5 anos

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O tempo em Auradon parecia passar mais rápido do que o normal. As 24 horas do dia pareciam doze e sempre que eles fechavam os olhos era como se o mês já fosse outro e foi dessa forma que cinco anos se passaram.

Mal, assim como  Evie, Jay, Ben , Loonie e Doug já estavam com seus 22 anos. Carlos e Jane sendo mais novos, tinham 21 anos.

Em cinco anos muita coisa aconteceu. Como Evie que havia se formado no ano anterior e era oficialmente uma estilista, além de ser membra do Conselho de Educação e da Escola Auradon, além de estar prestes a ser promovida.

Jay se transformou em um dos treinadores da escola. Uma de suas maiores paixões era ensinar futebol para os meninos da Ilha, contudo  passava a maior parte do dia treinando algum esporte.
Carlos trabalhava em um abrigo de animais, agora eram dois na verdade. Não havia como não achar graça do fato de que o filho da Cruella de Vil ser oficialmente o maior protetor de animais. Doug era o “nerd” de toda Auradon, havia passado um tempo no castelo de Cinderela a ajudando em algumas questões e retornou para casa faz pouco tempo.

Audrey conheceu um príncipe e estava viajando com ele. Chad era Chad estava fazendo psicanálise, pois descobriu recentemente que era apenas um “príncipe, filho da Cinderela”. Loonie se tornou uma mestra na esgrima e há dois meses estava no Oriente com os pais. Chamou de para Jay para ir, porém ele recusou. Jane, bom Jane estava sempre ajudando todos em tudo, como imaginado ela herdou os poderes da mãe, contudo esses eram inutilizados e ela era como uma mão direita de Mal.

Mal estava sendo incrível,  quebrava dia a pós dia todos os paradigmas e regras que esperavam da namorada do rei. Ela pediu a Ben  que eles  esperassem para se casar, pois se achava muito nova para isso. Ele respeitou isso, pois sabia que ela estava mais que preparada para ser rainha de Auradon, mas sentia medo do título. Mal dedicou—se ao longo dos anos há vários projetos  praticamente todos que podia. Em cinco anos ela experimentou de tudo, foi amada e odiada, quis sumir e desejou nunca sair, brigou e fez as pazes, machucou e foi machucada, entretanto ela continuava de pé. Sua magia, bom, Marlin deu aulas por dois anos e deve ter sido produtivo, pois não tinha problemas com ela mais. Se sentia fraca vez ou outra e agora uma sensação estranha passou a consumir.

Ben , rei Benjamim. Seu amadurecimento era nítido ao mesmo tempo que também não alterou em nada, continuava o mesmo menino sonhador de sempre. 50% das crianças que nasceram na Ilha dos Perdidos agora estavam em Auradon,  outra melhoria foi na terra natal de sua namorada, a Ilha foi “reformada” e agora não era um lixão que Auradon usava. Em alguns anos poderia se tornar  um distrito, quem sabe? Para Ben  nada era impossível. Aprendeu a se impor, um de seus maiores desafios era lidar com a Câmera de Auradon.

A Câmera em resumo, era todos os representantes de todos os reinos e quando estava lá, ele entendia o motivo de Mal sempre falar que uma pessoa tão nova não deveria ser rei, pois são homens e mulheres com tantas opiniões e desejos e ele deveria entender e acatar, alguns eram do campo da “revolução” e a maioria era “conservadora”. Ben  não gostava de pensar que alguma lado estava errado, já que para ele o respeito vinha a cima de tudo. Depois de lutar para que Mal partícipe da Câmera durante tempos, ela aceitou e fazia seis meses que uma vez por semana a jovem garota enfrentava a Câmera aradoninana.

Ben  acreditava que agora as coisas estavam sob controle, que não havia nada fora do lugar e que ele sabia de tudo que ocorria.

O que nem Mal, Ben , Evie, Jay, Jane ou Carlos imaginavam era   que ocorria por toda Auradon sem eles saberem. Durante cinco anos existia pessoas que tentavam manter o controle e fazer com que o felizes para sempre dos Contos de Fadas fosse mantido a salvo, pagando o preço que fosse. Debaixo de toda a alegria que os jovens descendentes viviam, havia algo de obscuro que acontecia e eles não sabiam de nada, exceto uma certa fada.

Helena ou Fada Madrinha, ou diretora, ela estava vivendo anos difíceis. Embora, sentisse alegria de ver o novo tempo que Ben  trazia e um novo perfil de escola nascer, não podia fugir dos assuntos obscuros e o medo que vinha assolando (eles) e obviamente ela. A cada ano que passava o amor de Ben  e Mal aparentava ser fortalecer mais, mesmo com desafios que enfrentavam e tudo que só ela sabia, os dois permaneciam juntos o que fazia o medo triplicar. Não era segredo que ela muito se agradou quando Mal pediu a Ben  para adiar a ideia de casamento e sinceramente acreditou que ali seria o fim, porém não, o amor deles cresceu e ficou mais forte, isso não era bom. Apesar disso tudo, saber que o casamento não seria agora trouxe uma momentânea paz para (eles)... até ontem quando Jane chegou animada em casa gritando “Ben  vai pedir Mal em casamento!” seu rosto ficou sem cor e suas mãos suaram como nunca, no dia seguinte, no caso hoje teria uma reunião (eles) deviam saber disso. A verdade é que guerra tão evitada, mas já esperada estava chegando.

—Isso já durou tempo demais!

— Não podemos tolerar mais!

— Estamos contra as regras

— Ouvi dizer que ele irá pedir ela em casamento

— O que? Fada Madrinha sabe que não podemos permitir isso, o que irá fazer? Conhece as regras

— Sim, eu irei fazer algo.

..................................................................

— Então estamos todos resolvidos?

O rei perguntou nervosamente para os amigos.

— Sim, o Carlos foi buscar ela.

A melhor amiga de Mal respondeu sorrindo mais que o normal.

— Está, está tudo Ben

— Cara relaxa, ela vai dizer sim

O filho de Jafar disse vendo como o ‘cunhado’ estava nervoso.

Há algumas semanas, Ben resolveu que queria se casar  com Mal e o primeiro passo era o pedido. Quando a palavra foi citada pela primeira vez, três anos atrás não foi muito bem recebida.  Em resumo, alguém disse para Mal que o casamento dela e Ben deveria ocorrer naquele ano, porque geralmente as princesas noivavam e se casavam no mesmo ano, entretanto a filha da Malévola não entendia porque deveria se casar aos 19 anos. Se sentia quase que como uma criança e não conhecia nada, amava Ben, porém não queria se casar e se tornar rainha tão cedo.
Depois de um tempo conversando Bem, ele a  entendeu, pois também achava que depois de dizer sim, a responsabilidade e a cobrança aumentariam.  Ser rei já era difícil o bastante, mas ele desejava muito poder chamar Mal de sua esposa, por isso esperou a hora certa

— Ok,  vou ao meu escritório.

Benjamin avisou aos amigos.

O filho da Fera se dirigiu para seu escritório não para trabalhar, mas para respirar um pouco.

— Rei Ben?

Pouco tempo depois de ter entrado em sua sala, a porta foi aberta por alguém e quando olhou para fora viu Fada Madrinha. A Fada parecia esperar permissão para entrar 

— Fada Madrinha? Entre, fique à vontade

Pediu a ela com sua natural simpatia 

— Obrigada, como está tudo?

Perguntou nervosa, querendo chegar logo ao assunto que foi mandada.

— Só assinando papéis, para variar. O que devo a honra da sua visita? Problemas com a escola?

— Não, está tudo bem, tudo está indo muito bem.

Seu tom de voz denunciava  contrário  

— Fico feliz em ouvir isso.

Nem tinha prestado atenção no que ela havia sido sinceramente.  

— Jane me contou que irá pedir Mal em casamento, meus parabéns 

— Obrigado

—Vo...vo....você...tem...você tem...você tem certeza disso?

Perguntou gaguejando em função do nervosismo. 

— Como assim?
 
— Ben , sei que você e a Mal se amam muito, mas acha que está pronto para isso? Casamento é um passo muito importante e vocês dois são tão novos. Também tem a Mal, acha que ela está preparada para se tornar a próxima rainha? O povo tem a sua mãe como exemplo não acha melhor adiar?

Usando a lógica buscou fazer mostrar seu ponto de vista.

— Está tudo pronto

Jay entrou na sala do rei sem bater na porta

— Fada Madrinha fico feliz que se preocupe comigo, mas tenho certeza disso. Agora, se me dá licença

Ben saiu deixando a Fada Madrinha sozinha. Ela sabia que não podia evitar o pedido, todavia também entendia o mal que recairia sobre todos.

Carlos foi incumbido de levar Mal até o lago, Evie havia arrumado todo o lugar e Jay tinha a responsabilidade de não deixar Ben surtar.

— Carlos! Carlos tira isso de mim agora!

Mal estava brava, pois ninguém havia contado para né ela estava indo e também por estar usando uma venda.

— Está bom nervosinha  

Carlos disse com medo da amiga acabar batendo nele.

— O lago encantado? Achei que me levaria no abrigo

Disse vendo o lugar que conhecia muito bem. 

— Agora é com você cara

Abriu espaço para Ben aparecer entre as árvores.

— Ben? Agora faz sentido

Foi até ele e passou os braços em volta de seu pescoço

— Oi

Deu um selinho nela

— Olha, se queria me encontrar, não precisava me vendar, era só mandar uma mensagem como as pessoas normais fazem.

A namorado de longa data falou com seu tom debochado de sempre.

— Eu não sou um namorado normal 

— Ah, com certeza não. — Deu um beijo nele. — Então, o que estamos comemorando?

— Tem um motivo especial para querer sair com a minha adorável namorada?

— Você é exageradamente fofo Benjamim 

— Obrigado Mal Bertha Faery.

— Não gosto de você as vezes

Brincou odiando ouvir seu nome do meio.

— Mas, eu sei que vai amar essa torta de morango 

— Está brincando? Não está em época, como conseguiu?

Deixou ele para ir até a bandeja de comida.

— Você namora o rei

— Já falei o quanto amo isso?

— Engraçado, até ontem era: “por que você não é um menino normal?”

— Ontem você não tinha levando morango para mim. O que mais temos aqui?

Ela perguntou comendo um pouco de vasilha de morango.

— Biscoitos de gotas de chocolate 

Ele mostrou 

— Piadinha ruim essa

— Garanto que estão uma delícia.

Os dois comeram, riram e finalmente tinha chegado o momento que Ben esperava. Ele havia colocado o anel em um dos biscoitos. Era brega? Com certeza, mas esse era Benjamin e quanto mais romanticamente brega mais ele gostava. Contudo, até aquele momento ela não havia comido nenhum biscoito.

— Ei, por que você não come um biscoito?

Ele ofereceu tentando parecer.

— Estou satisfeita só com isso

Ela avisou achando não ser capaz de comer mais nada.

— Come só um.

Ele pegou a comida e levou até o rosto dela.

— Estou cheia Ben

— Só unzinho

— Por que quer tanto que eu como um desses? Você fez?

Perguntou estranhando a insistência dele 

— É...é isso aí... exatamente isso

Mentiu, se Mal o conhecesse iria saber que estava mentindo e ela sabia, Ben não sabia mentir, porém desconhecia  o motivo que o levou a fazer isso. Entretanto, iria deixar ele seguir com sua mentira para saber até onde ele iria.

— Ok, eu vou comer um.

Pegou uma guloseima dentro do recipiente.

— Que tal esse?

Ela iria comer um, porém ele deu outro para ela, o certo, o que tinha o anel.

— Está bem.

Mal pegou o biscoito e deu uma mordida

— E como está?

— Bom, estão uma delícia. Tem nozes?

— Algumas, sentiu o sabor de mais alguma coisa

— Tem sabor de anel

— Legal... espera o que?




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