Deu a louca nas barangas... E nos patos... E nos FDPs

3.2K 200 12
                                    

Tédio.

TÉDIO.

TÉ-DI-O

T.É.D.I.O

T

É

D

I

O

-Eai, SuperZast? O que faremos hoje? - Perguntei enquanto me jogava na poltrona do escritório dele.

Desde que voltei a Canavar, não tenho tido nada para fazer. Rock e Addany foram em uma viagem romântica para Paris e On foi numa missão de reconhecimento da cidade ao lado do nosso território levando Verndari junto com o pretexto de treiná-lo para esse tipo de missão, mas tenho quase certeza que era só uma desculpa para levar companhia. Ai sobrou eu. E Zast. Venho enchendo o saco dele há exatamente 54 horas, 46 minutos e alguns segundos ai. Não sou tão paciente a ponto de contar segundos.

-Você pode ir contar árvores. Na Amazônia. - Sugeriu sarcasticamente, sem tirar os olhos da papelada na mesa.

-Você está tentando se livrar de mim, Zastinho?

-Qual é a sua com os apelidos hoje, Vapor?

-Vapor, Homem Z? Sério? Você é horrível em inventar apelidos.

Ele me ignorou e continuou trabalhando.

-Chatice tem apelido e seu apelido é Zastonildo. - Cantei.

-Me encontre na entrada da mansão daqui há quatro horas. Combinado? - Perguntou me olhando, finalmente. Quatro horas? O que é que ele vai fazer que precise de quatro horas? Contrariada, assenti. - Ótimo. Agora, por favor, me deixe trabalhar.

Levantei da poltrona e sai de seu escritório. Qual é a graça de ter um macho se ele não quer ficar com você?

Quatro horas... O que fazer? Eu poderia fazer as unhas, mas eu já as fiz 3 vezes nestes dois dias e 6h. Decidi socializar com outras pessoas da alcateia, afinal, serei a futura Luna deles.

Quando cheguei na sala comunal, todos pararam de fazer o que faziam para me fazer uma reverência e depois ficaram me encarando, como se esperassem pelo próximo comando. O que que a antiga Luna fez com essas pobres almas?

-Não precisam parar o que estavam fazendo por minha causa. - Assegurei. Todos soltaram o ar que nem sabiam que prendiam e voltaram a seus afazeres.

-Lunaa! Aqui! - Gritou uma loira oxigenada num canto da sala. Ela tinha um homem conversando com ela, que ela dispensou assim que comecei a andar em sua direção.

Ela vestia a saia mais curta que já vi - Deveria ser um crime contra o pudor usar aquela saia. Dava para ver o útero dela. - , uma cropped/sutiã marca-texto rosa e um salto plataforma branco 15 centímetros. Posso estar esteriotipando mas, quando você vê alguém vestida assim, qual é a primeira palavra que vem na cabeça?

Puta.

-Me chame de Vapper, por favor. - Disse a ela.

-Tots, Vapper. Meu nome é Abidya, mas pode me chamar de Abi. Nós seremos super amigas e... - Ela se interrompeu e ficou encarando algo atrás de mim com tanto ódio que não resisti a tentação de me virar para ver quem estava recebendo facadas na mente de Abi.

O reconhecimento me atingiu como uma tonelada de tijolos. Vestindo um vestido 'um show de glitter' verde que acabava na cintura colado com superbonder no corpo estava a loira oxigenada que estava se agarrando com Zast.

Copiei o olhar de Abi enquanto a arrombada passava. Ela fez uma reverência exagerada para mim com um sorrisinho no rosto, bateu cabelo, fez uma cara de nojo para Abi e foi falar com o mesmo homem que antes estava falando com ela.

VapperOnde histórias criam vida. Descubra agora