Jasmine
🐯Paramos em um bar ao lado da casa onde Camila se apresenta, tento buscar o fôlego, depois de quase cair na tentação de beijar Jonas, ver aquele casal, a forma suja como se tocavam na frente de tantas pessoas, aquilo me assustou, justamente porque eu tenho uma visão romântica sobre o sexo, íntima.
— Dois sucos de goiaba por favor. — Jonas faz o pedido ao garçom e volta a sua atenção para mim.
— Não vou pedir desculpas por atrapalhar a sua noite, foi você que veio até mim. — falo desapontada.
— Por que você estava em perigo.
— Eu sei me cuidar. — omito que meu braço ainda dói pelo aperto forte do homem desconhecido e embriagado me deu. — Você vem sempre aqui? — pergunto despudorada, e me arrependo em seguida. — Desculpa, não responda estou invadindo a sua privacidade, só achei estranho um homem tão bonito precisar se sujeitar a um lugar desse — levo as mãos a boca e arregalo os olhos envergonhada de minhas palavras e ele sorri - um sorriso verdadeiro - suavizando os olhos azuis sobre mim. — Perdão.
— Vou lá, ás vezes, mais para beber, espairecer. Gosto de assistir aos shows, são sempre de muito bom gosto. E a melhor parte daqui é ter uma mulher decidida, sem joguinhos, que me não dizem algo contrário ao que o corpo quer — as palavras, que ele soltou de propósito, me afetam. O garçom nos entrega os sucos e fico quieta, pois não tenho argumentos.
Tomamos o suco em silêncio, estou desconfortável em tê-lo encontrado aqui e mais ainda pela forma leve e despreocupada que fala sobre frequentar o lugar.
— O que sua amiga fazia ali? — quebra o silêncio parecendo curioso.
— Dançava, eu apenas estava fazendo companhia. — omito e seu celular toca, ele o atende de pronto.
— Fala, Cadu. — lembro que é o nome de seu amigo do bar, ele apenas ouve a ligação e me olha fechando o semblante.
— Está certo. Até mais.
— Sua amiga é prostituta.
— Você tem algo contra? — disparo não gostando de sua grosseria.
— Nada contra ela. Só não gosto de saber que a trouxe aqui, esse não é um lugar pra você entrar.
— Eu não sou uma criança, Jonas. — meu celular toca e vejo que é Camila, atendo-a ignorando o homem a minha frente. — Oi amiga.
— Jas, aonde você está?
— No bar ao lado. — digo olhando feio para Jonas que descaradamente presta atenção na minha conversa.
— Me encontre na porta, vamos embora, você não vai acreditar, lembra daquele amigo do teu chefe? Um moreno sensual? — levo as mãos a testa me dando conta da confusão armada.
— O que tem ele?
— Marcou um programa comigo, vou encontrá-lo em breve.
— Ai Camila! Depois conversamos. — agora entendo como Jonas soube, decerto o amigo ligou e lhe contou tudo.
— Estou indo embora. — aviso ao homem irritadiço sentado a minha frente.
— Eu te levo.
— Isso não está em jogo, boa noite, senhor Patacho. — limito nossa relação e ele ergue as sobrancelhas insultado com a minha frieza.
Apenas assente com a cabeça e vou embora sem olhar para trás.
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