Capítulo 43 - Enzo Massarelli

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Faço um gesto com a cabeça cumprimentando o segurança que faz plantão na porta do quarto de Álvaro, e entro sem saber exatamente o que esperar.

Tenho certeza de ter visto e ouvido Álvaro dizer o meu nome e ainda enfatizar que eu que eu demorei para vir vê-lo. Mas desde quando eu estava sendo esperado?

Meus olhos não se desviam do homem deitado naquela cama enquanto entro no quarto, e ele por sua vez, também me observa com atenção.

Os hematomas em sua face estão bem espalhados e mais claros, mas ainda impressionam. Seu peso também diminuiu visivelmente.

Antes que eu possa falar alguma coisa, meu celular vibra dentro do bolso da minha jaqueta de couro, e eu pego-o para ver quem é.

- Alice. - penso em voz alta é involuntário, mas eu acabo olhando para Álvaro, e ele balança a cabeça negativamente.

- Não diga que você está comigo. - franzo os olhos. Ele não quer que Alice saiba que eu estou aqui? Mas porque não?

- Oi amor. - respondo depois de atender.

- Enzo, eu estive pensando no que o meu pai disse para o delegado...

- E aí, chegou a alguma conclusão?

Meus olhos focam em Álvaro que permanece calado e prestando atenção em mim.

- Como eu disse, meu pai sempre que me contava sobre esse dia, ele dizia que sempre foi e será um dos dias mais importantes da sua vida, que só perde, para o dia que ele me recebeu em seus braços.

- Posso só imaginar como deve ser esse momento.

Falo, mas logo me arrependo. Não foi por querer. Claro que isso me machuca, não ser o primeiro a saber que Alice estava grávida, e depois não ver o nascimento da minha filha ainda me dói pra caralho, mas não foi para atacar Alice que eu falei.

- Desculpe.

Ouço ela respirar fundo.

- Tudo bem, eu te entendo. Enfim, - posso vê-la balançar a cabeça como se estivesse afastando os pensamentos desagradáveis - quando o meu pai contava isso, ele sempre terminava a conversa com uma coisa do tipo: A gente nunca sabe o que pode nos acontecer não é mesmo? Então eu quero que saiba filha, se eu chegar ao ponto de ficar um velhote senil, que não se lembra nem do próprio nome, eu quero que você tenha em mente que vou te contar essa história só para que saiba que de você eu nunca vou me esquecer.

- É uma bonita história, mas ela seria uma das coisas que ele iria esquecer se chegasse a ficar senil.

Vejo Álvaro sorrir de leve e balançar o dedo indicador para mim como se dissesse: Não tinha pensado nisso.

EFEITO BORBOLETA - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora