Giro o volante todo para a esquerda para fazer a curva, e sigo o GPS para chegar até a loja que tinha visto no Google. Hoje era o dia de levar Margot para a conferência de arte e eu não queria que ela se preocupasse com roupa nenhuma, porque eu estava disposto a comprar algo novo para ela. Então procurei na internet um loja que tivesse mais ou menos o seu estilo e aqui estou, pronto para escolher algo.
Meu telefone começa a tocar e assim que estaciono tiro ele do bolso para atender. Olhei no ecrã e vi que era Alessia, e eu tinha dito a ela que queria ajuda para escolher algo para Margot.
— Consultora de moda? — pergunto assim que atendo a chamada, e o ouço a garota rir.
— Eu mesma, a seu serviço. — ela diz, e eu também rio. — Já chegou na loja? — ela pergunta.
— Já, acabei de estacionar. Cadê tu? — pergunto, e a garota bufa.
— Acabei de descer do ônibus, o ponto mais próximo é a uma quadra daí. Vê se aquieta essa bunda branca. — ela diz, e eu rio.
— Ok, te espero aqui do lado de fora. — digo e ela responde um 'ok' e finaliza a chamada.
Depois de dez minutos, vejo Alessia atravessando a rua para me encontrar. A mesma me dá um abraço um pouco ofegante, e depois toma um gole da água que estava em sua garrafa. Nós dois entramos na loja, e a atendente vem perguntar se estamos precisando de algo. Falo sobre Margot e sobre o presente para ela, e ela começa a sugerir vários vestidos estampados.
— O que acha desse? Eu acho a cara dela total. — Ale me mostra um vestido preto com um pouco de renda nas mangas.
— Esse é mais sua cara do que dela, amora. — digo, e vejo a atendente rir. Provavelmente pelo apelido incomum.
— Qual o estilo dela? — a atendente pergunta.
— Difícil dizer. — digo, pensando um pouco.
— Eu acho que é uma parada mais anos '90. Ela usa bastante meia arrastão, calça cintura extremamente alta, tops... — Alessia diz, e eu a olho surpresa.
— Já sei. — a atendente vai a uma das araras de roupa da loja, e pega um vestido meio amarelado cheio de rosas e com alguns botões na parte superior. — O que acha desse? — ela mostra o vestido para nós dois.
Eu fico observando por um tempo, imaginando Margot vestindo aquela peça.
— Eu achei perfeito. — respondo, sorrindo.
— Eu concordo, é muito a cara dela esse vestido. — Ale complementa.
— Vou levar esse. — finalizo, e nós três vamos ao caixa.
A atendente passa o código de barras na máquina e eu pago, e rapidamente eu e Alessia já estávamos fora da loja.
— E você, o que vai vestir? — ela me pergunta.
— O de sempre, smoking. — dou de ombros.
— Não vai não, nós vamos achar alguma coisa para você. — ela diz, e eu a olho confuso. — Quero vocês dois combinando.
— Isso não é brega? — pergunto, rindo um pouco.
— Brega é a minha mão na sua cara, Jones. — a garota diz, e eu rio ainda mais.
Destranco o carro e nós dois entramos, e eu jogo a sacola no banco de trás. Alessia liga o rádio e eu dou partida no carro.
— Então o que sugere para combinarmos? — pergunto, conduzindo o carro para fora da vaga que eu havia estacionado.
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Killer Queen • Ben Hardy
Fiksi Penggemar• Em processo de edição e revisão • Ela caminhava com precisão, atraía a todos com seus olhares sedutores, dançava e cantava como um verdadeiro anjo, mas diferente de todos, ela havia capturado o coração dele. E por mais que eles não pudessem se ver...