Epílogo

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Enzo Massarelli



Sete meses depois...


Hoje é o batizado de Dimitri, nosso garoto está com sete meses e é esperto, inteligente e cheio de energia.

Olho para ele ali deitado no berço, Alice acabou de colocá-lo lá, ela quer que ele durma por pelo menos uma hora, que é quando os nossos convidados vão começar a chegar, mas eu não se isso vai acontecer.

Dimitri dorme muito bem a noite, mas ele não tem facilidade para fazer isso durante o dia. Se tem uma coisa que o meu filhote gosta, é de lutar contra o sono, acho que ele prefere passar o tempo dele brincando e descobrindo os seus dedinhos dos pés, ou então um novo brinquedo colorido e barulhento que os nossos amigos dão a ele.

Minha mãe fala que ela já viu essa cena antes. Eu era do mesmo jeito quando bebê. Sorri orgulhoso ao escutar isso.

Enquanto Annie é uma boneca linda e calma, muito parecida com Alice; Dimitri é praticamente uma cópia exata minha, os mesmos cabelos pretos, nos olhos o mesmo tom de azul, e também uma personalidade forte e persistente, que não gosta de perder tempo, então dormir não é uma das suas preferências. Acho que passamos mais tempo fazendo-o dormir, do que ele dormindo de fato durante o dia.

- Está pronto pra gente descer Tigre? - Alice pergunta vindo do banheiro.

- Acho que ainda posso ficar aqui olhando para ele mais um tempo. Acho que não vai demorar muito até ele acordar mesmo. - brinco.

- Tigre não. Dimitri precisa dormir. - ela olha para ele - Esse menininho já não gosta de fazer isso, e ainda tem você para ajudá-lo na missão já que toda vez que você pode, a primeira coisa que faz é acordá-lo. - Alice segura em meus braços e me faz virar para o lado dela. - Daqui a pouco os padrinhos dele e o restante do pessoal vai estar chegando, e se ele estiver cansado, irá ser um chatinho.

- Para isso servem os padrinhos. Coloco ele no colo de Lucca e ele tem que se virar para acalmar o nosso filho.

Alice bufa. - Não é assim que funciona as coisas. - ela faz cara feia para mim.

- Além do mais você sabe que eu não faço com intenção, ele é que não pode ouvir a minha voz que logo abre os olhos. - sussurro.

É verdade, toda as vezes em que chego do trabalho, e Dimitri está dormindo, eu apenas vou perto do seu berço e digo: Oi filhão, o papai chegou. E ele automaticamente abre os olhos e sorri para mim, é como se fosse o nosso código secreto, algo só meu e dele.

- Não me venha com essa, até parece que vocês fazem de propósito. - Alice para ao meu lado e me abraça.

- É talvez a gente faça mesmo. - passo o meu braço pelo seu ombro e a trago mais para perto de mim - Acontece que eu não gosto de ficar muito tempo longe dos meus filhos, e eu faço a mesma coisa com Annie, só que a minha garotinha já não dorme mais durante o dia, por isso que você não acha ruim.

Alice sorri condescendente. - É verdade, você também age da mesma forma com Annie.

- Está vendo só. - volto a minha atenção para Dimitri - Olha só como ele já cresceu, parece que foi ontem que eu o segurei no colo pela primeira vez, e eu estava com um medo danado de o derrubar de volta na água daquela banheira.

EFEITO BORBOLETA - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora