Amores já deixem o votinho de vocês, se até domingo baterem 350 votos e 400 comentários soltarei um bônus com a visão do Jonas.
Jasmine
🐯Caminhamos até o carro de Jonas que aciona o alarme e abre pra mim a porta do carona. Me sento e enquanto prendo o cinto de segurança, vejo de relance Jonas tomar o seu assento de motorista.
— Que foi, o que tanto olha?
— Você me decepcionou, eu esperava uma Ferrari, Jonas Patacho, esse é um carro do ano, Jaguar, porém, muito singelo para o CEO interino. — brinco. Jonas dá partida no carro e um painel eletrônico incrível acende. Na sequência, o carro sai deslizando pelo asfalto e ele sorri.
— Só uso a minha Ferrari em ocasiões especiais. Para ir para o trabalho, não. — abro a boca incrédula.
— Você DE FI NI TI VA MEN TE não tem uma Ferrari. — levo a mão ao peito dramatizando e ele dá aquele sorrisinho de canto com seus tão beijáveis e rosados lábios.
— Não, eu não tenho.— assume e eu sorrio retirando a mão do peito e me jogando ao encosto do banco — não gasto o meu dinheiro com futilidades, tenho as minhas prioridades.
— Que são?
— Apoiar algumas causas. — limita-se a responder e percebo que está desconfortável. Confesso que, o fato de Jonas ser o tipo de pessoa que fica desconfortável em falar de suas boas ações., é bem curioso.
— Clebão me disse que você deu dinheiro a ele. Obrigada! Ele é muito gente boa, além de turrão. Já o chamei pra morar com minha mãe e eu, mas ele não foi.
— Você não tem medo dele, por não ter um teto? — olha-me de forma intensa, parece ansioso para ouvir minha resposta e dou de ombros.
— Medo?! Não, o Clebão veio de outro estado atrás de oportunidades e não as encontrou, tenho muito carinho e empatia por ele. — as mãos de Jonas seguram com força o volante, os nós de seus dedos esbranquiçados e o maxilar trincado.
— Se tiver com medo de entrar pode me deixar na...
— Você me disse que não tem perigo, então eu acredito, vou te deixar na porta de casa.
— Certo, obrigada.
Olho para a janela observando a orla e as pessoas lá fora.
— Você não tem curiosidade sobre o que essas pessoas lá fora vivem? Quais sãos os seus sonhos, desejos, impasses...
— Não, eu não sou muito lúdico, não fico apreciando a paisagem ou conjecturando sobre a vida dos transeuntes. Eu dirijo prestando atenção no trânsito para chegar rápido no local de destino.
— É tão bom Jonas, você perde a melhor parte, o caminho. — Jonas fica por um tempo me olhando com suas sobrancelhas arqueadas.
— Anotação mental feita. — pisca e sorrio sem jeito. Volto meu rosto pra minha janela fugindo do pecado azul que são seus olhos.
Assim que chegamos a minha porta ele estaciona o carro do ano na minha casa construída a, no mínimo trinta e cinco anos, um contraste e tanto, não poderia esperar menos, tudo entre nós é oposto.
Eu já estava pronta pra expulsá-lo dali, mas antes que eu dissesse ou fizesse qualquer coisa, pra minha surpresa, ele sai do carro, dá a volta, abre pra mim a porta do carona e antes que ele a fechasse o inesperado acontece.
— Oi Jas. Não vai me apresentar o seu amigo? — Pedro surge e cola em mim apertando minha cintura e o olhar de Jonas mira e para bem ali.
— Pedro esse é o Jonas, meu chefe. E Jonas, esse é o Pedro, meu amigo.