A barata cascuda

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De acordo com o top model asgardiano, vitórias devem ser comemoradas. E já que a Hydra levou uma boa rasteira, nada mais justo que os Vingadores se reunissem para celebrar nesta noite, três dias após nosso retorno a Nova York.

Além dos heróis, de Loki e de mim, vários agentes e amigos estão presentes na Torre, entre eles: Sam Wilson, o Falcão — achei ele bem fofo e simpático, por sinal! — e James Rhodes, mais conhecido como Máquina de Combate — não entendi muito bem a piada que ele contou, mas ri mesmo assim para não deixá-lo no vácuo, coitadinho.

Também estão presentes a Dra. Hellen Cho — que conseguiu remendar o Gavião Arqueiro com sucesso e agora fica secando o Deus do Trovão com seus olhos apertadinhos —, Maria Hill — uma agente badass e figura importante dentro da S.H.I.E.L.D. —, a agente Jessica Wally — crush absoluta do Capitão América —, Phil Coulson e meus convidados especiais Josh, Dr. Christian Patel e Amy.

Esta última está atrás do home bar do enorme salão. Ninguém lhe pediu que fizesse isso, mas ela tomou conta do local e está preparando um drink atrás do outro há cerca de meia hora.

De certa forma, isso me faz lembrar da época em que a conheci. Amy trabalhava em um bar de Nova York e eu entrei para afogar as mágoas devido a um coração partido. Só depois, quando iniciei o curso de Publicidade e Propaganda, esbarrei com ela e Josh na faculdade e nos tornamos inseparáveis.

Feliz por Amy ter aceitado o convite para esta noite, me aproximo do balcão e digo:

Eu não acredito que você está aqui.

— E eu não acredito que há três dias eu e Josh estávamos presos numa base secreta da S.H.I.E.L.D. — Ela arqueia as sobrancelhas de um jeito acusatório e começa a preparar uma bebida.

Meio culpada, me justifico:

— Sinto muito por isso, mas foi necessário. Depois que o gafanhoto se passou por mim e a Hydra entrou em cena, eu fiquei com medo que algo desse errado e algum lacaio do mal fosse atrás de vocês para me atingir. Eu não me perdoaria se algo acontecesse com você ou com Josh por minha causa.

— Relaxa, eu estou brincando. Até que foi divertido.

— Sério? — indago, surpresa.

Amy sorri amarelo e desmente:

— Não. Foram as horas mais longas e tediosas da minha vida. — Indicando a festa ao nosso redor, completa: — Isso sim é divertido.

Ela empurra a taça com uma bebida vermelha na minha direção e eu provo o primeiro gole. Aprovo fazendo um joinha e depois mudo de assunto:

— Recordando a época de bartender, hum?

— Quem sabe eu volte a trabalhar com isso, agora que fui demitida da agência? — ela diz em tom divertido, mas sinto a preocupação tangível em suas palavras.

Lembrando que minha amiga perdeu o emprego ontem, devido à corte de despesas, segundo a agência publicitária onde trabalhava, prossigo solidária:

— Amy, eu sinto muito. Como você está lidando com isso?

Enquanto prepara um drink para si mesma, ela responde pensativa:

— Não era o emprego dos sonhos, mas pagava minhas contas e a faculdade. Se bem que outras oportunidades virão, certo? Espero que logo, afinal contas a pagar.

De repente, lembro de uma coisa e tenho uma ideia. Animada, exponho no mesmo instante:

— Ei! Eu posso falar com o Tony. Talvez aquela vaga que ele me ofereceu, na assessoria de criação e marketing das Indústrias Stark, ainda esteja disponível. Ou talvez tenha surgido outra coisa.

Trapaças do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora