Descendants Dark Times

Mal

  
Em meio aquele grande infinito de areia Agatha se concentrava para o seu grande momento. Era o seu maior feitiço, sua maior arma, daqui há vinte anos as pessoas lembrariam daquele glorioso dia.

 — O momento mais lindo agora é uma doce lembrança, a maior dor agora te consome. A dor que nunca abandona toma o controle. Onde o amor nasce também é onde o vazio começa. Eu agora faço acabar todo feliz para sempre, todo resquício de felicidade, tudo que é, deixa de ser, tudo que deveria acontecer, começa agora.  Os corações se separaram, nada mais que isso.

Ninguém jamais saberia explicar aquele amontoado de palavras sem sentido nenhum ganhando poder. E quem tomaria conhecimento de como ela realizou aquilo? A realidade era de que quando ela terminou de proferir isso uma forte  magia pôde ser sentida e uma grande cortina invisível começou a passar. No deserto ela não faria nenhum efeito, porém quando alcançasse o primeiro coração apaixonado eventualmente aconteceria bom...o que estava acontecendo

Ela sorriu. Deu um lindo sorriso maldoso e feliz antes de desaparecer dali e voltar para Auradon. Se suas contas estivessem certas até metade do dia todos os reinos já seriam afetados.

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Estados Unidos de Auradon

— Fez boa viagem majestade?

Um dos criados do castelo perguntou. Eles tinham medo dela, por isso a respeitavam e obedeciam

— A melhor de toda minha vida. — Sorriu outra vez. Seus pais sentiriam orgulho se a vissem agora. — Qual é o seu nome mesmo? — Perguntou para o homem que a servia.

— Zip.

Respondeu morrendo de medo

— Você ama alguém?

— Sim, senhora.

Ela deu um sorriso.

— Foi muito bom te conhecer garoto.

Em horas todo o mundo que eles gostavam e a história construíram  ao longo do tempo seria destruído e algo novo seria visto. Não era uma guerra, porque duas pessoas precisam lutar para que houvesse uma, mas quem seria o louco a tentar enfrentá-la ? Era isso, ela ganhou, pelo menos pensava assim.
Agora era hora de pensar em como organizaria seu novo reino.

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Agrabah

— Mal? O que você está sentindo? Aliás o que todos vocês estão sentindo? Preciso que falem comigo. 

Rashid perguntava nervoso ao ver o quarteto se agonizando de dor em sua frente

— Eu não sei explicar...aí! Meu coração dói como nunca doeu antes!

Carlos tentava dizer, enquanto massageava o peito na tentativa de fazer a dor parar.

— Parece que estão apertando o meu coração.

Jay dizia com lágrimas nos olhos.

Rashid observou os guardas caírem no chão, ao que parece aquela estranha magia estava afetando a todos lentamente.

— Que droga está acontecendo com a gente?

Evie perguntou nervosa com aquela dor

— Vocês tem seus amores verdadeiros... — O mago tentava analisar. — O último feitiço dela envolvia isso, acabar com Contos de Fadas. — Ele não entendia e certamente não conseguia ver a complexidade daquilo. Não era apenas tirar o amor deles, mas os impedir de amar, se fizesse isso,não teria Contos de Fadas.

— Ben.

A angustiada Mal estava deitada e agonizando pensou imediatamente no seu verdadeiro amor.
  
— Ben

Ele disse baixinho lembrando que, Benjamim era filho de outro amor verdadeiro, que também era um Conto de Fadas, assim que aquele campo atingisse Adam e Bela, não se sabia o quel aconteceria a ele ou a qualquer outro.

- Rashid faz isso parar.

Jay pediu não aguentando a dor.

O mago voltou para a realidade. Mal não conseguia enfrentar Agatha naquele estado.

Ah Rashid, o nobre e pobre Rashid.  Um  pensamento lhe veio, um pensamento quase que suicida, porque usar magia em um campo em que estava se esgotando era pedir a morte. Embora, não fora atingindo por nenhum dos feitiços e sua magia não foi afetada e se sentia perfeitamente bem, quer dizer, em comparação a eles, estava bem.

Isso tinha uma razão. Rashid não era um personagem, ou seja, sem história, sem final feliz, concluindo os feitiços de Agatha não poderia o afetar.

— Ok, pensa Rashid, pensa vai... — Dizia a si mesmo, enquanto analisava as possíveis soluções, que eram escassas. Então algo lhe ocorreu. E se limpasse a cabeça dela como fez com Harry anos atrás? Era uma boa ideia? Tinha que ser. — Mal, aguenta só mais essa. —  Pediu pegando a redoma que continha a magia do Gênio, antes de tirar algo, faltava completar. Mal sem condição de falar. apenas confiou nele. — 1,2 e 3.

Narrando em câmera lenta. Assim que a magia foi derramada nela, houve um longo suspiro dela e foi como tivesse recebido um grande choque em seu coração fazendo com que ela levantasse e caísse ao chão rapidamente. Quais eram as chances de sair viva daquilo? Cada magia se chocava com a outra, tudo que ela absorveu com a magia que já existia nela.

Será que tinha feito uma boa escolha em deixar que Mal absorvesse tanta magia? Precisava esperar para pelo menos ouvir o batimento cardíaco dela. Todos os ensinamentos dos mestres somado com a sua própria magia...será que ele deveria ter feito isso?

Por longos três minutos não se ouvia nada. Nem um batimento cardíaco, absolutamente nada.

— O que aconteceu com ela?

Evie esforçou para perguntar

— Calma

Ele pediu esperando ela voltar, para que pudesse tirar a memória, mesmo que, tivesse conseguido dominar todo conhecimento, ela ainda não conseguiria lidar com a dor, principalmente se seu Ben não estivesse mais entre eles.
Demorou, mas eles finalmente puderam ver Mal voltar a  respirar, embora não abrisse os olhos. Era o momento.

— O que vai fazer?

De Vill perguntou

— Me perdoa, mas aguenta mais essa garota. — Implorou olhando para a desacordada menina. —  Disparaître comme un brouillard, ne vous souvenez plus de votre passé, tout est dans le sentiment, vos souvenirs n'existent plus sans mon consentement"

"Desapareça como um nevoeiro, não se lembre do seu passado, tudo está no sentimento, suas memórias não existem mais sem o meu consentimento."

Vinte anos depois repetia o mesmo feitiço que fez e o arrependimento? Que ele não ocorresse, era só o que poderia pedir

— O que você fez?

Evie perguntou com medo.

A magia mal poderia ser vista. Quando ele recitava o feitiço uma bolha azul se formava em suas mãos puxando as memórias dela, mas dessa vez ele havia se aprimorado, tudo que seria removido seria aquilo que envolvia Ben e tudo que tinha a ver com qualquer tipo de amor, agora a questão era, que tipo de Mal restaria disso.

Longos e cruciais minutos se passaram até que finalmente os olhos verdes se abrissem brilhando como se fosse a primeira vez que viam o mundo.

— Quem é você?