Capítulo 40 - Enzo Massarelli

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Antes de sairmos, Alice passa pelo móvel da sala e pega o seu notebook que estava em cima de um aparador

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Antes de sairmos, Alice passa pelo móvel da sala e pega o seu notebook que estava em cima de um aparador.

- Vou aproveitar para levá-lo.

Nicolas com a mão na boca, a olha com raiva, mas decide que o melhor a fazer é não contrariá-la.

Cara esperto!

Seguro a mão dela e juntos saímos daquela casa.

- Estão nos esperando lá fora. - oriento quando vejo que ela olha para os lados procurando pelos nossos amigos.

- Florence. - escutamos chamar e paramos ao mesmo tempo.

- Oi Dora. - Alice vai até ela.

- É mesmo verdade que Nicolas fez aquilo? - a mulher está com a fisionomia triste e cansada.

- Sim Dora, é verdade.

Dora respira fundo abaixa a cabeça e fala sem olhar para Alice - Eu sinto muito que ele tenha feito isso minha filha, me perdoe.

Alice chega perto de Dora e a puxa para os seus braços. - Hey, eu não entendi o porque você está me pedindo perdão. Nicolas é um homem crescido e sabe muito bem o que está fazendo, além do mais você não tem culpa.

- É não tenho. - só então ela ergue os olhos - Aqui minha filha. - ela pega a mão direita de Alice e coloca nela um chaveiro de cristal azul em forma de borboleta - Presto atenção aquela peça tão linda. Nunca tive dúvidas quando Alice me contou que sentia a minha falta, mas uma coisa é certa: Ter a prova sob os meus olhos de que ela, de verdade pensava em mim, não tem preço.

Eu dei esse nome a ela, eu sempre fui a única pessoa a chamá-la assim, então gosto de pensar que eu estou diretamente ligado ao fato de que todos os dias, Alice tinha nas mãos, um elemento que a fazia se lembrar de mim.

- Eu não quero mais te ver nessa casa. Essa é a chave do seu carro não é mesmo? - Alice balança a cabeça concordando - Então aqui está, leve-o. Quando as suas coisas...

- Eu não me preocupo com roupas, acessórios e nada do tipo Dora. Eu só queria o meu notebook, a caixa de fotos e o meu carro. Ele foi a primeira coisa que eu consegui comprar com o meu próprio dinheiro.

- Eu sei. - a mulher sorri docemente. - Eu me lembro quando você chegou aqui com ele, estava tão feliz.

As duas se olham por um tempo.

- E você, já sabe o que vai fazer? - Alice pergunta.

- Eu vou juntar as minhas coisas tão logo você vá embora, vou para a casa do meu filho, ele e a minha nora sempre me pediram para morar com eles e ajudar a cuidar do meu netinho, acho que esse é um bom momento para fazer isso. - Alice balança a cabeça, vejo que está emocionada - Portanto não quero deixar nada que possa fazer você ter que voltar a essa casa. Espere um pouco que eu volto logo com a caixa que deseja, assim não vou ficar preocupada e pensando que mais cedo ou mais tarde você vai voltar para pegá-la.

EFEITO BORBOLETA - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora