Ela o abordara sem mais nem menos numa cafeteria.
Ele a ajudou, entrando em seu teatro, se passando por seu namorado.
Era para ser uma única vez.
Mas eles não imaginavam que seus caminhos fossem se cruzar novamente.
Muito menos que precisariam fingi...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Três meses depois
Se isso tudo era um sonho, então eu jamais iria querer acordar. Eu estava no melhor momento da minha vida. Eu tinha o trabalho dos sonhos onde estava completamente realizada e tinha o melhor namorado do mundo.
Desde que nos livramos de todas as mentiras, nossa vida tinha ficado muito melhor. Nossas famílias se adoravam e Rodrigo e eu estávamos cada vez mais felizes.
- Bom dia raio de sol. – ouço sua voz sussurrando em meu ouvido e sorrio ainda de olhos fechados.
- Bom dia. – respondo de volta e quando meu olhar encontra o dele, eu me apaixono mais uma vez.
- Eu vou sair tá? – ele avisa. – Vou passar em casa e depois vou me encontrar com o Bruno e o Felipe. A gente se vê mais tarde?
- Claro. – confirmo, recebendo um beijo de despedida antes de me levantar e levá-lo até a porta.
Mesmo que seja sábado e eu possa dormir mais, resolvo não voltar pra cama. Tomo um banho, preparo um café e decido dar andamento a alguns projetos. Rodrigo passaria o dia com os irmãos e eu não tinha nenhum outro plano, então pelo menos faria algo útil. Mas quando pego minhas coisas para iniciar os trabalhos, o interfone toca. E mal posso acreditar quando o porteiro diz que é Marcela quem está lá embaixo aguardando minha permissão para que ela suba. Quero negar, mas a minha curiosidade vence.
- Olá Agatha. – ela me sorri de forma acanhada quando abro a porta.
- Oi Marcela, entra. – falo, dando espaço para que ela caminhe para dentro. – Confesso que eu estou surpresa com sua visita. – sou sincera. – Por favor, sente-se. – indico o sofá e ela logo se acomoda.
- Admito que pensei muito antes de tomar coragem e vir. Não sei se você me receberia muito bem, muito menos se reagiria de uma boa forma com o que vim falar, mas eu precisava tentar.
- Então diga. – peço enquanto observo suas mãos unidas, o anel de noivado brilhando em seu dedo.
- Agatha. – ela começa, hesitante. – Eu estava imaginando se você se incomodaria em comparecer ao meu casamento. Sei que as circunstâncias são meio esquisitas, mas eu precisava lhe perguntar. Desde que éramos crianças, sempre quisemos ser a madrinha uma da outra. Isso eu não posso te pedir, mas ficaria muito feliz se você estivesse presente lá.
Apenas suspiro, pois seu convite me pega totalmente de surpresa. Jamais imaginei que Marcela pudesse me fazer um pedido desses. Muita coisa havia mudado em nossa relação. Mas aqui estava ela, me convidando para o seu casamento, com o homem que um dia havia sido meu noivo.
- Eu sei que você tem todos os motivos pra me detestar...
- Eu não te detesto. – a interrompo. – De início foi estranho sim, mas eu não me importo mais.
E eu estava sendo sincera. Eu não precisava ouvir mais uma vez todas aquelas explicações e justificativas. Agora toda aquela história era passado pra mim. Hoje eu até poderia me considerar grata, porque se isso tudo não tivesse acontecido, muito provavelmente agora eu estaria casada com Daniel. E hoje eu vejo que teria sido um erro. Porque Rodrigo era o homem certo pra mim.
