Capítulo Dezessete

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Os corpos se encontravam úmidos e escorregadios. O menor entrava e saía do outro freneticamente, em um estado de torpor alucinante. E ao olhar para baixo, onde Way estava sendo balançado como uma bóia solta em alto mar, podia-se ver a cena mais quente que Iero já presenciou em toda a sua vida. Gerard era uma bagunça vermelha e brilhante, seus fios pretos estavam colados a testa, os olhos estavam fechados e a boca bem aberta, dali, saiam os suspiros e os gemidos mais excitantes da face da Terra.

Gerard estava dando tudo de si para o outro, literalmente. Suas mãos acariciavam a pele macia das costas dele quase que devotamente, ele queria demonstrar carinho, queria que Iero soubesse que ele gostava de fazer sexo com ele e que estava aprendendo a transformar a imagem hostil dele em algo aceitável para si mesmo, um pequeno gesto que era imensamente importante visto o que estavam fazendo.

Era preciso, naquele contexto, perdoarem tudo que já fizeram/disseram um ao outro, conversar sobre e tentar resolver o mais rápido possível, caso contrário, seria tudo uma grande perda de tempo.

Eles teriam que ser maduros. Ato esse que era uma tremenda complicação.

Eles foram tão devagar desta vez que para qualquer espectador desavisado a cena quente e molhada poderia facilmente ser confundida com dois amantes apaixonados fazendo amor em um dia ensolarado.

Bem, era exatamente o que estava acontecendo.

Quando gozaram, a primeira coisa que fizeram foi olhar um nos olhos do outro até a animosidade passar, até tudo ficar estranho demais por já não estarem mais excitados. Naqueles breves segundos, eles puderam investigar as perfeitas imperfeições um do outro, Gerard notou que havia um furinho de piercing no lado direito do lábio inferior de Frank e uma pequena cratera ao lado da sobrancelha esquerda dele, e mesmo assim o rapaz era bonito de doer, já Iero percebeu que bem, não haviam imperfeições no rosto do outro, Way era uma figura esbelta e não haviam dúvidas sobre isso.

Quando se sentou, jogou fora a camisinha e começou a se vestir, Gerard se apoiou nos cotovelos e o observou com as sobrancelhas bem arqueadas.

"O que pensa que está fazendo?" Perguntou.

O menor deu de ombros, como se fosse óbvio.

"Indo pro meu apartamento." Respondeu, ao terminar de vestir a cueca e agarrar a blusa.

"Não senhor." Se sentou, deslizando pelo sofá até ficar de joelhos ao lado dele. "A gente fode, você fica com essa cara de cachorrinho arrependido, me faz sentir como um merda e vai embora?"

"Isso foi uma pergunta retórica?" Provocou, vestindo a blusa.

"Você é muito besta, não é?" Jogou, dando com um ombro para o ar.

"E então é você." Retrucou.

"Haha." Revirou os olhos e cruzou os braços. "Estou falando sério, eu não sei o que se passa nessa sua cabeça mas quando eu propus que a gente fizesse um teste não quis dizer que só faríamos sexo, você tem que colaborar e ser... legal comigo." Explicou, engolindo a vergonha para dentro.

Iero sorriu.

"Você é um cara bem carente, não é?"

"Eu só gosto de você." Revelou, com o coração batendo a mil.

O menor tensionou a mandíbula, ficando muito ansioso de repente.

"Você... você é muito emocionado Gerard, sabe com o que você se parece? Uma garota!" Exclamou, nervoso. "O que você quer de mim? Quer que eu te chame de 'meu amor', te compre flores e faça massagem no seu pé?"

Loaded Gun † Frerard Onde histórias criam vida. Descubra agora