Capítulo 16 ㅡ Mãos na cabeça

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Taehyung levantou bruscamente da cadeira, fazendo cara de aflito que não era nem um pouco falsa.

— Meu brinco! — Choramingou, atraindo a atenção dos outros clientes, inclusive Choi e Jung, que já se erguia outra vez. — Não posso perder ele, foi um presente da minha vó, Kookie. Me ajude a procurar!

Jungkook, um pouco confuso pela atitude inesperada, se abaixou na mesa, fingindo olhar ao redor, enquanto Taehyung passeava mais longe, olhando para o chão com concentração, esperando fervorosamente que a Jung o devolvesse sem olhar muito bem. Ele não sabia o estado que tinha ficado depois de ser pisoteado.

Boo Na olhou para a mão, onde tinha pegado o objeto em que tinha pisado. Não via nenhum quebrado, apesar de ter ouvido claramente o som de algo se partindo. Era um brinco redondo com uma pedra vermelha no meio, bastante bonito. Ela olhou para a mulher aparentemente desesperada com pouca paciência. Quanto escândalo por um brinco.

— Com licença. — chamou, atraindo a atenção dela e de seu acompanhante. — É esse aqui?

A mulher veio apressada em sua direção, e caramba, como ela era alta. Boo Na batia no seu ombro.

— Ai meu deus, obrigada! Você salvou minha vida! — ela exclamou, parecendo que ia pular em cima da Jung para agradecer.

— Está tudo bem. Foi só coincidência. Deve ter caído quando você passou por aqui e você não notou.

— É um presente muito especial, eu ficaria desolada se o perdesse. Você tem minha gratidão eterna. — ela disse. Boo Na sorriu falsamente pra ela e acenou em despedida, seguindo o senhor Choi para fora.

Taehyung conteve um suspiro de alívio e olhou para o brinco, indo sentar na mesa outra vez, onde Jungkook o esperava, com o olhar metade amedrontado e metade divertido.

— Me lembre de nunca mais te fazer favores. — ele pediu. Taehyung riu de alívio.

— Acho que a gente lidou muito bem com isso.

— A escuta do seu namorado está provavelmente despedaçada e eu duvido que seja barata. Eu não diria que isso foi um sucesso quando a gente quase foi pego com a boca na butija.

— Apenas aproveite as pequenas conquistas da vida, Jungkook. — Taehyung mandou.

Eles ficaram ali por mais alguns minutos, esperando a poeira baixar. Taehyung terminou a garrafa de soju e eles pagaram antes de sair.

Jungkook dirigiu para casa em silêncio, com Taehyung ouvindo a gravação. De lá, Taehyung pegou o carro de Yoongi e voltou para a casa do mesmo.

Entrou com a chave reserva, os sapatos na mão e uma mochila com roupas suas nas costas, e caminhou devagar até o quarto onde Yoongi dormia.

Hyojong estava lá, sentado na cadeira ao lado da cama, e ergueu as sobrancelhas quando viu Taehyung vestido daquele jeito.

— A noite foi boa? — perguntou divertido.

— Eu estava fazendo um favor pra ele, já que ele não pode. — Taehyung respondeu, tirando a peruca da cabeça. — Alguma mudança?

— Sim. Ele estava suando demais. Provavelmente passando pelo tormento.

Taehyung olhou para Yoongi deitado na cama. Não parecia que ele estava diferente.

— Acabou? — perguntou esperançoso.

— Talvez. — Hyojong disse. — Ele pode acordar hoje ainda ou só daqui dois dias.

— Você não faz ideia. — Taehyung disse, contendo um revirar de olhos. Hyojong era incerto demais.

O melhor amigo do meu cliente {kth + myg}Onde histórias criam vida. Descubra agora