|Capítulo 36|D á n i k a|

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Segundo capítulo de hoje! Vou tentar voltar o mais rápido possível e concluir a história da mesma forma. 

— Você é uma mentirosa

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— Você é uma mentirosa.

A acusação não me pega de surpresa. Eu já tinha uma ideia de que a coisa toda na clínica tinha seu dedo, a mão inteira na verdade. Frigga parou no meio do quarto e me olhou como se eu tivesse cometido um crime.

É claro que eu tentei dissimular. — Do que estamos falando exatamente?

— Você mentiu sobre não poder ter filhos.

— Eu menti sim, Frigga. Eu não quero ter filhos de qualquer um deles, não quero ter uma criança para vê-la crescer tão tóxica quanto todos nesse lugar. Fiz sim, e não vou pedir desculpas por isso.

— Você tem ideia de como foi difícil fazer aquela mulher confirmar sua história?

Ela confirma minhas suspeitas.

— Eu não...

— Não pediu minha ajuda? — Ela se aproxima. — Você por acaso já notou a diferença entre eles? Alrik é o mais próximo de segurança que você pode ter aqui, Dánika. Entenda, eu não posso te proteger, você não pode se proteger, apenas ele pode fazer isso. E se ele descobrir suas mentiras, você estará sozinha.

— Porque você defende tanto ele? — Seus olhos estão na altura dos meus.

— Quando eu descobri que era Filha de Aron, Alrik e Valkyria foram os únicos que me acolheram como tal. Eles não se importaram se eu era uma bastarda. Ele merece minha lealdade e minha proteção.

— E... — Eu hesitei, sabendo que poderia ser um erro tocar na ferida. — Valkyria. Como ela era? — Ela acena em negativo, não diz nada. — Você quer que eu fique com Alrik?

— Vocês, provavelmente, nunca serão um casal, mas, juntos, poderiam fazer grandes coisas. Não que eu torça por você, só que... Tem Aren. Não se engane, ele não vai aguentar nada disso.

— Tem medo dele, Frigga?

— Medo? — Ela ri. — Tenha pavor e ainda não será suficiente. Sei que você não desistiu de sair daqui, sei que a sua família não desistiu de tirar você daqui, mas, não será na força. Faça um acordo, é melhor.

— Eu juro que tento entender, mas, não consigo. Você disse que me detesta, mas, está claramente tentando me ajudar. Eu devo confiar em você?

— Não estou fazendo isso porque gosto de você, estou fazendo porque não aceito ser conivente com abusos e, se Aren tiver você, vai te reduzir a um corpo vazio, a uma alma degradada. — Ela sabe. Eu vejo isso.

Uma alma degradada, como ele fez com a irmã.

— Eu te ajudei hoje, mas, se você trai-lo, eu não vou estar ao seu lado. E, acredite... — O ponto ao lado da porta brilha e um barulho vem de lá. Frigga nem respira antes de ir até lá e abri-la. — Aren?

Intensamente Damon - Samuell's - Livro IVOnde histórias criam vida. Descubra agora