Capítulo 4

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Léia

Acabei de sair da festa e estou voltando para casa, a noite está linda é lua cheia então está bem claro. Achei que seria uns 20 minutos para chegar em casa, mas pelo jeito me enganei já que estou andando a 15 minutos e nem estou na metade do caminho, já são quase 1 hora da manhã e estou começando a me arrepender de não ter aceitado a carona do David, e falando em carona... estou vendo luzes de carro vindo em minha direção, deve ser alguém saindo da festa, provavelmente é um conhecido, já que nessa cidade todo mundo se conhece, dependendo de quem for posso até tentar uma carona, se não estiver muito bêbado, deu para ver que estão em alta velocidade e que não ia rolar a carona até fiquei com medo e dei alguns passos em direção ao mato que fica ao lado da estrada, dois carros em alta velocidade que até pareciam estar apostando corrida, passaram quase voando por mim, ainda bem que saí da frente, que gente mais louca. Logo em frente entraram em uma rua estreita que vai para a trilha da cachoeira, já fui algumas vezes ali e sei que não tem nenhuma iluminação, o lugar é perigoso a noite pois a trilha é bem longa e com várias descidas íngremes. Estou quase na frente da rua que eles entraram e eles ainda não começaram a descer a trilha, estão uns 100 metros a frente com lanternas e gritando uns com os outros, eu sei que eu devia sair logo daqui, que coisa boa não deve ser. Mas é como dizem, a curiosidade matou o gato, vish, péssimo ditado para pensar nessa hora, bem... levando em conta que eu não sou um gato deve ficar tudo bem! Assim espero pois já estou indo até lá, estou quase na metade do caminho, mas em silêncio e bem no canto da estrada, qualquer coisa eu me escondo dentro do mato. Estão em quatro homens, com lanternas, parece que estão procurando alguma coisa mas ao mesmo tempo com medo de encontrar, pois não se afastaram nem 10 metros dos carros, quase consigo entender o que eles estão falando, só mais alguns passos...

- To falando chefe, eu vi ela entrar aqui!

- Não tem nada aqui seu imbecil, se a gente tivesse continuado na estrada...

A frase foi interrompida por um barulho muito alto, rapidamente tapei os ouvidos com as mãos, parecia que estavam gritando dentro do meu ouvido, gritando não, uivando, demorei para perceber que era um uivo, pois nunca ouvi falar de lobos por aqui e era muito alto, não parecia algo natural. Assim que o uivo parou, começou um barulho no mato, pareciam passos e galhos quebrando, cada vez mais rápido e mais perto, deve ter passado a uns 5 metros de mim, eu me abaixei atrás de uma árvore e nem conseguia respirar direito. O barulho foi na direção dos homens, e então algo pulou para fora do mato eles iluminaram com as lanternas e eu consegui ver o que parecia ser um cachorro?! Parecia da raça pastor belga todo preto, só que era maior do que todos que eu já vi, era do tamanho de um dogue alemão, dos grandes. Ele parou e começou a rosnar se abaixando nas patas dianteiras, em posição de ataque, estava todo arrepiado nas costas, mas não atacou.

- Ora ora se não é a nossa lobinha sumida, cansou de correr e decidiu parar para conversar? E foi idiota o suficiente para fazer isso sozinha? Onde está o seu irmão agora? Sozinha você não tem chance com nós quatro sua cadela imunda, vou fazer com que você tenha o mesmo destino que sua mãe!!!

Lobinha?! Conversar?! O que?!

Lobinha?! Conversar?! O que?!

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Enfim LobosOnde histórias criam vida. Descubra agora