|Capítulo 34| D á n i k a|

7.3K 1K 217
                                    

Ei, meninas! Atrasada duas semanas? Ahaha com certeza. Mas, vamos lá, né?!

Aviso: eventos pesados podem se desenvolver ao longo da história, se achar que não pode continuar devido a isso, fique a vontade para parar por aqui

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Aviso: eventos pesados podem se desenvolver ao longo da história, se achar que não pode continuar devido a isso, fique a vontade para parar por aqui.

— Eu sangro por você.

Alrik toca a única parte no meu vestido ainda imaculada, o lugar sob o qual fica meu coração. O resto de mim está cheio de sangue. Principalmente o meu rosto, onde uma mão impregnada de líquido viscoso marcou.

Meu corpo havia sido tocado, não como uma violação. Mas, como se eles dessem boas-vindas a mim como parte deles. De alguma forma, eu me sentia parte de algo. Eu deveria dizer que também sangro por ele, mas, eu, na verdade, ainda era fiel ao meu desejo de fazê-los sangrarem.

Aren me observava de longe, com seus olhos de águia sempre ariscos. Ao lado dele, Frigga parece travar um grave dilema sobre seu ódio por mim, eu sentia, no fundo, eu sabia que ela tinha mais que isso por nossa fraternidade. Talvez ela me odiasse, mas, se ela sentisse algo bom, mesmo que mínimo e frágil, eu continuaria tentando.

Os homens do conselho de Alrik haviam sangrado por mim. Cada um deles rasgara sua própria pele com adagas prateadas e tocaram meu corpo, mancharam-me com seu próprio sangue num ritual que eu não entendia.

— Tudo bem, você não precisa dizer — Alrik disse no meu pescoço. — Você vai mostrar a eles.

Sua mão pega a minha com força, eu tento soltá-la, mas, não consigo. O aço frio abre um corte profundo no interior da minha palma. Então, ele pega a outra mão e outro corte se abre, escorrendo vermelho maculando o piso branco.

Uma porta se abre larga, exibindo duas fileiras perfeitas de homens vestidos de negro. Eu olho para Alrik sem saber ao certo como prosseguir. — Siga-os.

Não é obediência. É uma curiosidade mórbida, um instinto de preservação falando mais que qualquer coisa que me faz segui-los. O piso por aonde passo vai aos poucos sendo colorido por gotas de sangue quente deixando minha carne e esfriando.

Rostos desconhecidos estão nos corredores. Crianças, mulheres, homens velhos. Os homens em cada lado de mim os impede de me tocarem, mas, eles são determinados em seus movimentos. Unhas me arranham do ombro nu ao antebraço. O interior escuro em mim grita por alívio, por machucá-los, mas, eu endireito os ombros e continuo caminhando.

Eu olho para trás para ver Alrik me seguindo, vindo logo atrás dele, eu tenho um vislumbre de Aren e a maldade em seus olhos. Eu olho de volta, nada em mim reage, exceto, a mente. Trabalhando, encontrando saídas, planos.

Alrik quer ser o líder, ele não me quer, me ter só vai dar a ele o que precisa. Mas, seu irmão, ele quer tudo. Um é o predador natural do outro, então, o elo de fraternidade não vai durar tanto. E se eu der uma ajudinha, talvez eles se destruam no processo.

Intensamente Damon - Samuell's - Livro IVOnde histórias criam vida. Descubra agora