Quando Damon decidiu deixar tudo o que amava, sabia que não deveria olhar para trás. Anos mais tarde, ele está de volta, com um mundo de perigos em suas costas. De volta para Dánika, a mulher que nunca deixou de amar. Ele saiu com um grande segredo...
Olá, meus amores! Parece que nosso boy está de volta. Isso, entretanto, não quer dizer que está livre de perigos. Aliás, nessa reta final, ninguém está realmente livre. Atenção: devido ao estado de Damon, algumas das cenas que verão são flashes, portanto, cuidado ao ler.
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- Sabe essa sensação de que você é maior que o mundo? - o sorriso largo demonstra a euforia da garota de braços abertos no topo do One Shell. - Todas as vezes que eu venho aqui, eu me sinto assim.
- Achei que você sempre se sentisse assim. - Eu debochei, fazendo linhas fundas começarem sob seus olhos quando o sorriso se espalhou um pouco mais, tornando-se um riso alto. - Estava enganado, pelo visto.
- Só quando eu estou com você, bobinho.
- Comigo? - Franzi a testa suavemente, testando como a ironia saia dos meus lábios. Havia algo de novo essa noite. Parecia claro que existia algo entre nós, as provocações diziam isso e, se elas não fossem suficientes, o clima pairando sempre que estávamos no mesmo ambiente reforçava.
- Com quem mais seria? - Os passos são decididos até certo ponto, não o suficiente para que ela chegasse a me tocar, mas, perto o bastante para o olhar nos afetar intensamente. - Eu passo vinte e cinco horas do meu dia com você.
- Não dormimos juntos, princesa.
- Quando você me chama assim, eu me sinto com dez anos de novo. E, sobre dormir juntos, nós fazemos isso também. - os ombros se moveram. - Só dormimos, no caso.
O silêncio contorna o espaço entre nós como um grito de constrangimento.
- Você não vai falar nada?
- Você quer que eu diga alguma coisa? - O olhar não vacilou, mas, quando eu estava a ponto de falar, ela deu risada. - O que foi?
- Porque você não me chama pra sair?
- Não saímos sempre? - Os lábios repuxam num sorriso sem graça. Eu sabia do que ela estava falando, mas, merda, a linha entre nós ficava cada vez mais tênue. E se acabássemos por destruir tudo? - Você quer mesmo fazer isso?
- Você é um idiota, sabia? - O sorriso misturou-se à tristeza, que se tornou irritação em dois segundos. - Esquece! Dérek já me chamou pra sair. - O riso se quebrou nos seus lábios e eu fechei a expressão. - Não te entendo.
- O que não entende, Dánika?
- Uh! Você fica aí todo irritadinho quando eu saio com outras pessoas, e a única razão disso nós dois conhecemos perfeitamente. Você não me toca como você quer, porque eu sou uma menininha pra você. Mas, quer saber?
Eu não acho que eu queira saber.
- Eu não sou uma menina, por mais que você me veja assim, uma hora, as coisas vão acontecer pra mim. E, mesmo que eu queira você nessas coisas, eu não...
