A Promessa

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Capítulos sempre as Quartas feiras <3 

Jonas! Se esconda aí e cuide do seu irmão, não importa o que aconteça não saia daí, só quando estiver seguro.— minha mãe grita, e ao ouvir seu tom choroso volto a ter dez anos de idade novamente, volto para a pobreza do acampamento que morávamos, volto para a escassez de viver somente do que a terra produz, regresso à cena do crime, vejo o sangue jorrar de sua testa, minha mãe ainda está respirando eu sinto seu corpo fazê-lo com dificuldade, amedrontado eu choro em silêncio, e o policial que atirou apenas ri.

— Quem foi o mandante do tiro? — o outro policial questiona, enquanto o atirador guarda a arma.

Rodolfo Guedes. — o som ecoa em meus ouvidos.

— O que faremos com o corpo do casal? — o policial pergunta nervoso.

Deixe aí para que sirva de exemplo para os outros baderneiros, esses dois apenas entrarão para as estatísticas. — desdenha, seu tom, seu rosto, o sangue, minha mãe está fria já não respira mais, meu irmão tem apenas cinco anos e assistiu a tudo assim como eu, ele está sentado grudado às próprias perninhas curtas, os olhos azuis assustados, frios, os policiais saem, eu ouço o barulho e vibrações dos carros se afastando, nosso acampamento está vazio, silencioso. Então saio de trás da moita onde minha mãe nos escondeu assim que percebeu que era uma emboscada e que seríamos todos aniquilados, abraço seu corpo magro e pálido, mais a frente caído está o meu pai, uma lágrima foge a meus olhos, por fora silêncio, por dentro meu corpo grita.

— Nós vamos nos vingar, nós vamos pegá-los. — prometo abraçado ao meu irmão em pânico, ambos estamos com a roupa suja do sangue dos nossos pais.

— Jonas! Acorda! — gritos me despertam, estou suado, passo a mão nos cabelos desorientado. Estou em minha sala na Guedes Engenharia, na mesa a placa dourada cravado as palavras "CEO JONAS PATACHO", meu computador já apagado confessando que peguei no sono já faz tempo.

— Filho, você estava tendo um belo pesadelo. — o velho diz aproximando-se com um sorriso doce e seus olhos cor de mel suaves.

— Desculpe, fiquei até tarde ontem na empresa, hoje também trabalhei demais e no meio de um relatório acabei pegando no sono.

— Já é tarde Jonas, vá descansar filho.

— Eu sou duro na queda, Rodolfo Guedes. — debocho.

— Eu sei querido, mas preciso do meu presidente interino bem descansado para amanhã, o dia que irá tomar posse do seu cargo na presidência. Você é meu homem de confiança, estou muito seguro de minha decisão.— Sorrio, o homem vem me abraçar afetuoso, retribuo encenando um carinho inexistente. Eu o odeio.

— Boa noite querido. — se despede e assim que a porta se fecha olho ao redor, minha sala toda branca, fria, assim como meu interior, cerro meus punhos e fito o porta retratos a minha mesa, meus pais sorriem na foto, doces, com suas roupas simples e olham-se apaixonados. Falta tão pouco para que a justiça seja feita. Já posso sentir tão perto. Não se passou um dia que eu tenha esquecido a minha promessa.

— Eu vou me vingar. Eu vou pegá-lo.

Já peguei minha pipoca pra assistir essa treta 😎😂😂😂

[DEGUSTAÇÃO] A Vingança Do CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora