Capitulo 1

80 8 0
                                    

      Abro novamente meus olhos pesados despertando do meu cochilo, só estava minha mãe no carro... Maravilha, sua cara de desgosto era evidente a qual ser cego. Ela simplesmente odiava meu pai e toda santa vez ele gritava com ela por ser ou talvez uma alcoólatra ou uma idiota infantil por ser tão retardada.

-oque pensa em me dedurar para seu pai filha?- ela pergunta quando me sento no Banco da frente e sem olhar para ela prendo meus cabelos em silêncio.- não se faça de surda...

-não está vendo que estou arrumando meus cabelos?- pergunto seca e vejo que meus cabelos escuros e longos já estavam bem seguros...- mãe eu não queria te dedurar para o papai, apenas respondi uma pergunta dele.

-ele ligou para seu celular enquanto dormia e eu atendi...- fala e olho para o vidro que estava com pequenas gotas da chuva leve que se formava.- ele é muito imbecil.

-e você não?- olho para fora e ela bufa.- vamos demorar?

-bastante...- ela sussurra e se estica para ligar o radio brega daquele carro ridículo.
 
Eu tinha as vezes pena da minha minha mãe, não saber escolher um bom caminho as vezes levava a isso... Ou não. Dependia da própria pessoa.

  Ela parou em um posto longe da estrada principal e falou que pegaríamos um atalho pela velha estrada, não ligava.
 
Ela bate no vidro do meu lado e abaixo para sentir a fumaça de seu cigarro me enjoar.

-desce e vai comer algo, droga.- ela resmunga e eu nego.- NÃO ESTOU PEDINDO.

- eu não quero...- olho para ela que se afasta.- idiota.
 
Ela me dá dedo feio e retribuo com língua, fecho o vidro pois o frio estava intenso do temporal que se formava. Foi apenas alguns segundos depois começou a cair bastante água e a burra da minha mãe entrar no carro se batendo por ter quase pegado chuva.

  Ela me olha, ergo uma sobrancelha e ela volta para seu cigarro vendo que ainda estava em mãos.

-qual é!- ela diz bufando.- porque pari uma garota cara do pai?

  Jogando o cigarro fora logo seguimos viagem... Ela tinha completa razão, meu pai de metade japonês e americano e obviamente não herdei a cara dele mais sim o caráter e a consciência de dividir coisas certas e erradas, o rosto foi mesmo da minha mãe.
 
     Cabelos loiros, olhos castanhos claros corpo cheio e baixinha... Não gorda de mais e nem magra de mais, apenas no normal;

-que tempestade...- ela diz dirigindo rápido olhando pelos vidros que eram limpos a cada puxada e barulho chato.

-não gosto de chuva...- falo e fecho meu livro suspirando.- especialmente dos trovões.

-eu sei.- ela sussurra e eu abro um sorriso forçado.

-não mãe você nunca sabe de nada sobre mim.- digo alto e ela se movimenta no banco.

-sou sua mãe- ela rosna e com raiva olho para seu rosto.- sei de muitas coisas pirralha ingrata que você nem imagina.

-a claro que não.- cruzo os braços voltando a olhar para a estrada.- você apenas quer saber da sua própria vida!

-não é bem assim!

   foi naquele momento, no seu grito, no meu susto, na derrapada, no bicho cor escura que antes de sairmos da estrada... Eu percebi o desespero meu ao ver minha mãe sangrando, bem ali na testa. O carro apagado e nos duas abraçadas tentando acalmar uma a outra...

-você esta bem?- ela segura meu rosto com ambas as mãos e eu choro vendo que a dor estava latejante em meu braço...- querida por favor fala comigo!

-ma- sussurro tentando cobrar a sanidade 

  Ela então depois de pegar um curativo pequeno no porta luvas e eu limpar seu machucado com a leve chuva que caia ficamos ali quietas olhando para frente com certo tremor.

-acha que ele morreu?- pergunto vendo o lobo Grande no meio da estrada.

-não sei.- ela diz e se vira olhando para trás.- eu vou ligar para a...

  Não dei tempo pois vi que ela não se importava com o pobre animal, sai do carro na leve chuva que parecia césar enquanto a mesma 

-não faz isso!- ela grita oque não me impede de ir ver o lobo.

  Não sei oque aconteceu com meu corpo, mais mesmo com meu casaco simples e com moletom... Eu tremi, minha cabeça tremeu e meu consciente tinha uma voz dizendo para eu não tocar naquele bicho, mais meus corpo fez o contrário andando até o mesmo e vendo sua ferida.

  Me ajoelhei perto dele e descruzei os braços, ainda tremo-a lentamente fui chegando perto e mais perto quando minhas mãos tocaram de leve a parte que não estava ferida. Meus olhos arderam e minha boca secou, meus dedos sentiram a maciez e ele respirar bem calmo e lento.

-pirralha?- ouço a voz da minha mãe e pulo.

-NÃO FAZ ISSO!- levo a mão no coração sem tirar a outra do bicho.- caramba.

-ele está vivo?- ela pergunta e afirmo passando a mão sem olhar a ele e sim a mata densa ao redor.- aí meu Deus...

  Minha mãe sussurra e olho para ela, que pensava vidrada no animal.. Suspiro sem entender e dou de ombros.

-qual é mãe é só um bichi...- minhas palavras sumiram.

      Meu ar faltou, minhas pernas enfraqueceram... Ele não estava morto de fato, mais oque me assustou mesmo me fazendo cair para trás e soltar ele foi seus olhos. Seu tamanho medonho e seus dentes a amostra em sinal de rivalidade fazendo rosnar e olhar para nós duas com raiva e um brilho animal que jamais havia visto.

Um... Monstro?Onde histórias criam vida. Descubra agora