Addany e Verdari: O palhaço e o estabanado.

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Depois de compras de um milhão de dólares, voltamos para a alcatéia e fomos para o quarto de Onnea. Ela ainda morava com os pais pois não tinha um par.

-Não é tão luxuoso como o seu, mas... - começou Onnea, nervosa

-É lindo. - E era de verdade. O jeito que ela mesma enfeitou, como enfeitei o meu lá na minha antiga alcatéia, me fez me sentir em casa novamente por um momento. - Deste momento em diante, vamos nos encontrar aqui. Pode ser?

-Sim. Pode ser muito. Vai ver sendo amiga da Luna meus pais saem do meu pé.

-Precisamos de uma foto nossa para colocar aqui. Você tem câmera polaroide? - Perguntou Rock

-Tenho. - Tiramos três fotos. Ficamos com uma para cada. Eu podia sentir o que aquilo significava. Significava que eu tinha uma família aqui. Não o tipo de família que não se escolhe, você só nasce nela e aprende a conviver, mas a família que nasce junta. Cliché, eu sei.

-Já está ficando tarde. Tenho que ir - Disse depois de 2h de bombons, homens das revistas, karaokê e muitas, muitas gargalhadas.

-Mas só são 16h! - Protestaram Rock e On juntas.

-Junta! - Falou On primeiro, o que obrigava Rohkea a ficar calada até alguém dizer o nome dela todo três vezes. - De nada, Mundo! - caímos na gargalhada de novo. Quer dizer, eu e On, já que Rohkea estava jurada a uma eternidade de silêncio.

-Tá, gente. Tenho que ir. Não tem jeito. O Alpha não deve saber onde estou e...

-Por que não disse logo? Vai lá, safada! - Disse, me empurrando pela porta e a fechando na minha cara. Legal.

Comecei a andar em direção à mansão que era vista a quilômetros de distância. Quando estava quase entrando, esbarro no segurança. Sabe, aquele que foi me pegar ontem. Claro que caio de bunda no chão e ouço um Crack . Por que eu não cairia de bunda no chão e, de bônus, a quebraria? Sabe, por que não?

-OH MEU DEUS! - Exclamou ele em pânico. Eu teria rido da reação dele, mas quando tentei rir minha bunda doeu. Muito. Achei melhor ficar quieta - Você tá bem? - Perguntou, tentando me levantar. Eu sabia que não iria conseguir. Quebrei a droga do cóccix. Eu já, já iria me curar, até porquê sou uma loba. Mas, por enquanto, é melhor disfarçar. O coitado não precisa saber que quebrou o cóccix da futura Luna dele.

-Estou bem aqui, obrigado. Obrigado por me mostrar como o granito da varanda da mansão é tão... Fantasticamente frio. Ficarei aqui por um tempo, se me permitir.

Ele assentiu e continuou a ir na direção que estava indo, virando a cabeça com cara de preocupação. Acenei e dei o maior sorriso que pude. Finalmente ele relaxou e foi, em paz. Ele deve estar me achando louca.

Começo a rir por causa de meu comentário mental mas minha bunda ainda dói, então abafo. Uns minutos depois o Beta passa pela porta e me vê, no chão, tremendo de frio.

-Você... Precisa de ajuda? - Diz, franzindo o cenho. Ótimo. Agora a alcatéia inteira vai me achar louca. Por que essa droga não está curando? Não costuma demorar tanto.

-Não, obrigada. Estou bem aqui. Obrigada.

-Sério? Porque parece que você está tendo um ataque de hipotermia.

-Não sabia que lobos podiam ter hipotermia. - disse, sarcástica. Ele ri.

-Me dê sua mão para te ajudar a levantar.

-Não quero levantar.

-Quer sim. O chão está congelando.

-Gosto do frio. Me ajuda a.... a pensar.

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