Um Bom Tempo

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Capitulo 8 – Um bom tempo.

1
               Poderia dizer que os dois ficaram se encarando por tempo de mais ate Derek se liberta do seu temor e vai para cozinha. Stiles fez menção de se levantar o que foi impedido por Scott que lhe falou em seu ouvido.
— Se você for agora vai levantar mais bandeira, que você estava falando dele.
Derek estava com os batimentos cardíacos acelerados, tinha certeza que o outro estava falando dele por mais que ele não tinha ouvido seu nome, mas ao falar da idade que era uma coisa bem especifica. Abriu a geladeira e viu a cerveja que John tanto falava, já tinha ouvido falar dela. Pegou ela e a girou procurando o teor alcoólico da bebida.
— sessenta e cinco por cento? Esta ótimo. – disse olhando o numero.
Agachou mais um pouco e viu que tinha mais algumas garrafas da cerveja em pequenos engradados de seis garrafas. Pegou todas e voltou par a o quintal, sem antes ter que ouvir.
— Não creio que isso é coincidência de mais... – de um dos seus alunos.
Já no quintal o cheiro forte da carne de hambúrguer estava em toda a área graças ao vento que não estava ajudando. John pegou a garrava que Derek lhe entregou.
— Esta daqui veio direto da Escócia essa é uma BREWMEISTER ARMAGEDDON não sei se eu falei certo, mas disseram que é muito boa, então me deram varias garrafas pra dividir com você. – ergueu a garrafa. – Bebam com cuidado sessenta e cindo de álcool não é brincadeira não em. – disse fazendo alguns dos professores rirem.
Derek tinha colocado uma garrafa em cada mesa dos convidados e deixou uma na sua. Ele estava cobiçando a garrafa como alguém cobiça o que é desejado desde comida ate lugares paradisíacos. —anna achou graça da situação do colega de trabalho.
— Rindo do que? – disse Jordan ao roubar um beijo já namorada.
— Olhe para isso – apontou para a cerveja – E agora olha para aquilo – apontou para Derek.
— Derek? – chamou e nenhuma resposta – Terra para Derek? Pare de encarar a garrava ela não vai fugir – terminou de falar viu o amigo balançando a cabeça o que fez —nna rir mais um pouco – Você esta bem? Já esta bêbado sem beber?
— Eu não estou bêbado, aquelas outras garrafas não foram nada – viu os amigos fazerem um som com a boca quando outra pessoa se acha de mais ou quando ela se sente melhor que todos. – Não vem com hum pra cima de mim não. 
— Nossa – disse —nna fingindo que foi ofendida.
— Você esta meio pálido aconteceu alguma coisa? – observou atentamente o amigo negar.
— Vamos beber ou não?
— Eu não poso eu vou voltar dirigindo lembra?
— —nna?
— Eu quero um pouco.
Ao abrir a garrafa o cheiro forte do álcool foi sugado pela narina deles.
— Ouw! Esse negocio é forte mesmo já estou ate me sentindo bêbado com esse cheiro – disse Jordan.
— Nem me fale. Acho que só vou querer um pouco Derek.
— Bom que sobra mais. – disse feliz.
— Eu vou pegar mais carne, antes vou ir no banheiro. Se me dão licença. – Jordan se levantou indo em direção a casa onde o barulho dos jovens conversando era mais alto.
Perguntou ao filho do anfitrião onde era o banheiro e Stiles indicou o local. Dentro do ambiente podia ouvir as risadas e parte da conversa que eles estavam tendo, não queria ouvir aquilo.
— E o pior não foi isso – disse Allison exaltada – Ele quando olhou para mim quase chorando, o que me fez rir muito naquela hora, claro. E tipo ele estava na minha frente e quase não dava para ver nada.
— Então como você conseguiu ver que eu estava quase chorando? – indagou Scott.
— Não precisava, mas tinha um pouco de luz onde a gente estava passando na hora e você tinha olhado para trás para ver se eu estava lá, idiota. E deixa eu falar não me interrompa. – xingou e a tenções de todos voltaram-se para ela. – Ai quando a gente tava acabando o percurso eu já não via se Stiles e Lydia estavam atrás de mim, mas eu não lembro o que aconteceu direito que Scott andou um pouco mais rápido que eu e isso fez com que a gente se perdesse um do outro.
— Ai a Jegue teve a brilhante ideia de falar meu nome bem alto e o cara começou a gritar meu nome e eu claro fiquei desesperado.
— Por que? – perguntou Tobias.
— Não esta obvio eu não queria nenhum deles correndo atrás de mim e essa dai – apontou para ela – Ficou gritando meu nome que nem doido e eu fiquei desesperado comecei a xingar ela ali mesmo ai a depois de um tempo ela  conseguiu me alcançar e conseguimos sair.
— Isso parece aqueles filmes de terror. – comentou Isaac.
— É então se for um filme de terror Stiles e Lydia morreram bem no começo não é? – disse Tobias fazendo todos rirem.
— Pior que parece verdade – disse Stiles – Mas eu e Lydia saímos de boa diferente desses dois que ficaram desesperado no meio do caminho ate a gente ouviu um dos cara falando 'Scott, vem cá Scott, vem fazer parte da minha sopa' e coisas do tipo de filme de terror.
— O papo ta ótimo mas eu vou pegar alguma coisa la fora pra comer alguém mais quer? – perguntou Isaac fazendo todos levantarem as mão – Ok, Scott você pode me ajudar? – sem perguntar duas vezes ele se levanta e vai atrás do outro passando pela porta quase junto e atrapalhando Jordan no cainho.
O pequeno grupo conversava esperando a comida chegar ate eles. Quando Stiles lembrou de perguntar a Tobias como esta o final de sua transformação e o chamou para ir na cozinha pegar algo para beber.
— Então como esta indo? Me conta tudo quero saber de tudo. – perguntou animado.
— Ah, esta indo tudo bem nada de novo ainda, estou tomando os medicamentos e esta sendo ótimo. Eu podendo ser eu. Agora só queria que isso não me trouxesse problema. – Stiles notou que o tem de voz do amigo mudou.
— Por que falou assim? O que esta lhe incomodando, fala comigo Tobias, sabe que sou seu amigo e quero seu bem assim como você quer o meu. E não é de hoje que eu sinto que você esta me escondendo alguma coisa quase não fala comigo sobre os assuntos que você falava quando a gente começou a ficar.
— Não é nada importante, Stiles.
— Se não é importante você não teria falado disso.
— Tudo bem. – virou de frente para Stiles que estava olhando os refrigerante na geladeira.
— Estou te  ouvindo fale, mas antes, será que eu levo coca ou outro?
— Leva os dois. Enfim – suspirou – Não sei o que ta acontecendo comigo, não sei se é apenas  uma paixonite ou algo pior.
— Esta falando disso? – Stiles colocou as duas garrafas em cima da mesa e fechou a geladeira deixando sua mão encostada na porta – Pensei que era algo pior.
— E talvez seja.
Ao ouvir o que Tobias tinha lhe confidenciado ele foi em direção a sala com passos pesados e bufando. Allison e Lydia se assustaram ao perceber que o amigo estava com raiva provavelmente de Tobias que vinha atrás pedindo para ele lhe ajudar.
— Não vou te ajudar, Tobias. Isso é ridículo! – sentou no sofá.
— O que é ridículo? – perguntou Lydia com curiosidade.
— Cadê esse dois em? – Tobias tentou desviar do assunto, não queria que os outros soubessem.
— Não desvia do assunto Tobias, sabe o que eu quero saber. – disse ela.
— Não tem nada para saber Lydia.
— Não? Mas o Sti sabe, então por que não podemos saber? – apontou para ela e a amiga. – Achei que éramos amigos, mas pelo visto acho que nem isso somos ainda – tentou apelar para  o emocional.
— Isso não vai colcar comigo.
— Colar com o que? – Disse Scott entrando na sala e deixando o cheiro da carne circular pelo local deixando os amigos loucos ainda mais que o cheiro fez com que seus estômagos dessem sinal de vida.
— Que demora em – disserem os quatro em quase uma perfeita sintonia o que assustou Isaac e Scott.
— Cara não sabia que a skynet já estava começando a trabalhar nos modelos fracassados – brincou Isaac.
— Hahaha, não tem nada de skynet aqui não, o Sarah Connor – disse Stiles, fazendo o ele fechar a cara.
— Vamos deixar isso de lado vamos focar na comida, que por sinal esta deliciosa – disse Scott colocando uma tabua cheia de carne na mesa de centro da sala e reclamou que quase perdeu a mão quando todos pularam em cima da tabua, praticamente ao mesmo tempo.
— Não te falei que eles tavam com fome...  – piscou para Scott, que sorriu.
— É.
O resto da tarde daquele sábado passou rápido. Todos não perceberam quando o sol se foi e as luzes do quintal foram acesas e musica foi colocada para alegrar os convidados. Derek tentou repetidas vezes não mostrar sinais de embriagues e Jordan tentou fracassadamente fazer com que o amigo parasse de passar vergonha, já não bastasse ele ter ouvido o que aconteceu no ano passado ele queria ser a pessoa desse ano. 
John não deixou de notar que Derek estava ruim, queria poder ajuda-lo, mas ele não era Stiles que durante a época da separação o ajudou.
Stiles encontrou John de joelhos na escada para  sorte do filho seu pai não estava desmaiado e sim dormindo, já que o mesmo estava mijando na calça naquela hora em que com muita dificuldade ele conseguiu virar o pai.
Ao ter essa imagem em mente John chamou Derek para conversar que com dificuldade acompanhou John para dentro da casa. Passaram pela sala onde viram que os jovens ainda estavam em pleno vapor conversando, brincando, rindo contado casos de quando estavam juntos ou separados. Para não tentar manjar a imagem do professor perante seus alunos ele chamou Stiles discretamente e pediu ajuda para subir as escadas.
— O que ele tem? – indagou preocupado ao ver Derek daquele jeito, mas não queria dar muita bandeira sobre o quão estava preocupado com ele, mas seu pai nem saberia disso, pois também estava preocupado com o outro.
— Aquela cerveja que meu tio me mandou lá da Escócia. – viu o filho concordando – Gostou de mais dela que bebeu duas daquelas garrafas. – John podia jurar que viu os olhos do filho saltando para fora do crânio.
— Mas ele vai ficar bem?
— Claro que vai, faz aquele suco que você fez para mim naquela vez – viu o filho assentir e sair com calma para a cozinha.
Na sala os amigos perguntaram o que aconteceu e ele se limitou a dizer apenas.
— Sessenta e cinco por cento.
Então os outros olharam entre si e viram que aquilo era bom mesmo, mas para sorte deles Stiles tinha conseguido guardar uma garrafa para eles. Já na cozinha Stiles mostrava  um pouco de desespero ao tentar com dificuldade achar as coisas em sua própria casa.
— Que bosta não tem nada nessa casa! – exclamou ele batendo no armário.
— Quer ajuda? – disse Tobias pegando o outro de surpresa e Stiles assentiu a ajuda do outro que por sinal era mais que bem vinda naquela altura do campeonato.
— Sim claro.
— O que eu tenho que procurar?
— Tem uma garrafinha de agua dentro da geladeira, pegue pra mim enquanto eu procuro limão.
— Limão? – estranhou.
— Sim, dizem que é bom para ressaca. – disse abrindo os armários a procura do açúcar. – Sim e funciona mesmo, não sei se o efeito funcional igual em todo mundo ou sei lá, achei! – quase gritou ao pegar o pacote de açúcar.
— Eu acho que o limão esta la fora, se quiser eu posso pegar?
— Sim, sim vai rápido Tobias.
Não se passaram três minutos desde que Tobias saiu, ele já estava de volta à cozinha com três limões. Stiles agradeceu a ajuda do amigo e fez o suco para Derek e levou para ele estranhou quando viu que Derek estava em seu quarto.
— O que ele esta fazendo aqui?
— Deixa ele ficar aqui Sti. Não seja dramático é só por uma noite. – disse John, mas a mente de Stiles queria que fosse para sempre. Na verdade seu coração que acelerava cada vez mais ao ver que ele estava em sua cama. – Vamos deixar ele aqui.
— Então ele apagou mesmo quando você o deixou ai?
— Sim e o estranho é que antes dele apagar ele disse uma coisa que não pude intender pois eu estava fazendo barulho por causa do peso dele. – dizia enquanto empurrava o filho para fora do próprio quarto.
— Estranho. - disse se afastando do pai.
Stiles por alguns segundos ficou pensando no que Derek possa ter falado e o medo de ter dito o seu nome poderia ser real, mas se fosse seu nome seu pai ouviria bem. Afastou os pensamentos quando ele sentou do lado de Lydia e ficou abraçado à amiga.
Horas mais tarde os convidados foram indo embora, John atendeu um telefonema de Claudia lhe desejando felicidades e pode conversar u pouco com o filho e disse que estava muito animada para ele voltar para Portland.
Jordan e —nna foram quase os últimos a irem embora, Stiles ouviu de Jordan que ele iria comemorar hoje tendo o apartamento só para ele e que quando Derek ligar para ele, ele iria busca-lo, mesmo com —nna perguntando varias vezes se não seria problema por deixar Derek ali.
— Se quiser podemos levar ele forçado. – disse ela, logo em seguida ouvindo de John que não teria problema dele passar a noite ali.
A casa estava completamente silenciosa. John estava na cozinha lavando os copos e pratos usado no dia, o que para ele não parecia ter fiz, enquanto Stiles estava no quintal arrumando as cadeiras alugas e catando o lixo que estava em todo lugar, hora e outra ele tentava não olhar para a janela de seu quarto que estava aberta.
— Por que Scott não quis dormir aqui hoje? – indagou John curioso ao ver o filho voltando com mais prato do quintal e fez uma cara de tristeza ao olhar para as mãos do filho.
— Nem faz essa cara pai, tem so mais um pouco e já acaba. – colocou os prato do lado da pia – O problema mesmo é aquele lixo que cada hora parece ter mais e mais.
— Sem reclamar. – tentou repreender o filho o que foi sem sucesso.
— Ah ta bom, falou o adulto reclamando dos pratos. 
— E dai? Primeiro não estou reclamando e segundo eu tenho mais coisas pra fazer, tenho que resolver coisas da escola ainda. – disse deixando o prato pra escorrer.
— E dai? Pai hoje é dia de festa e eu tenho certeza que o senhor vai ficar olhando seus presentes. seus presentes, que alias em sua maioria é de vinho que você ganhou e alguns livros.
— Essa é a intensão.
— Depois dessa vou ate voltar la pra fora pra terminar.
— Depois que você terminar de limpar o quintal poderia ir ver com o Derek esta? E trazer aquela garrafa pra gelar, pois se  não me engano tenho certeza que ele vai precisar.
— Ele precisava tomar um pouco antes.
— Nos vamos ver isso daqui a pouco, enquanto isso termina la por favor.
Stiles voltou para o quintal e o que parecia não ter um fim, teve depois do jovem se apressar depois de seu pai lhe dar um pouco de motivação, o que não foram palavras de conforto e sim o nome daquele que esta em seu quarto.
Seu pai estava em seu quarto com as portas fechadas olhando os presentes quando Stiles passou pelo corredor que leva aos quartos.
— Sabia que ele não iria terminar de arrumar a cozinha naquela hora.
Voltou para baixo e terminou de limpar o que restava limpar. Os pratos secos ele colocou de volta no lugar e passou mais uma vez no quintal para conferir se estava tudo em ordem. Mas sempre tem aquela sujeira que fica sobrando e não vemos na hora. Stiles bufou ao ver o papel no meio do jardim porque era um local obvio demais para o lixo estar.
Olhou no relógio e ainda era dez e meia. Seu celular deu sinal de vida em seu bolso, era Scott.
"Ele esta bem?"
    "Esta. Não sei eu vou olhar ele agora, meu pai estranhou que você não ficou aqui"
"Fala pra ele que eu não queria atrapalhar sua noite de núpcias" 
     "HAHAHA, muito engraçado você em Scott"
"Eu sei que eu sou"
     "Eu não disse nada"
"Eu sei que não. Quando ele for embora amanha se quiser eu passo ai, tenho que te contar o que você não esta sabendo"
     "O que eu não estou sabendo? O que você esta escondendo de mim?"
"Você vai ficar sabendo amanha"
      "Vou ficar acordado a noite inteira e vai ser culpa sua, já fique avisado" respondeu a mensagem enquanto subia as escadas para ir ao seu quarto.
"Você já esta com insônia e te garanto que não é por minha culpa"
Stiles não percebe que estava encarando Derek, observando todo seu corpo que estava na mesma posição em que seu pai deixou. Viu a garrafa do suco que tinha deixado horas atrás aproximou-se dela para ver a temperatura e viu que estava quase em temperatura ambiente.
Ouviu a porta do quarto de seu pai fazer típico barulho de porta velha se afastou de Derek.
— O que estava fazendo? – indagou.
— Eu só pensei em uma coisa.
— Que coisa?
— Não demos o suco para ele a essa altura ele já poderia esta melhor.
— Então vamos acordar ele.
— Você tem certeza? Por que ele esta dormindo tão profundo que esta ate babando – disse ao chegar perto de Derek e ver que ele estava com a boca aberta. 
Stiles e John estavam com pena de acordar o professor, ficaram ali por alguns minutos tentando achar um consenso entre acorda-lo e não acordar ate que decidiram acorda-lo.
2
       Derek se encontrava em um labirinto, mas não um labirinto onde você se sentia claustrofóbico ou ficava com pânico. Diferente dos outros labirintos ele estava em um que havia portas por todos os lugares, sem entender o porque de esta ali ele abre a porta em que esta próximo.
A porta escolhida foi aberta, a claridade fez com que ele fechasse os olhos a medida em que passava por ela, segundos depois de ter passado totalmente ele ouve o barulho dela se fechando e olha para trás vendo que ela realmente se fechou. Quando se deu conta onde estar ele começou a rir ele rir ainda mais alto quando vê que estava em seu corpo de dezessete anos.
Aquele era seu quarto. Com cabeceira da cama embaixo da janela e com um criado mudo branco do lado esquerdo da cama, correu para seu armário e viu que sua jaqueta favorita esta lá.
— Mas como? – olhou para a jaqueta escura com uma felicidade enorme e começou a rir.
Sua mãe entra na porta lhe assustando.
— Esta rindo do que? – disse ela sorrindo.
— Que falta desse sorriso – deixou seu pensamento ganhar o mundo.
— Falta do meu sorriso? – estranhou ela. – O que aconteceu com o senhor? Derek Hale – disse se aproximando e abraçando o filho.
— Não aconteceu nada. – viu que sua mãe lhe olhou com desconfiança e tratou de reforçar oque havia dito – Nada mesmo, não tenho nada me preocupando.
— Se não tem por que não esta lá em baixo com o resto da família? – ela findou o abraço com o filho, que queria mais contato.
— Eu já vou so vou colocar a jaqueta e já estou indo.
— Quer que eu te espere? – observou o filho negar com a cabeça – Esta bem então, te vejo la em baixo.
Talia fechou a porta do quarto do filho, que do outro lado da porta se preparava para pular em sua cama. Seu olhos foram de encontro ao desenho que estava no teto de seu quarto. O desenho representava sua família e de como ele gostava de todos.
Ouviu sua irmã lhe chamar do outro lado da porta, ele grita avisando que já estava saindo pegou a jaqueta dentro do armário. Abriu a porta com toda animação que podia-se ter naquela hora e sumiu quando ele abriu ela e a parte do labirinto estava ali. Abriu e fechou a porta varias vezes para ver se podia voltar para seu quarto. Contou ate dez antes de abrir novamente a porta o que foi falha, quando percebeu estava fora do quarto e dentro do labirinto. A porta estava trancada.
Tentou de todos modos para abrir a porta e com uma das mão bateu com força o que resultou que sua mão ficou dolorida e gritou quando sentiu a dor ao tocar na mão. 
— Droga! – exclamou.
Olhou para a esquerda e depois para direita e o que viu foi mais e mais portas, por onde se passava havia apenas portas, poderia-se dizer que o labirinto era composto por portas, mas estaria mentindo.
Sem ter algo para encontrar uma direção ele voltou a andar. Um barulho foi ouvido de longe. Começou a andar em direção ao barulho que se tornou constante o que foi falho. Cada vez que tentava se aproximar do local, mais longe ele ficava, percebendo isso ele parou de andar se deixando cair no chão.
O som foi abruptamente interrompido, Derek já não tinha esperança de tentar segui-lo começou a rir quando se deu conta da situação em que se encontrava.
— Patético. Eu sou patético. EU SOU PATETICO – gritou com toda a sua força.
Eu sou patético ficou ecoando por todo o labirinto. Um coro de vozes começou a repetir o que tinha acabado de dizer. PATETICO.PATETICO. As vozes repetiam e repetia. Ele iria ficar louco se ficasse mais um segundo ali. Tateou a mão pela porta e a abriu. Novamente o brilho o fez fechar os olhos e ao terminar de entrar a porta se fechou.
Seus ouvidos com dificuldade voltaram a ouvir.
— ... você esta me entendo? – um homem com cabelos longos e de fios loiros estava lhe dizendo alguma coisa. Ele encarava Derek com raiva.
— O que eu fiz? – perguntou inocentemente.
— Você só por estar brincando comigo não é Derek? – o homem viu Derek negar – Onde você estava? Em que mundo você estava que não ouviu o que eu estava falando para você.
Derek sem se importar muito se levanta e sai do local sem antes ouvir.
— Faça o...
Fechada.
Novamente no labirinto. Novamente o barulho. Diferente da primeira vez o barulho estava mais perto. Correu em direção do mesmo ate encontrar uma porta que se destacava da outra, ele percebeu que as outras tinha a coloração escura e aquela era clara, clara como... Abriu a porta sem pensar.
3
     John e Stiles levam um grande susto quando Derek se levanta e emburra ambos com uma força sobre humana. Sua respiração estava rápida juntamente com seu coração. 
— O que eu estou fazendo aqui? – indagou ao perceber que não estava em seu quarto.
— Você não se lembra? Você veio na minha casa, na minha festa. – Derek bate a mão na cabeça ao se lembrar, com a reação do tapa ele vê tudo em sua volta girar.
— O que esta acontecendo? Tudo girando.
— Tenha calma – agora foi Stiles tentando ajudar – Você apenas bebeu de mais, tome esse suco que vai te ajudar, nele tem açúcar e limão que vai te ajudar nessa sua ressaca.
— Beba e volte a dormir.
Sem cerimônia Derek bebe um pouco do liquido e volta para cama, apagado novamente.
Do lado de fora do quarto John e Stiles trocavam risos e olhares sérios um pro outro pelo acontecimento no quarto.
— Nossa quantas horas? – perguntou Stiles.
— Não sei, mas é bom prepararmos para dormir.
— Sim temos que acordar mais cedo do que esse dai. – apontou para seu quarto.
Não demorou muito para a casa esta silenciosa novamente, mas quem tivesse uma audição excelente poderia ouvir o barulho da respiração das três pessoas que estavam ali na casa à respiração de John estava calma e parecia que não esta respirando. A de Derek era profunda sugava muito ar e soltava devagar. A de Stiles não estava em um ritmo único, tinha momentos em que ficava mais rápida e outros que ficava calma o motivo?
Ele se encontrava na porta do seu quarto vendo se levava a mão ate a maçaneta para entrar seu quarto, mas não tinha nenhum objeto que ele estava querendo nele. O homem deitado em sua cama fazia sua respiração mudar varias e varias vezes.
Contou ate dez e colocou a mão na maçaneta com cuidado para não fazer muito barulho o que não adiantou quando tocou o objeto, respirou fundo e prendeu sua respiração e girou. A medida em que abria a porta ele ia tirando o ar cheio de seus pulmões. Quando a abertura da porta estava de acordo com seu corpo ele passou com cuidado. Parou de se mexer quando encostou na porta e um barulho se sucedeu do encontro, olhou para sua cama e nenhum movimento foi feito nos momentos seguintes.
Tirou todo ar que ainda estava em seu pulmão e em apenas um movimento terminou de fazer sua entrada no quarto desequilibrando no final. Barulho. Ele olha rapidamente para Derek e o agrade-se por ele ter u sono pesado ou aquilo ser consequência do álcool.
— Como é lindo ate dormindo – disse baixo.
Se soubesse desenhar, ele o desenharia ao lado daquele homem e quase que instantâneo bateu o arrependimento de não ter acordado com ele naquele dia. Aquele dia em que uma conexão foi feita e por varias dias ela esta fraca, mas que precisaria de algo bem forte para quebrar o que eles tem. Stiles viu que seus pensamentos iriam para  outro caminho e tratou de sair do quarto indo para o quarto de hospedes que tinha a porta quase em frente a sua.
Não teve dificuldade de voltar para seu quarto como teve pra entrar, xingou mentalmente a porta por não ter contribuído para que ele entrasse com mais facilidade, com calma ele fechou a porta aproveitando cada segundo que tinha para ver ele dormindo.
Naquela noite ambos tiveram o mesmo sonhos, não era nada especifico, mas era o melhor para deixar a chama deles viva.
4
      O cheiro de panqueca invadia o segundo andar, mais especificamente o quarto de Stiles. Cada fresta da porta era invadida pelo cheiro todo o corredor já estava carregado com o cheiro, parecia magica o jeito com que o vento carregava as partículas ate a narina do homem dormente. Quando seu cérebro deu sinal para seu estomago ele abriu os olhos com velocidade o que não era normal para uma manha de domingo ainda mais para Derek que era acostumado a ficar na cama mesmo já acordado.
Seus sentidos se normalizaram momentos depois de seu olhos se abrirem e ele ouviu o barulho do estomago, com calma ele se levanta para não ter que ver o mundo ao seu redor girar. Ainda sentado na cama ele respira fundo deixando novamente aquele cheiro lhe dominar e seu corpo reagir com o barulho. Com dificuldade ele se levanta e vai em direção a cozinha, chegando na escada ele apoia com uma mão no corrimão e a outra na parede para conseguir apoio.
Ao seguir o cheiro ele da de cara com John que estava sentando lendo o jornal enquanto Stiles estava no fogão, a ideia te comer a comida do menor lhe agradou, esbouçou um sorriso ao ver que ele lhe olhava de canto.
— Bom dia Derek! – disse ele sorrindo e se virando novamente para o fogão.
— Dormiu bem? – perguntou John.
— Sim a cama estava boa.
— Sente-se aqui na mesa – disse quando viu que  o homem iria ficar em pé na porta da cozinha ao ouvir aquilo ele acatou o pedido de John.
— Obrigado. – falou ao se sentar.
— Mais uma panqueca saindo. – falou Stiles colocando a comida no prato de seu pai, ele olha para Derek e faz  uma pergunta bem obvia.
— Vai querer? – Derek iria lhe responder, mas quem respondeu foi John.
— Que pergunta boba né Stiles, claro que ele vai querer, aposto que ele acordou com fome – falou vendo o outro ficar envergonhado.
— É estou com fome e vou querer uma sim.
— Saindo uma panqueca no capricho.
E o barulho feito pelo ingrediente tocando na panela quente foi musica para os ouvidos de Derek, que via em Stiles uma espécie de maestro na cozinha o jeito em que ele movimentava o corpo e a panela ela o modo dele conduzir a musica.
Derek estava saboreando a panqueca feita por Stiles, ele sentiu pelo gosto da comida que ela tinha algo de especial nela, a cada mordia o sabor ficava melhor e mais profundo. John deixou ambos sozinho o que foi uma brecha pra o filho.
— Dormiu bem mesmo?
— Sim, claro.
— Teve bons sonhos?
— Bons sonhos eu não sei, mas tinha um perfume que me deixava maluco cada vez que eu respirava – brincou.
— Assim não tem graça. – fez uma cara triste.
— E nem é para ter Stiles – disse serio – Seu pai esta a poucos metro e você dando em cima de mim assim...
— Quer mais? – interrompeu ao maior quando viu o pai entrando na cozinha, Derek assustou com aquilo e com a cabeça procurou onde John estava e quando parou de procurar ele já estava sentado na cadeira.
— Me procurando? – disse se divertindo com o outro.
— Sim. Ah e eu quero mais sim Stiles, obrigado.
5
     Novamente o silencio reinava na casa, John terminava de preparar os documentos enquanto Stiles falava com Scott no telefone.
"E quando ele foi embora?"
"Já deve ter umas meia hora que o Jordan veio buscar ele" responder com tristeza em sua voz.
"Sem essa de ficar triste enquanto fala comigo ok?"
"Ok. Estou vendo aqui agora que a Lydia postou nossas fotos no facebook já estou ate vendo que horror são essas fotos"
"Eu já vi elas que por sinal eu estou bonito em todas"
"Me engana que eu gosto Scott"
O silencio predominou na conversa por instantes.
"Por que não esta falando" disse Scott.
"Estou vendo as fotos e vendo essa que esta você e o Isaac me lembro, o que você queria me falar?"
"Que eu e Isaac estamos ficando"
"O QUE?" respondeu praticamente gritando. "Como assim Scott você me deixa ficar um dia sem saber dessa, isso não se faz comigo"
"Sem drama Sti. Allison não pode saber"
"Por que?"
"Por que é meio obvio não é? A gente ta vendo o que vai dar ainda"
Scott passou o resto da ligação falando sobre o acontecimento e da conversa que eles tiveram no outro dia.
"E o sexo?"
"Bem direto em... Ainda não fizemos, como eu já disse Stiles estamos vemos o que vai rolar entre nos, não vamos nos apressar e bem que eu queria"
"Eu sei e quem não quer ele?"
"Você. Você tem o professor na sua mão"  ouviu um só que não do amigo. "Tem sim, vocês so estão demorando a se pegaram"
"Mas eu trocaria o Derek pelo Isaac, pesando varias vezes" – brincou.
"Para de pensar no corpo dele Stiles. Você não quer ele"
"Sim não quero, mas você já viu o corpo dele quando a gente ta no banho depois da aula de educação física?" falou se divertindo em imaginar as caras e bocas que o outro estava fazendo.
Nenhuma resposta veio e momentos depois Stiles estava ouvindo o barulho do telefone quando uma chamada é terminada.
— Desgraçado – riu.

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