|Capítulo 31|D a m o n|

6.7K 1K 267
                                    

E pra quem achava que eu não vinha (eu mesma inclusive), estou aqui firme e forte. Essa uma daquelas histórias que requer certo distanciamento, e esse tempo tem me feito pensar em muitas coisas. Em breve, vocês descobrirão. Mas, tenho que avisar, temo que o final dessa história não seja o que estão esperando.

 Mas, tenho que avisar, temo que o final dessa história não seja o que estão esperando

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Nossa mãe está morrendo, Damon.

Suas palavras se associavam, se desfaziam em pedaços dentro da minha cabeça. — O que?

— Eles a envenenaram.

Veneno. É claro.

— Fizeram isso para nos forçar a ficar em Nola, enquanto levam Dánika com eles, seja qual for o lugar para onde estavam indo.

— Pra casa, provavelmente. E o antídoto?

— Ele o espalhou em lugares da cidade, pegamos todos eles, foram analisados e não passam de soluções inofensivas. Nenhuma delas é o antídoto, então... Eu acho que sabe o que isso significa.

Eu puxo os fios transparentes que levam coisas para dentro do meu corpo. Tudo dói sem precedentes, mas, forço os pés para fora da cama.

— O que você está fazendo, Damon?

— Quero ver a mamãe. — Espinhos cravam no meu peito. Medo e desespero. — O que ele disse sobre o tal veneno?

— Ele disse que iria paralisar os músculos até parar o coração dela, e depois os neurônios iriam morrer. — Raiva escoa em cada letra.

— Lótus de prata. Não tem antídoto pra isso. Em qual estágio ela está? — Eu o questiono, vacilando fora da cama. Meu irmão me ajuda a permanecer de pé e abre a porta para que u possa ir ver Abby.

— Ela não consegue mais se mover. A Doutora a colocou em um dos quartos, está tentando tudo o que sabe, mas... — O desânimo em sua voz não freou nossos passos para dentro de outro quarto.

Minha família estava lá. Já devastada.

Abby parecia serena, sua pele estava pálida, seus olhos fechados e a semelhança com um cadáver parava apenas no monitor marcando a queda dos batimentos cardíacos. A médica, obviamente preocupada, nos olhava com pena. Meus olhos saltaram dela para o número cada vez mais baixo.

Não havia antídoto, mas, eu não era um estúpido. Não teria ficado por anos em um ninho de cobras sem me precaver. Sem descobrir coisas que me mantiveram vivo por todo esse tempo.

— Você já viu um choque anafilático? — a médica assentiu. — Então, você sabe aonde aplicar uma injeção de epinefrina. Faça isso.

— Isso é suficiente? — Dimitri quis saber. — Reanimar os batimentos cardíacos?

— Eles mentiram pra vocês. Passaram anos desenvolvendo isso, a droga para os músculos, para o seu coração, para todos os efeitos, você está morto. A coisa com o cérebro só acontece depois, eu vi cobaias permanecerem em coma por anos até morrerem. Faça isso — repeti.

Intensamente Damon - Samuell's - Livro IVOnde histórias criam vida. Descubra agora