Capítulo 14 - Enzo Massarelli

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Vamos Aos Fatos:

A Única Maneira De Se Livrar De Um Desejo:

É Ceder A Ele...







Enquanto eu subia os degraus da escada carregando Alice em meus braços, eu só estava tentando prestar atenção na minha respiração.

Fazia tanto tempo que eu não sentia essa sensação tão esmagadora, que estava muito difícil me controlar.

Alice.

Essa mulher nunca foi como as outras pra mim. Não eu não tinha como me enganar, Alice é única. A única que elevou o meu mundo.

Olho para a porta do meu quarto, e por um segundo eu fico na dúvida se devo ou não levá-la para lá; afinal nenhuma outra mulher teve acesso ao meu quarto, a minha privacidade, a minha cama. Penso que vai ser complicado pra mim depois deitar nela e sentir o seu cheiro de Alice, e lembrar de tudo que fizemos, mas logo em seguida decido que pouco importa onde eu vou devorar o seu corpo. De qualquer forma o sentimento, a sensação, o toque aveludado do corpo dela já vai estar impregnado na minha cabeça, na minha pele.

Sem tirar os olhos dos de Alice, eu me viro de costas e empurro a porta do meu quarto, que se abre sem qualquer dificuldade. A luz dos abajures ao lado da cama deixa o ambiente aconchegante, da forma que eu mais gosto pra ler, o que era o que eu estava fazendo antes de descer para ir atrás de Alice depois que eu ouvi-la tão inquieta por um tempo no quarto ao lado e depois descer para o andar de baixo. Fecho a porta com o pé e bem lentamente coloco Alice no chão sem nos separar.

- Eu tentei, eu tentei fugir, mas sua boca, seu cheiro... Você me enlouquece Alice.

Tomo a sua boca mais uma vez. Sem pressa, mas com desejo surreal... Desejando e até mesmo impondo a minha vontade, querendo tirar desse beijo os cinco anos que ficamos separados.

Como é bom beijar essa mulher. O que ela tem de tão diferente?

Droga, sim, eu sei: É ela, é Alice, a minha Borboleta, a única mulher que já tomou conta do meu coração, a Borboleta capaz de dominar o Tigre Branco.

- O que você fez comigo mulher? Que porra de poder é esse que você tem sobre mim? - dou uma mordida na base do seu pescoço fazendo-a jogar a cabeça para trás e se arrepiar inteira.

- O mesmo poder que você exerce sobre mim Tigre. Somos donos um do outro, por mais que você queira fugir de mim, você não vai conseguir, do mesmo jeito que durante cinco longos anos, você ficou presente em mim, grudado na minha cabeça, e tendo que te amar mesmo estando com outro homem.

Seguro em seu maxilar e faço-a olhar para mim. - Presta atenção no que eu vou te falar Alice: - o tom da minha voz é autoritário - Você nunca mais deve falar sobre o Nicolas, esse homem não tem mais nada a ver com você, quem vai cuidar dele sou eu, Nicolas Brandalini é um problema só meu.

Alice não fala nada, apenas balança a cabeça, e eu tenho certeza que ela entendeu muito bem.

- Você é tão linda... - coloco uma mecha dos seus cabelos para trás, e vou tirando o seu robe, passando devagar as mãos pelos seus ombros até a peça cair no chão deixando a mostra a sua camisola de renda branca de alças finas.

Me afasto um pouco para olhá-la com mais atenção e nossa... - Durante cinco anos eu te odiei e te amei na mesma intensidade. - beijo o ombro dela e faço questão de respirar fundo para absorver o seu perfume que eu sempre tive tanta saudade. - Pensei em cada vez que fizemos amor, desejei ter todos aqueles momentos de novo, e depois me odiei por fazer isso comigo mesmo. - passo a língua pelo seu pescoço até chegar ao lóbulo da sua orelha onde deixo uma mordida e arranco de Alice um gemido leve e sensual.

EFEITO BORBOLETA - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora