|Capítulo 08|D a m o n|

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Ela respira fundo, sentando-se ao meu lado, como se todas as emoções entre nós fossem grandes demais para segurar de pé

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Ela respira fundo, sentando-se ao meu lado, como se todas as emoções entre nós fossem grandes demais para segurar de pé. De certa forma, era.

─ Você acha... ─ Sua voz vacila, e por isso ela pigarreia. ─ Você acha que conseguiremos superar isso em algum momento?

Eu toco sua mão, entrelaçando nossos dedos.

─ Nós podemos tentar.

─ É. Eu acho que sim, poderíamos, se você quisesse realmente isso, não é?! ─ O vazio repentino do momento em que ela se afastou do meu toque incomoda. ─ Você muito diz, mas, quando eu estou disposta a ouvir, você apenas para de falar.

Eu posso ver seu olhar, seus olhos quase brilham na penumbra.

─ Você realmente se fecha, como se algo o impedisse de falar comigo, não apenas sobre todo esse tempo, mas, também sobre você. Sobre sua vida. Damon, eu sempre te conheci, você foi meu primeiro beijo, meu primeiro tiro, meu primeiro porre, minha primeira vez em infinitas coisas. E, agora, nós só parecemos dois estranhos que já foram ótimos amigos.

─ E ótimos amantes?

─ Ótimos amantes. ─ Ela suspira, desta vez, leva um tempo até que volte a falar. ─ Às vezes, eu quero apenas nossa conexão de volta, ainda que seja apenas nossa ligação como família, e quando acho que estou conseguindo, ela desaparece abruptamente.

A voz é frustrada.

─ Você está nervosa?

─ Você acha mesmo que me deixa nervosa, D? Você me deixa louca, isso é o que você faz, se tornou especialista nisso há muito tempo. Isso é diferente.

Eu balanço a cabeça em concordância: ─ Você me deixa louco.

─ Eu acho que isso vai mal, não?

Dánika recua, observando minha boca. Ela limpa a garganta e desvia o olhar.

─ Você acha? ─ Eu apoio o cotovelo, tendo acesso aos seus cabelos, tirando-os sobre a pele do rosto para contornar a trilha de piercings em sua orelha. ─ Quanto?

─ Bem ruim. ─ Baixa e cadente, a voz não sou firme suficiente, não para ela.

Mas, ela estava sorrindo, com olhos brilhantes e vivos demais para ignorar, então, eu toquei seu rosto macio, trazendo-a para mais perto. Dánika não recusou. Ao contrário. Seu corpo inclinou-se para mim e ela se moveu rapidamente para estar montada sobre meu colo no segundo seguinte.

Suas mãos deslizam com força sobre minha pele, deixando um rastro de calor sobre ela antes de estarem sobre os fios dos meus cabelos. Involuntariamente, eu envolvo sua cintura, puxando-a para mais perto ainda.

Nossos olhares. Aquela conexão que existia antes, ela cresce quando eu finalmente permito que minhas mãos façam seus caminhos, acima e abaixo, apertando-a a mim. Sem deixar espaço para dúvidas, eu puxo seus cabelos na nuca e, em seguida, levo seus lábios mais perto dos meus.

Intensamente Damon - Samuell's - Livro IVOnde histórias criam vida. Descubra agora