Capítulo 4

51 6 0
                                    

-me leva para uma merda de hotel!- reclama minha mãe me fazendo abrir os olhos e ver que havia deitado com o grandão.- não quero ir na sua casa.

-grande coisa sua idiota!- aperto meus olhos e afundo minha cabeça no pescoço do grandão.- voce não tem dinheiro nem para cair morta! Durma somente hoje na casa de hóspedes.

-com a puta da sua mulher para encher meu saco?- não quero ver a cara dos dois mais sei que a drogada de minha mãe esta furiosa.- não muito obrigada.

-diferente de você ela é educada.- ele rosna de volta.- voce vai e ponto final.

-voce não vai mandar em mim como das outras vezes- tremo.- me deixe no hotel droga!

-papai...- chamo e ouço eles ficarem calados.- deixa ela em algum hotel, ela vai beber mesmo de qualquer forma.
 
Eles ficam em silêncio, meu pai então suspira alto e sei que aceito meu pedido... Eu sabia muito bem oque ela fazia quando estava só ou com aquele babaca, em um hotel em São Francisco não seria diferente.

-depois eu ligo!- grita minha mae ja fora do carro.- chau sua ingrata.
 
Levanto minha mão e mando dedo do meio a ela.

-não sei como voce aguenta.- fala meu pai meia hora depois sentados nas cadeiras de espera do veterinário.- perco a paciência só vendo ela respirar.

-a pai eu nasci dela...- resmungo deitando em seu ombro e entrelaçando suas mãos onde ele acaricia.- apesar de tudo é aquilo mesmo ou sair de casa.

-voce sabe que pode morar comigo.- ele diz e afirmo com doçura.- por falar nisso como foi que sua mãe atropelou o lobo?

-nem te digo.- suspiro levantando minha cabeça.- estavamos discutindo quando ela perdeu o controle e bateu no bicho, aquela garota dizia ser a dona mais... Algo nele me assustou, ele ficou tenso e tremendo de leve.
 
Dou de ombros e meu pai ergue uma sobrancelha.

-sera que eles maltratavam o bichano?- ele pergunta onde dou de ombros.- ele te machucou em algum lugar?

-somente uma mordida na mão quando ajudei ele a se deitar nos meu braços.- mostro o pano em volta meio sujo.- nada de mais.

-quando chegarmos em casa eu arrumo para você...- meu pai diz doce e afirmo.

  Meu pai em si é um doce em pessoa, ele defende com unha e dente sua família e me sinto segura com ele, ele é alto com 1m 90 de altura... Com seus cabelos escuros e seu rosto de enfermeiro Durão, oque não condiz com sua alma.
 
Ele tem porte de lutador, algumas tatuagens pelos corpos e muito bem cuidado em roupas como agora. Calça cinza social e camisa preta com a gravata diz que havia chegado de algum lugar, espero que não havia estragado o dia dele.

-bom dia!- cantarola vendo ele no fogão... Ele estava com roupas brancas e já com se crachá.- pai a minha madrasta tem sorte hein?

-não tenho?- me viro para a porta que dava ao Jardim de trás e logo a gravida humorada aparece com sua caneca e sua vestimenta típico de sábado.- querida como é bom te ver...

Vou correndo para deus braços em um apertado abraço.

Nos meio abraços eu sinto o cheiro doce de seu creme e a felicidade dela.

-estava com saudades.- confesso dando um beijo em sua testa.- cada dia mais linda.
 
Diana era baixinha com sua barriga de 7 meses, seus cabelos cor mel e sua pele meio pálida para ela... As vezes mesmo indo para a praia ela nunca pegava um pequeno bronzeado ou uma cor que fosse, ela diz ser de família.

-estou com ciúmes.- resmunga meu pai servindo ovos mexidos a ela.- bom dia querida.

-bom dia meu amor.- ela dá um selinho oque me deixa desconfortável.- porque não avisou que havia chegado? Queria tanto dar um abraço nela.

-voce estava cansada de mais do trabalho.- argumenta meu pai.- não queria atrapalhar seu precioso sono.

-mesmo assim...- ela diz com um sorriso que meu pai acompanha.- por falar nisso voce vai amar seu cachorrinho querida, um fofo.

-ele fica babão toda vez que fazemos carinho na barriga dele.- diz meu pai.- amor voce acredita que ela trouxe um amigo também?

-sério!?- ela sorri para mim. Foi então que na minha porta uns ganhar.- mais oque...

-vou buscar o grandão.- falo com um sorriso e vou com meu pão nos lábios.

  Ele estava com o brilho ali ainda sentado no carpete peludo que havia dormido, abro um sorriso e me ajoelho chamando de bom grado.

Ele então me acompanha ate a cozinha, diana quando vê quase engasga mais meu pai a ajuda... Ela então encara o rosto do lobo e depois o meu sem palavras.

-a idiota da mae dela atropelou o coitado ontem.- me sentei de volta e ele do meu lado olhando para a mesa quase perto de seus olhos.- ele esta com a costela fraturada e um corte profundo feito por algum animal...

-minha... Nossa- ela exclama onde adoro e retiro um pedaço do meu pao e dou a ele.- mais ele estava vivo quando voce pegou?

-parecia que não mais depois deu sinal...- falo e passo a mão em sua cabeça.- depois vou pesquisar oque ele come oque devo ter já uma ideia.

-espero que não seja carne crua suculenta.- diz meu pai onde Caio na risada.- vou indo meus amores, tenham bom dia. Chau bicho Grande.
 
O lobo apenas olha de lado e deita a cabeça em meu colo, ele então bufa.

-eu vou ficar sem comer?- pergunto com um sorriso olhando para baixo.- voce não é muito normal não.
 
Dou a ele meu pao todo e um pouco de ovos mechidos, quando pensei em dar meu suco diana retira o copo da minha mao e nega com um sorriso de lado.

-espero que ele fique bem.-diz ela passando a mão em dua barriga.- não deixe chegar perto do pequenino no quintal.

-sim senhora.- abro um sorriso e ela revira os olhos.- vai sair?

-vou sim tenho coisas para resolver.- ela olha de novo a ele e vai para o corredor da escada.- mais tarde volto.

  Grito um "ok" e vou lavar as louças, para então encostar na pia.

-acho que é somente nós dois grandão.
 
Ele não deu bola para mim andando de costas para a sala, meu deus! Era muito lindo esse lobo.

Um... Monstro?Onde histórias criam vida. Descubra agora