Killer Queen • Ben Hardy

Are you okay?

Abro os olhos devagar e a luz branca que está próxima ao meu rosto me assusta, fazendo com que eu coloque uma das minhas mãos na frente da mesma. Minha visão logo se acostuma com a luz, e eu me sento na cama, e noto que estou em um hospital. Joe e Alessia estavam sentados em um sofá próximo a minha cama, e os dois se levantaram vindo até mim.

— Porra Ben, que susto você deu na gente. — Joseph diz. — O que aconteceu com você, cara?

— Eu não sei... — digo, confuso. — Não lembro de nada que aconteceu. — digo, colocando uma das mãos em minha cabeça.

— Como assim você não lembra? — Alessia pergunta, e sinto um pouco de irritação em sua voz. — Você beijou outra garota praticamente na frente da Margot, Benjamin. — ela diz.

Tento me lembrar das coisas que ela dizia, mas uma forte dor de cabeça me atinge, e eu me deito novamente na cama. Joseph pergunta se eu estou bem e eu digo que não, e o mesmo diz que vai chamar o médico.

Alessia senta de volta na poltrona e eu me ajeito na cama, e eu vejo a garota me fitar com raiva.

— Amora, eu não me lembro do que eu fiz ontem. Eu entendo que foi algo terrível, mas não vai adiantar você ficar brava comigo agora. — explico, e a garota bufa.

— Acontece que o que você fez magoou muito a Margot, Benjamin. — ela estava séria. — Vocês estavam quase namorando, inferno.

Abaixei a cabeça. Por mais que me esforçasse para lembrar do que havia acontecido no dia anterior eu não conseguia, só lembro de estarmos no Belushi e ir até o bar. 

O médico entra no consultório ao lado de Joe, com uma prancheta que provavelmente era a minha ficha médica.

— Olá Benjamin, tudo bem? — ele me cumprimenta com uma das mãos e eu retribuo, acenando com a cabeça. — Estou com sua ficha aqui e nós fizemos alguns exames de sangue em você enquanto estava desacordado, e você estava drogado. — ele diz, e eu o olho confuso. 

— Provavelmente foi a bebida que tomou daquela garota, eu tenho certeza. — Joe disse, e eu concordo. 

Fazia todo o sentido do mundo, ela havia sido simpática demais para querer apenas conversar. Ela me ofereceu um pouco de sua bebida e eu não recusei, e provavelmente estava lá o conteúdo.

— Vocês conseguem saber que droga foi? — Alessia pergunta, e o médico afirma com a cabeça.

— Metanfetamina. — ele diz, e eu presto atenção em cada uma das suas palavras. — Assim que o indivíduo ingere a droga, ele fica muito agitado e não controla muito bem os seus atos, mas depois de alguns minutos o efeito é cortado brutalmente, e acontece o esgotamento físico e mental. Provavelmente foi isso que fez você desmaiar, e foi um bom ato ter trazido você diretamente para cá. — ele termina de explicar, e eu concordo com a cabeça.

— Como eu fui idiota de aceitar a bebida daquela garota, meu Deus do céu. — resmungo.

— Então parece que agora você lembra das coisas, né. — Alessia diz, ainda brava.

— Não vai adiantar você ficar brava com ele agora amora, ele estava sobre efeito de algo. Não estava são e provavelmente não se lembra nem de um terço do que aconteceu. Vai com calma. — Joe diz, e eu agradeço mentalmente por ele ter me defendido.

— Agora que você acordou, vou pedir para a enfermeira vir colocar você no soro, para que a droga saia totalmente do seu corpo. — o médico olhou para a prancheta, dando os detalhes. — Porém você terá que ficar aqui na observação, como ainda tem um pouco da substância no seu sangue pode ser que você tenha um pouco de alucinação e náuseas. — ele termina de explicar, e eu aceno com a cabeça agradecendo. — Somente um de vocês pode passar a noite com ele. — o médico finaliza e se retira, indo chamar a enfermeira.