Ao despedirem-se de Bakugo e Kirishima, Todoroki e Midoriya deixaram o parque e dirigiram-se de volta. A casa de Izuku não era longe, ficando apenas a duas quadras do parque.
Ao chegarem, encontraram Inko completamente apressada. Ela terminava de servir o arroz na mesa e alisava seu terninho preto rapidamente.
— Shouto! — Exclamou ela. — Eu sinto muito, mas tenho uma reunião de escritores e tradutores para ir e já estou atrasada — Arrumou uma mecha de fios verdes que caíram em seu rosto e aproximou-se dos dois. — Meu chefe me ligou agora há pouco para isso, acredita? Achei que vocês não iam chegar a tempo para eu avisar e já estava pirando na batatinha.
— Tá tudo bem — Todoroki tranquilizou-a.
— Sim, eu deixei o almoço pronto, mas... Izuku… — Disse, incerta.
— Eu faço companhia para ele — Sorriu.
Midoriya ficou feliz pelo fato de Shouto ter dito “faço companhia para ele” ao invés de dizer “eu cuido dele”. Odiava se sentir um peso para as pessoas.
— Me desculpa, mais uma vez.
— Não é culpa sua.
Inko despediu-se de Shouto com um beijo na bochecha e deixou um longo abraço em Izuku antes de sair apressada pela porta com a bolsa e a chave do carro em mãos.
Todoroki auxiliou Midoriya a sentar-se na cadeira de jantar, sentando-se em sua frente em seguida. Serviu-se e o esverdeado fez o mesmo, com alguma dificuldade em alcançar os alimentos dispostos mais longe de si.
— Inko é totalmente incrível com a comida — Shouto elogiou e Izuku concordou, mostrando um sorriso reluzente.
Todoroki deixou a conversa morrer após isso, concentrando-se apenas em sua comida. Todavia, não deixou de observar Izuku com o canto do olho, admirando os cachos verdes que lhe caíam tão bem. Midoriya Izuku era lindo em todos os seus aspectos, desde as covinhas que apareciam sutilmente quando ele sorria até seu corpo magro e tentador.
Shouto deixou com que o rubor cobrisse suas bochechas e agradeceu aos céus por Izuku estar concentrado demais servindo-se de suco para perceber algo.
Terminaram de comer em silêncio, Shouto lavou a louça e guardou o restante dos alimentos em potes. Ajudou Izuku a subir as escadas, abandonando a cadeira de rodas no andar de baixo. Ajeitaram-se com dificuldade na cama de solteiro do esverdeado e, no fim, acabaram aninhados enquanto Todoroki surfava pelos canais em busca de algo interessante para assistir.
Sentiu Midoriya puxar sua camisa com cuidado, ganhando sua atenção.
— Minha perna…
Todoroki demorou a ler seus lábios, distraído com a vermelhidão que eles se encontravam, e só depois compreendeu. Uma das pernas de Izuku pendia para fora da cama e isso estava causando certo desconforto na coxa dele. Todoroki ergueu-se e, sem querer, derrubou o cobertor no chão.
Izuku riu com sua atrapalhação e assistiu Shouto erguer sua perna com cuidado. Com a ajuda das mãos, Midoriya arrastou-se até sentar-se, encostando na cabeceira.
— Tudo bem? — Shouto indagou, curioso com o movimento repetino do outro.
Midoriya assentiu.
— Eu só queria… — Desviou o olhar para o chão, envergonhado. — Te beijar.
Shouto ponderou, observando o belo rosto do amado, e sorriu enquanto aproximava-se, ignorando completamente o cobertor no chão.
— Sabe, Izuku, normalmente não se pede um beijo — Acariciou sua bochecha, cravando seus olhos nos verdes dos dele. — Você simplesmente rouba um.
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Você pode me ouvir?
FanfictionO desespero de quebrar uma janela de uma casa desconhecida é grande, e Todoroki descobriu como é isso. Mal sabia ele que quebrou a janela de um jovem garoto de olhos cor de esmeraldas que estava a beira do tédio total. Midoriya Izuku nunca saía de...