Capítulo 42 - Enzo Massarelli

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Olá gente.

Peço desculpas a vocês pelo meu sumiço, fazem duas semanas que eu estou com uma gripe daquelas. 🤧

Não, eu não sei se é Coronavírus. Eu tive tosse, coriza, espirros, mas como graças a Deus não tive febre, resolvi não ser mais uma a lotar o pronto socorro.

Estou em casa de quarentena, tomando os medicamentos antigripais e xarope, que por sinal dá um sono da p***a. 😴

Estou devendo a vocês os capítulos do nosso querido casal: Alice e Enzo, então para recuperar o tempo perdido, vamos logo de dois capítulos hoje tá bom?

Grande beijo a todos e aqueles que puderem... #Fiquem em casa











Por essa eu não esperava; Álvaro está com amnésia.

Caramba até quando vamos ser surpreendidos por acontecimentos que fogem ao nosso controle?

Estou tentando de todas formas manter Alice o mais calma possível, mas está ficando cada vez mais difícil, às vezes parece que ela vai surtar, outras vezes ela entra em estado de apatia generalizado.

Todas os dias que ela foi ver o pai, eu sempre fiquei do lado de fora do quarto, perto o bastante para dar o apoio que ela necessita, mas longe o suficiente para dar a eles, a privacidade que carecem e, ontem não foi diferente... Bom não foi até eu perceber que Álvaro estava me olhando com uma atenção demasiada, parecia querer me falar alguma coisa, bom pelo menos foi o que cogitei pela forma de me olhar.

Pensei em entrar, queria mesmo conversar com ele, queria pedir para pelo menos, ser mais plácido com Alice, porque afinal, se ele estava sofrendo por não se lembrar de nada, ela também estava sofrendo por ver o pai naquele estado, ainda precário fisicamente, e pior, sequer saber que ela existe.

Mas a situação tomou um rumo diferente, quando eu estava lavando as mãos para entrar, o delegado que toma conta do caso de tentativa de assassinato sofrida pelo meu sogro, chegou e quis falar com ele, claro que essa conversa era prioritária.

Aguardamos o delegado na sala de espera, e ele assim que saiu do quarto, foi nos falar o que ouviu de Álvaro.

Segundo Arold o meu sogro se mostrou o tempo todo muito calmo e querendo cooperar, mas ele pouco conseguiu fazer já que segundo ele, não se lembrava nem mesmo de como foi parar em Roma.

Ele disse que a última coisa que se lembra, é de ter saído de casa para buscar Florence no trabalho, pois ela havia passado muito mal, vomitando e com pressão baixa.

Conversando com Alice ainda na sala de espera do hospital, ela me contou que esse dia realmente aconteceu, ela disse que o pai sempre muito feliz, contava sempre que podia essa história, que por sinal aconteceu a mais de vinte oito anos atrás, foi exatamente neste mesmo dia, que Álvaro e Florence descobriram que estavam esperando Alice.

Estávamos quase de saída quando o doutor Ângelo veio até nós, e disse que por mais que não gostava de ter que dar esse tipo de recado, isso era uma coisa que ele não poderia se abster: Álvaro havia pedido a ele para não receber mais as visitas de Alice. Álvaro deixou claro que como não a reconhece como sua filha e ninguém da sua família, ele acha desnecessário sua visita.

Isso foi muito mais que um tapa na cara de Alice, por um tempo grande demais ela se fechou, e quando voltou a falar, só se recusou a tocar nesse assunto de novo.

Já eu não conseguia tirar essa atitude da minha cabeça. E por mais que meu irmão e meu amigo Alessandro, tenham me condenado ao me escutar falando isso, ontem a noite, por uma chamada de vídeo, o que eu queria mesmo era bater com a cabeça de Álvaro na parede. Sei que isso não iria adiantar nada com relação a sua amnésia, mas pelo menos ia passar um pouco da minha raiva por ele ter magoado tanto Alice.

EFEITO BORBOLETA - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora