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Tinham sido poucas horas, mas mesmo assim eu tinha vivido um inferno

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Tinham sido poucas horas, mas mesmo assim eu tinha vivido um inferno.

O mal entendido no jantar tinha tirado minha paz.

Eu estava verdadeiramente apaixonado por Agatha e a incerteza do que tínhamos me cegou, me deixou interpretar tudo de forma errada.

Mas não mais.

Agora já sabíamos dos sentimentos um do outro. Agora ambos sabíamos que poderíamos ser muito mais. Poderíamos ser tudo. Ela é a mulher que tem meu coração, e eu lhe dou de muito bom grado e não o quero de volta.

No meu quarto, o que vivemos é mais intenso que qualquer outra coisa que já tenhamos experimentado juntos, melhor do que qualquer outra vez que já tenhamos compartilhado. Talvez seja a ciência de que agora tudo é diferente, que não é passageiro. Cada beijo é uma promessa, um compromisso de cuidarmos do coração um do outro. E quando deslizo para dentro dela, eu sei. Eu sei que só vai continuar melhorando.

O fim da tarde vai chegando e nós permanecemos na cama, agarrados um ao outro, como se não tivesse nada melhor que isso no mundo. E é muito provável que realmente não tenha.

- Eu estou tão feliz. – ela fala enquanto sorri pra mim e eu me sinto o cara mais sortudo do mundo por ser o responsável disso, e por ela ser a razão da minha felicidade também.

- Nada pode ser melhor do que isso aqui. Eu, você, nós dois, esse momento... – digo.

- Podemos ficar aqui pra sempre? – ela pergunta, aconchegando-se mais em mim e escondendo seu rosto na curva do meu pescoço.

- Eu não me importo. – respondo, gargalhando em seguida quando ouço seu estômago reclamar por comida. – Mas acho que sair do quarto pelo menos pra te alimentar é importante.

- Nem almoçamos. – ela se justifica e eu continuo a rir. – Para Rodrigo!

Saímos para jantar, mas não demoramos a voltar pra casa e pra cama. E assim passamos o domingo também, juntos, aproveitando o máximo a companhia um do outro. Mas a segunda-feira chegou, e com ela, a realidade de que ainda tínhamos alguns assuntos pendentes. Eu e ela concordávamos que a história do falso namoro deveria ser revelada o quanto antes.

- Posso entrar? – ouço a voz de Agatha após a batida na porta.

- Nem precisa perguntar. – respondo com um sorriso, enquanto observo ela entrar em minha sala e parar ao meu lado. Roubo um beijo e sou prontamente correspondido.

- Acabei de falar com a minha mãe. Ela e o meu pai vão se organizar pra vir no fim de semana.

Tínhamos considerado as possibilidades. De início pensamos em ir até os pais de Agatha, mas repensamos. Era melhor e mais justo conversarmos com seus pais e os meus de uma vez, sem deixar que uns soubessem antes dos outros. Embora tivéssemos contado histórias diferentes para cada um, o namoro de mentira era o ponto central. Além do mais, melhor passar por isso de uma vez só do que em parcelas.

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