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Um ano e alguns dias depois.

31 de Outubro.

HalloIeroWeen

Uma fantasma e uma vampira dormiam no sofá enquanto uma vampira algumas centenas de anos mais velha tomava conta, a babá que agora eu sabia se chamar Jamia também estava fantasiada e tinha levado alguns muitos doces para a alegria das duas pequenas, que não duraram metade do filme sobre uma cidadezinha estranha onde todos os dias pareciam ser Halloween mas por alguma razão um cara decidiu comemorar o Natal antes de cair no sono.

Lily e Cherry passaram o dia fantasiadas correndo pelo parque, comendo besteiras e tomando sorvete para comemorar não só o feriado como o aniversário de Frank. Naquela casa não existia Halloween, apenas Ieroween. E era o feriado mais esperado todos os anos pela maior das crianças, que eu chamava carinhosamente de 'meu namorado'.

Frank teve a brilhante ideia de, depois de encher as crianças de doce, passar em uma feira de adoção e permitir que as duas escolhessem um filhote para levar pra casa e nesse ponto eu já sabia que tinha ganhado o meu quarto filho, depois de Frank e as meninas. Frankweenie, o mais novo membro da família.

De alguma forma mágica Frank voltou a ser o 'papai velho e chato' pouco depois de chegar em casa quando não permitiu que o filhote dormisse no quarto com as duas e, como o pai legal que eu sou, permiti que elas brincassem com ele no sofá conseguindo arrancar as risadinhas e gritinhos de volta.

O plano principal da noite era tirar Frank de casa em uma de suas fantasias para uma surpresa um tanto diferente. Eu só precisava fazer com que tudo desse certo e seria perfeito. Pelo menos na minha cabeça tudo estava perfeito.

O cabelo agora cumprido de Frank fazia minha imaginação fluir entre diversas fantasias que ele poderia usar, mas foi uma puta surpresa quando ele saiu do banheiro e um grande choque, especialmente la embaixo no meio das minhas pernas.

Frank usava uma jeans preta extremamente justa com uma camiseta também preta mas com mangas amarelas e um colete que nunca tinha visto antes em nenhum lugar daquela casa. Não sei dizer o que era aquela fantasia mas eu estava ainda mais apaixonado e ele definitivamente teria que vestir mais vezes depois.

"Então, babe" Eu estava sentando na cama e ele se aproximava de mim mordendo o lábio inferior entre confiante e inseguro "O que achou?"

"Você está vestido para matar" E então ele tirou uma arma cor de rosa de brinquedo da cintura e gargalhei "Literalmente, pelo o que parece"

Enrolamos um pouco em casa até à noite realmente cair e eu apressar Frank para me seguir até a garagem ignorando suas perguntas sobre onde iríamos. Eu não coloquei uma fantasia, mas isso fazia parte da surpresa, assim como eu ter tingido o cabelo de vermelho na semana anterior, mas Frank não precisava saber disso agora.

Quando estacionei o carro próximo ao meu antigo apartamento, que eu agora um estúdio por inteiro, Frank arqueou uma sobrancelha me olhando por cima dos cílios e apenas sorri saindo do carro para dar a volta e abrir sua porta.

O porteiro decidiu nos ignorar por completo enquanto passávamos e no elevador coloquei a mão no bolso de trás da calça de Frank quando a senhora do andar de cima nos olhou com os típicos olhos julgadores que eu aprendi a lidar com o tempo.

Chegando no estúdio deixei Frank na cozinha com uma tijela de jujubas coloridas em mãos antes de pegar uma enorme tela que guardei onde originalmente era o pequeno estúdio e levar até a sala.

"O que é isso?" Ele veio até mim, analisando o quadro e sorrindo ao perceber que era uma pintura sua deitado entre lençóis no meu antigo quarto que agora não tinha mais do que um colchão e tirei uma polaroid do bolso o mostrando a fonte de inspiração "Não sabia da existência dessa foto"

What's Your Poison?Onde histórias criam vida. Descubra agora