04

736 61 29
                                    

Chego na construtora somente à tarde, já que passei a manhã junto aos operários acompanhando uma das nossas construções

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Chego na construtora somente à tarde, já que passei a manhã junto aos operários acompanhando uma das nossas construções. Um importante edifício que estava ficando quase pronto. Aquele trabalho em específico era de Bruno, mas eu não me importava de substituí-lo vez ou outra. Eu gostava. Passar o dia inteiro na minha sala não era do meu feitio. Eu gostava da agitação, de estar lado a lado com quem colocava a mão na massa, de ver meu trabalho e de todos os outros tomando forma. Era isso que me movia.

- Boa tarde, Helen. – cumprimento nossa secretária quando me aproximo dela. – Algum recado pra mim? Ligação?

- Boa tarde, Rodrigo. – ela me sorriu simpática, e graças a Deus deixando o “senhor” de lado. Se nem o meu pai gostava de ser chamado assim, eu muito menos. – Alguns recados. Deixei todos anotados em sua mesa. – ela me avisou.

- Obrigado. – respondo, saindo em direção à minha sala.

- Ah, mais uma coisa. – ela fala e eu paro de andar, me virando para olhá-la novamente. – A senhorita Agatha, a nova arquiteta, veio mais cedo à sua procura.

- Agatha procurando por mim? – quis confirmar, achando estranho já que não lembrava de ter marcado algo com ela. – Ela falou sobre o que queria comigo?

- Não disse nada. – ela respondeu. – Mas parecia estar realmente precisando conversar com você.

- Obrigado, Helen.

Quando me viro novamente, não é para a minha sala que sigo. É para Agatha que me encaminho. Helen é uma secretária muito eficiente e observadora, e se ela achou que Agatha precisava falar comigo com certa urgência, eu não duvidaria. Independente do que fosse, agora eu estava curioso. Passo pelo setor de arquitetura e encontro ela conversando com Felipe.

- Atrapalho? – pergunto quando me aproximo dos dois. Meu irmão sorri ao me ver, enquanto Agatha parece levemente assustada com minha abordagem. Tenho vontade de rir, mas provavelmente ela me mataria.

- Algum problema, mano? – meu irmão caçula pergunta.

- Nenhum. – respondo. – Helen me avisou que a Agatha queria falar comigo. – digo, olhando para ela agora. – Era algo importante?

- Queria falar com você de novo sobre o projeto que te mostrei ontem. Fiz os ajustes que você aconselhou. – ela disse, embora algo em mim não acreditava nas palavras dela. Mas apenas acenei com a cabeça. – Será que posso passar na sua sala quando você não estiver ocupado?

- Pode ser agora. – porque mesmo que eu estivesse cheio de coisas pra fazer, a minha curiosidade era muito maior. – Tudo bem, Fi? – pedi permissão ao meu irmão mais novo, já que parecia que eles estavam tratando de algum projeto antes da minha chegada.

- Tudo bem, já acabamos por aqui.

Felipe libera Agatha e enquanto eu espero que ela busque o que ela disse que precisava buscar, conversei com meu irmão. Então Agatha voltou até nós dois e saí com ela em direção à minha sala. Quando entramos na sala, fechei a porta para não sermos interrompidos. Observei Agatha colocar todos os papéis em cima da mesa e antes que eu dissesse qualquer coisa ou chegasse à minha mesa, ela se virou pra mim.

O Homem Ideal Onde histórias criam vida. Descubra agora