não tivesse acontecido absolutamente nada a minutos atrás.