Capítulo Doze

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"Olá :)

Está será a mais curta publicação que já fiz desde que comecei este blog. Tentarei ser breve e direto ao ponto. Estes últimos três anos foram de grande aprendizado para mim, tantas coisas foram desconstruídas em minha mente, tive tantas conversas incríveis e conheci pessoas extraordinárias, estas quais tive a chance de entrevistar para trazer sempre o melhor conteúdo possível, os pontos de vista mais realistas. Sempre dei o meu melhor, mas sinto que não é mais o suficiente, pessoalmente, digo, as coisas mudam de repente em nossas vidas, em um dia sua cor preferida é rosa e no outro é azul.

Propósitos mudam.

Pensei muito sobre isto durante as últimas semanas, muitos talvez's inundaram minha mente, de modo que estou dizendo adeus sem ter a certeza se realmente estou partindo. Talvez o correto seja 'até qualquer dia'.

Seja como for, peço que continuem sendo fortes e brilhantes. Que não se calem e que lutem contra esses porcos direitistas. Porcos mentirosos e egoístas. Ratos de bueiro que caluniam baboseiras contra pessoas inocentes para rouba-las integridade.

Não deixem que os bastardos os destruam."

Frank soltou o ar preso em sua garganta. Pôs a xícara de café na mesinha de centro e se encostou no sofá com o notebook no colo.

Gerard de fato havia feito aquilo. Pôs em sua mente, na noite anterior, ao deitar em sua cama para dormir, que Way estava blefando, que jamais faria o que disse que faria, mas ali estava. Como uma despedida de uma banda prestes a desbandar. Indiretas aqui e acolá.

Tão inspirador que Frank se sentiu mal pela enésima vez. Devia estar ansioso e feliz como demonstrou no carro, menos um esquerdinha. Mas não era isso que sentia. Nem perto.

Ele pensou sobre tudo. Assim como Gerard fez, em todas as não felicidades e não sorrisos. Todo o problema que era a relação inter e pessoal deles. Era uma merda. Um desastre. Será que mudaria, algum dia? Será que Iero conseguiria olhar para Gerard sem se sentir hora estranho hora raivoso. Ele acreditava que não.

Houve violência entre os dois desde o princípio. Não havia paz nem nos míseros segundos que suas bocas estavam grudadas e gosmentas uma na outra.

Largou o notebook no sofá e dirigiu-se para a cozinha com a xícara vazia. A lavou e pôs no armário, apertando a alça do móvel ao fechar, por um momento querendo simplesmente ficar ali, em pé, com os braços esticados na textura metálica e fria. Assim como ele. Metálico e frio.

Tudo veio aos poucos, não foi nada da noite pro dia. Aquilo se construiu nele. Ele não mostrou. Ele não podia mostrar antes. Ele tinha que segurar a onda. Tinha que segurar o tsunami com o mindinho.

Mas então Gerard o beijou. Uma, duas, três vezes. E então ele mostrou se preocupar. E então ele cuidou dele. E então tentou ser gentil e então... e então mesmo assim Frank não demonstrou nada além de seu molde. Foi grosso, impaciente e covarde mas claro, ele fez do maior um inimigo político o que mais poderia acontecer.

Bem, de novo, beijos. Iero nunca beijou seus outros inimigos, Gerard tinha, de fato, sido o primeiro.

Largou o móvel e cambaleou para trás, fitando o mural, aquele que deixou Gerard puto. Aquelas fotos. Pessoas. Lugares. E então em um frame viu Jamia na porta de sua geladeira, com seu grande e bonito sorriso. Seus cabelos pretos e lisos, sua franja. Seu rosto agradável. Suas sardas. Seu charme. Sentia falta dela.

Com o tempo havia aprendido a aceitar que ela não voltaria mais ( apesar das inúmeras ligações ), que provavelmente estaria dando a buceta gorda para um hippie maconheiro por aí.

Loaded Gun † Frerard Onde histórias criam vida. Descubra agora