Valsa da filosofia e das cores

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A tarde de quarta-feira fora exaustante tanto para Izuku quanto para Inko. A série de exames parecia não ter fim e alguns nem faziam sentido, como que não tivesse relevância para sua doença de fato. Izuku gostaria de entender um pouco do assunto para compreender os motivos de certos exames. O diagnóstico do dr. Ryuk enfim foi dado, com ambos os Midoriyas presentes desta vez.

A laringite crônica foi confirmada oficialmente e ele deu-lhes mais detalhes sobre a cirurgia. Explicou-lhes resumidamente sobre como seria o procedimento e a data quando seria realizada. Hospitais caros tinham sua vantagem quanto à rapidez, sendo a cirurgia marcada dali a duas semanas. Entretanto o custo estava começando a fazer diferença no bolso de Inko.

Mas ela não se importava nem um pouco, queria médicos de qualidade para seu Izuku.

A data da cirurgia tão próxima assustava Izuku, que ao chegar em casa avisou Todoroki enquanto sua mãe preparava o jantar.

Tão perto…

Tem certeza que está bem?

Não adianta mentir, eu tô assustado.

Mas se o resultado deixar todos felizes, ficarei contente.

É o mínimo que posso fazer depois de causar tudo isso pra minha mãe.

Para você também.

Eu não deveria estar falando isso, já que é melhor te manter motivado

Mas o resultado não te traz medo?

Sim, já falei isso.

Não, Izuku, não o procedimento em si. Mas e se no fim de tudo der errado e você perder de vez todas as suas chances?

Isso me apavora tanto.

E se acontecer o pior? Se os cirurgiões errarem em algo e você nunca mais voltar para mim?

Eu sei, Shouto.

Mas eu te peço, não pense assim. Vou voltar para você, vai ver.

Mas é provável que eu fique com uma cicatriz horrível, espero que me queira mesmo assim kkkkk

Até parece que eu iria te deixar por causa disso.

Sim. Aliás, tenho algo para te entregar, no meio disso tudo eu esqueci.

Estou livre dos exames, finalmente, pode vir amanhã à tarde?

Claro, o que quer me entregar?

É surpresa.

Izuku era, às vezes, um babaca. Todoroki detestava surpresas e, em situações como essa, ficava extremamente ansioso. Acordou de mal humor e a vontade de faltar a escola lhe tomou por completo, entretanto o tempo se recusaria a passar caso ficasse em casa, e a ansiedade lhe castigaria. Vestiu o uniforme a contragosto, desceu, tomou o café da manhã e saiu.

No caminho passou pela casa de Izuku, mas a casa estava completamente fechada. O que era estranho, visto que Inko sempre acordava cedo. O carro também não estava lá. Izuku havia dito que os exames acabaram.

Todoroki filtrou todos os motivos pelos quais não só Inko, mas Izuku também sairiam. A única coisa que passava pela sua cabeça é a fisioterapia, na qual o esverdeado fazia apenas para ter a sensação de andar novamente. Mesmo que quase quebre seus braços para isso, já que os usa para manter-se de pé.

Resolveu deixar para lá e seguiu caminho. Ao virar a esquina, esbarrou com alguém. Alguém que ele conhecia muito bem. 

— Momo?

Você pode me ouvir?Onde histórias criam vida. Descubra agora