• Bebe Bonham é uma estrela em ascensão. Nascida puramente no mundo do rock, vocalista da banda do momento, a garota mais comentada nos sites. Ela vive rodeada por drogas e álcool, mas sua vida se abala com fantasmas de seu passado ao mesmo tempo e...
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A batida (de alguma musica que eu não estava em condições de assimilar ao nome), entrava em minha cabeça como uma espécie de hipnose, unida com as luzes frenéticas que rondavam toda a sala enquanto meus cachos ensopados com suor chicoteavam a minha pele. Fecho os olhos, sentindo o meu mundo girar enquanto balanço o meu corpo na batida da música, anestesiada demais com o álcool para poder ouvir Alex me chamando.
- Você quer uma bebida?
Abro os olhos e vejo que ele estava praticamente gritando em minha direção. Não respondo nada no momento, apenas o puxo por sua camiseta para perto de mim.
- Será que você não pode dançar e calar a boca?
Ele ri enquanto põe as mãos em minha cintura, dançando ao ritmo da música. Viro de costas, pressionando meu corpo em seu peito, criando aquele tipo de dança que só aparecem em momentos mais sensuais dos filmes. Fecho os olhos quando fico frente à frente com ele, deixando meus braços penderem em suas costas enquanto a letra do que agora parecia ser Ocean Drive, lentamente tocando no recinto. Alex cheirava à cigarro caro e vodca, misturados ao mesmo tempo; o que estava me deixando embriagada com memórias íntimas demais.
Suas mãos deslizavam por todo o meu corpo, trazendo um ar familiar para toda quela nossa situação, afinal ele conhecia o meu corpo como ninguém. Porém, estávamos falando de Alex, então uma hora ou outra ele estragaria tudo.
Ele pega o meu rosto com uma das mãos e rapidamente me beija, o que me fez literalmente pular de susto.
- Mais que merda, Alex! - digo, o empurrando.
Ele parecia surpreso, o que de forma alguma me fez parar antes de sair da sala o mais rápido possível.
Idiota, idiota, idiota.
Eu repetia isso pra mim várias e várias vezes. Estava com raiva de Alex, mas mais do que tudo estava com raiva de mim. Tento atravessar por entre todas as pessoas, nem tanto por causa do meu ex, que eu sabia que estava logo atrás de mim; mas primordialmente por causa de toda a vergonha que estava sentindo pela forma que agi nas últimas semanas. Ando em direção à varanda, mas antes que eu consiga chegar perto da vidraça alguém me puxa pela mão.
- Qual é, Lizzie! - diz ele, rindo.
Alex parecia (definitivamente), não ter consciência nenhuma de suas ações, e eu já estava velha demais para ser babá.
- Alex... - digo, cobrindo meus olhos com as mãos em sinal de impaciência - Quantas vezes vou ter que dizer que nós NUNCA mais seremos um casal?
- Você não tem certeza disso. - diz, caminhando em minha direção e me fazendo dar passos para trás.
- Sim, eu tenho! - digo, lançando-lhe um olhar hostil.
