Capitulo 2

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-fi- filha sai daí...- sussurra minha mãe e eu fico encarando o bicho.
 
Ele estava levantando a cabeça acompanhando os paços da minha mãe sem olhar para mim, minha perna não se movia.. Ele rosnava baixo em ameaça para minha mãe, eu apenas tremia de medo não tendo forças nem para gritar ou sair correndo oque não seria bom naquele momento.

  Ele então se levantou com muita dificuldade, e vi o sangue estava escorrendo de sua ferida... Culpa de minha mãe. Meus dedos bravos de tanto medo presos no chão, minha mãe fala algo mas sei que não posso me movimentar.

Ele então finalmente vê minha pessoa quase bem na sua frente...

-está machucado...- sussurro a ele.- precisa de ajuda....

  O bicho então diminui o rosnar para uma perna cambaleia, ele não vai no asfalto por minha ajuda... Ele então se assusta, se debatendo.

-solte ele!- grita minha mãe mais ele parece perde as forças.- ele vai te morder!

-shiii está tudo bem...- e realmente me mordeu.- eu não vou te machucar.

  Meu sangue em sua boca, foi se afrouxando... Sentindo sua língua com varias passadas no machucado acaricio seu pelo, ele não me soltava por nada.

  Eu lentamente levo a mão no machucado e ele rosna me soltando, seus olhos se fecham.  vendo que ele relaxou nos meus braços perdendo completamente as forças.

-mãe me ajuda aqui!- chamo e levanto os olhos onde deparo com ela perto de mais do carro mais logo corre para me ajudar.- podemos levar ele para o carro por favor?

-podemos mais... É um lobo selvagem.- ela diz e eu suspiro começando a arrumar ele para retirar meu moletom ficando apenas de sutiã.

-melhor tentar salvar do que receber um processo.- aviso envolvendo seu machucado e levantando ele pesado de mais nos meus braços.- abre a porta.

  Ela faz oque peço, coloco ele de lado e então fico com ele entre minhas pernas deitado nos bancos de trás, pego uma lanterna e entrego a ela.

-você sabe oque esta fazendo?- ela pergunta e nego olhando a ela.- você vai matar o bicho.

- não quero.- digo e o lobo abre os olhos calmamente e se vira com o vermelho que jamais vi.- oi grandão... Vou tentar te ajudar ok?

  Ele apenas me analisa e não se mexe, parecendo que na havia passado por isso antes... Ele então bufa e deita a cabeça novamente um pouco elevada.

-ele vai te morder...- ronrona minha mãe.

  Dou de ombros e abro a camisa vendo o corte como se fosse de um animal... Um animal grande. Passando a mão lentamente sinto ele se retrair e levantar a cabeça, era um corte fundo.

-mãe quando os socorristas chegam?- encaro seu machucado e ela suspira.

-daqui uma hora ou menos...- ela diz como se não fosse nada.- porque?

-vamos ter que limpar esse machucado dele.- aviso levantando os olhos e ela arregala os olhos.- ele não vai surtar como da outra vez.

- não mesmo! Se quiser morrer...- ela me entrega a lanterna e fecha a porta fazendo ele procurar respostas não muito assustado.

  Apoio nas pernas e levo a mão a cabeça olhando pela janela e ligando a do teto, ela estava ali olhando como se eu fosse de outro mundo. Então entra no Banco do motorista, Reviro os olhos e preparo abrindo o álcool.

-você pode não me morder?- pergunto passando a mão em sua cabeça.- vai doer só um pouco porque não temos recursos.

  Ele deita a cabeça e tremo pegando o mine e último algodão... Respiro fundo e passo, ele na primeiro pula e acerta minhas partes intimas me fazendo roer de dor Mais o restante foi tranquilo.

  Ele se acostumou e não me olhava sim tinhas os olhos fechados, quando terminei coloque o minha camisa delicadamente metade de seu corpo, passei a mãos em sua orelha enorme e pontiaguda.

- filha...- olho para minha mãe que estende um papel higiênico para mim.- você não morreu por pouco.

   Afirmo saindo de cima dele e me sentando sentindo a leveza e o frio, limpando minha mão. Ela então resolveu tirar um cochilo, afundo o Banco e me viro vendo o animal atento nos meus movimentos.

-não acha bom dormir?- sussurro fazendo carinho e sua cabeça... Ele não se movimenta, retiro minha mão por conta do frio e cruzo em frente aos seios.

  Eu estava com um sentimento de leveza, mais ao mesmo tempo de dor... Me viro para a janela sentindo algo me vigiar, em meio a densa floresta e a noite mal dolorida. Respiro fundo me apertando para então me entreter com o meu livro, sem antes dar uma olhada no lobo de olhos vermelhos e pelos bem escuros que estavam molhados.

Um... Monstro?Onde histórias criam vida. Descubra agora