O Ciúme

8.2K 1.5K 632
                                    

No próximo capítulo terá um amasso da-que-les! (será que é do nosso casal?) Portanto a meta será de 500 votos e 400 comentários para eu publicar o capítulo até quarta feira, se baterem antes, publico antes.  Sei que por um beijão vocês irão lutar, e cá para nós, tá valendo a pena. ❤️

Jonas
👔

Saio da casa de Jasmine sentindo como se eu tivesse sido espancado pela grandeza e bondade de seu coração. Como é que uma menina como ele pode ser filha do Rodolfo?

Um ser horrível, sem qualquer resquicío de humanidade. Mais que merda! Precisei sair de dentro da casa porque... Estou mexido com ela e preciso manter uma barreira entre nós. Já bem próximo do meu carro escuto a voz de Pedro, o amigo, as minhas costas.

— O que quer com ela? — viro-me para encarar o moleque que, mesmo alto, ainda é mais baixo que eu e gosto da sua valentia mesmo ao perceber sua desvantagem física comparada a minha.

— Não sabia que ela tinha um pai ciumento. — provoco.

— Vou mandar um "papo reto" porque não gosto de rodeio. A Jasmine é uma menina de alma boa, coração puro. Estou cansado de ver playboys como você que sobem o morro atrás das nossas mulheres, fazem o que querem com elas e depois as descartam para ficarem com as madames brancas de vocês. Quantos homens quem tem carro como o seu são casados com uma negra? — questiona e não tenho resposta.

Fecho minhas mãos em punhos com uma vontade irracional de socar a cara por querer se intrometer no meu caminho, me julgar sem saber pelo o que já passei na vida. Ele percebe minha mudança de humor e se arma para uma briga. Olho para o moleque cafuzo, jovem e me dou conta de que ele é tão vítima do estado, quanto aqueles a quem eu protejo e ele, com este bonito gesto de lealdade, só quer protegê-la. Baixo a guarda, mas deixarei bem claro que não estou para brincadeiras.

— Rapaz! Fique fora do meu caminho com a Jasmine. Eu não entrei no seu porque, de verdade, ela nunca te quis. Então, saiba ser um bom perdedor e não me julgue de playboy. Você, irremediavelmente, desconhece a história da minha vida.

Entro no carro tentando controlar o mau humor. Dirijo furioso e pelo retrovisor vou deixando para trás toda a probeza que cerca Jasmine. Respiro fundo, olho no retrovisor e vejo as vans e moto táxis circulando, o Vidigal é um bairro situado entre os bairros mais nobres do Rio de janeiro, entre o Leblon e São Conrado, mas que possui favelas emergentes, entre elas a que estou saindo agora, o morro do Vidigal.

Até o início dos anos 2000 era apenas  uma favela, porém, com a pacificação começou a ter uma alta na parte turística, já que o morro possui muito potencial pela mata, boa vista e localização.

Nos pontos mais altos da favela possui bares descolados por conta da vista deslumbrante para o mar. Além de ser bastante movimentado, pois, muitos turistas fazem trilha para o morro Dois Irmãos que é cartão postal da cidade, e essa trilha inicia na comunidade do Vidigal, já vi fotos da vista e é incrível, dá para ver toda a zona sul carioca, é de tirar o fôlego.

Entretanto, como estamos falando da zona sul da cidade as vias, no horário de pico ficam engarrafadas, então aproveito para ligar pro João e ele atende no segundo toque.

— Oi irmão.

— Acabo de sair da casa da caçula. — não  falávamos nomes ao telefone, costumamos chamar Jasmine de bastarda, mas, agora que a conheço não consigo usar o termo perjorativo.

— Jura?! E como é a casa?

Jasmine mora na parte não tão descolada da comunidade, ainda bem no início do morro, dá para perceber a precariedade nas casas.

[DEGUSTAÇÃO] A Vingança Do CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora