Um... Monstro?

prólogo.

  Lentamente, mais bem lentamente mesmo ouço o apito escandaloso de meu despertador... Levo a minha mão em meus cabelos e depois para o aparelho o desligando, me coloco de barriga para cima sentindo o Sol da manhã bem na minha cara e o cheiro forte de bebida espalhada pela casa.
  Sou Megan Soft e neste exato momento que eu estou sentada nesta cama. minha mãe idiota e ridícula esta na cama nua depois de ter transado com o nojento do Mark o seu namorado com mais de 100 kilos, amarro meus cabelos em um coque desajeitado e olho para minha mala bem feita no canto do quarto... Minha mãe não liga se eu me mudar para a casa do meu pai, que quase brigou pela minha guarda.
  Destranco a porta do meu quarto e vejo as latinhas de cerveja no chão, as sujeiras no carpete que limpei não faz dois dias e a porquice de camisinha em cada canto daquele fim de mundo que eu morava.

-ou sua inútil!- respiro fundo e me viro dando com o Mark de camisa branca suja e seus cabelos desgrenhados.- sua mãe vomitou no banheiro.

-agorinha eu limpo lá- falo voltando a arrumar a mala da mamãe, foi quando senti sua mão gorda.- me solta!

-eu não pedi garota.- ele rosna e me solto bruscamente de seu aperto.- anda que quero tomar meu banho.

-então acorde minha mãe...- falo andando até a porta.- por favor.

  Ok essa pode ser a pior das vidas... Ou talvez não, eu vivo para cuidar de mim e de minha mãe. Apenas sirvo para isso apesar de tudo: xingamentos, brigas, medo, em meio as drogas... Era isso ou ver ela morrer aos poucos bem longe dela.

-pronto babão.- falo com desdém e ele suspira dando um tapa na bunda de minha mãe que está de pé e descabelada.- mãe...

- cala a boca pirralha que estou de ressaca do cão.- ela diz e se senta na cama, apenas fico ali de braços cruzados vendo ela colocar as calças.- oque é?

-papai ligou e mandou você não se atrasar.- falo e aponto para a mala.- ele disse que a senhora tem 5 horas.

-eu te odeio.- ela diz e passa as mãos pelos cabelos loiros com rosa.- sai desse quarto e vai para o carro, sairemos quando eu quiser sair!
 
Respiro fundo e dou de ombros, minha mãe é nova..27 anos, uma Filha de 17. Ela diz que estragou sua vida me tendo e que deveria ter abortado sabe? Mais no fim meu pai me queria, mais ela correu dele e viveu a vida em bordeis e bares sendo guarçonete e muitas outras coisas.

       Oque dizer? Absolutamente nada... Ela é assim, eu sempre sentia seu carinho por mim. Sou um pouco certinha e ela acha isso necessário para ajudar ela no que for, eu simplesmebte odeio carregar ela chapada ou drogada para casa de carro; as festas que vamos são sempre assim.

-amiga!- saio de meu transe ao me dar de cara com a fofinha da Thereza com sua bike rosa e seu rosto como de boneca, sim ela era minha melhor amiga.- bom dia.

  Ela era alta, corpo de modelo, seus cabelos loiros e seus olhos azuis eram a perdição dos meninos do time de basebol. Ela era muito bonita, pessoa animada e conversa igual a periquito animado com algo.

-bom dia menina fofinha.- falo com falsa animação e ela me abraça entregando o jornal da semana.- ainda nisso?

-tenho que comprar algumas coisas para mim...- diz e se despede.- não é porque mus país são ricos que tenho que sugar o dinheiro deles. Boa viajem.

  Aceno e ela se vai, jogo o jornal e um canto e retiro meu celular do bolso vendo as mensagens de meu pai com fotos de seu cachorrinho novo que vai me dar de presente.

-sai de cima do meu carro!- grita Mark me empurrado para o chão onde casse caio.- merda pirralha não sabe que custa caro?

-se eu falar que não estou nem aí você faz algo?- digo abrindo a porta de trás e entro.

  Minha mãe entra no passageiro e ele no Banco de motorista ligando sua lata velha vermelha e caída, pego meus fones de ouvido e me calo jogando um jogo qualquer para não olhar na cara deles. Até no carro eles se pagam, estava ansiosa para ir final de minhas férias na casa de meu pai.
 
Mais no meio do caminho algo me assustou e quase fez nós morremos.  embarcar no meu pesadelo de desejos por ele, eu mal sabia que ele era o meu escolhido que a vovó tanto dizia.