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Que um buraco se abra debaixo do meus pés agora

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Que um buraco se abra debaixo do meus pés agora. UM ENORME. Por favor meu Deus. Queria ser tragada pela terra. Abduzida. Qualquer coisa era melhor do que isso. O cara que eu abordei pra ser o meu namorado de mentira por alguns minutos tinha que ser justamente o filho do meu chefe e consequentemente, meu chefe também?

Encarava Rodrigo ali à minha frente, ainda sem acreditar. Vim correndo para a construtora, louca da vida porque sabia que estava atrasada, mas antes eu sequer tivesse vindo. Não estaria passando por isso agora. Ou melhor ainda, eu não devia ter feito o que fiz no fim de semana. Teria evitado toda a vergonha que eu estava passando neste momento.

- Que coincidência! – Rodrigo exclamou enquanto se aproximava mais de mim e eu comecei a entrar em pânico.

- Vocês já se conhecem? – ouvi seu irmão nos perguntar.

- Não!

- Sim!

Dissemos ao mesmo tempo, e tanto o pai de Rodrigo quanto o irmão nos encararam confusos. Lancei um olhar suplicante para Rodrigo, que pareceu entender o meu desespero.

- Desculpa, acho que te confundi com alguém. – ele disse e eu poderia me derramar ali mesmo aos pés dele de alívio. – Prazer, Agatha. Sei que não é seu primeiro dia aqui, mas bem-vinda à nossa construtora.

- Obrigada, Rodrigo. – digo, apertando a mão que ele me estende. – E bem-vindo de volta.

- Filho, quero que você veja aquele novo projeto que te mostrei junto com a Agatha. Ela vai ser a arquiteta responsável por ele. – seu pai disse e eu não pude deixar de sorrir mais uma vez. A confiança que ele estava depositando em mim era incrível e ainda nem haviam completado dois meses que eu estava trabalhando ali.

- Claro. Pode ser agora, Agatha? – Rodrigo me perguntou, embora seu olhar não me mostrasse que ele estava disposto a ouvir uma resposta negativa.

- Tudo bem. – digo, e nós seguimos juntos até sua sala, deixando seu pai e seu irmão para trás.

Ao entrar em sua sala, percebo que ali era o único lugar da construtora que eu ainda não conhecia. Havia um porta retrato sobre sua mesa organizada, onde eu logo pus os olhos. A família Simas toda junta. Seu pai Alberto – ou Beto, como ele preferia ser chamado, até mesmo pelos funcionários – junto com a esposa e os filhos. Era uma foto bastante parecida com uma que eu havia visto na sala de seu pai. Eu era mesmo uma tonta! Como eu não o havia reconhecido ou pelo menos notado alguma semelhança? Tudo bem que eu não prestava muita atenção às fotos, já que eu estava sempre na sala de seu pai ou de seus irmãos à trabalho; muito menos era ligada à vida pessoal do meu chefe. Mas ainda assim, me senti uma burra. Ouço o som da porta se fechando e os passos de Rodrigo em minha direção.

- Meu Deus eu estou vivendo um pesadelo. Isso não pode ser real. – eu sussurro, mas sei que Rodrigo ouviu.

- Esse mundo é mesmo pequeno. – ouço ele dizer e quando o encaro, ele está com um sorriso no rosto.

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