Livro 12
Vitória é uma jovem que ficou órfã muito cedo e passou por grandes tribulações, lutas e dificuldades, até que sua vida é transformada por uma grande mudança que acontece a deixando sem reação. Essa história é uma prova viva que ninguém pode...
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Ao acordar percebo que estou só no quarto e desço as escadas correndo atrás de saber o que foi resolvido na reunião do parlamento. Encontro Bruno, Jarbas e Arthur na sala ainda debatendo o assunto. Bruno com a mesma roupa de ontem e aparência de cansado, sinto pena dele que não sabia tudo que o ministro tramava contra ele.
- Olha aí nossa rainha. - Jarbas diz anunciando minha chegada até então despercebida por Bruno que vira-se e me abraça, dando um beijo na testa.
- Bom dia a todos. - digo retribuindo o abraço de meu marido.
- Bom dia prima. - Arthur fala e percebo nele algo diferente.
- O que tem diferente em você? - pergunto me soltando de Bruno e o analisando de perto. - Não estou descobrindo o que seja, mas tem algo diferente.
- Talvez porque você esteja olhando o mais novo primeiro ministro do país. - Jarbas diz rindo.
- Sério? - Olho para meu marido com a boca aberta e ele me abraça pela cintura dizendo:
- Muito sério e agora está nas suas mãos e nas dele o futuro do seu povo. - pega minha mão e coloca seu anel me dando total autonomia para resolver o problema de meu povo.
- Obrigada amor. - digo o abraçando e beijando, já chorando.
- Vamos até um escritório? - Arthur diz calmo e eu olho meu primo agradecendo a Deus ter sido exaltado na terra.
- Eu vou com vocês, a Júlia está me consumindo vivo com esse assunto. - Jarbas diz e eu fico feliz dele e minha amiga terem se acertado, Jarbas merecia conhecer o amor.
- Então vamos todos. - Bruno diz indicando o caminho dos escritórios.
Nos reunimos mais de duas horas, falando sobre todos os prós e contras de se organizar a defesa do povo e o único caminho que nos restou foi indicar que o povo possa defender-se e que se uma mulher ou criança estiver dentro de casa não pode ser assassinada.
- Eu não to nem acreditando que rodamos e não conseguimos reverter o edito real. - Bruno diz contrariado.
- Não se revoga um edito assinado com o anel do rei. - Arthur explica com calma passando a mão na têmpora.
- Eu estou satisfeita, assim o povo vai poder se proteger e com a campanha que faremos em rede nacional, muitos que não são cristão não vão nem querer agir. - digo me levantando e me esticando, estou tensa demais para ficar tanto tempo sentada.
- Realmente a rainha tem razão. Vou pegar a família de Júlia e vou levar para uma granja que tenho ao norte, podemos encher de crentes lá e guardar com os nossos guardas. - Jarbas diz.
- Vamos tentar proteger o máximo de gente possível. - Bruno diz me olhando e eu sorrio para ele.
- Gente então vamos cuidar agora da execução do traste? - Jarbas diz.
- Vai ser onde? - pergunto.
- No local que ele escolheu para a festa. Na mesma hora. - Bruno diz sério.
- Gente eu não vou olhar não. - digo olhando para meu marido.
- Tudo bem amor, você fica no palácio. - ele diz segurando minha mão e levando até a boca para beijar.
- Jarbas eu tenho que ir até o local, quer ir comigo? - Arthur fala e olha para mim como quem diz que eu vá dar atenção ao rei.
- Claro que vou. Temos que esvaziar as propriedades dele para passar legalmente para você. - Jarbas diz levantando vindo até mim e me dando um beijo na testa.
- Vão meninos, agente se vê mais tarde. - digo retribuindo o abraço do meu primo e voltando a abraçar meu marido.
- E nós? - Bruno pergunta me fazendo corar na frente dos dois. - Vamos para nosso quarto?
- Bruno, tenha modos de rei. - finjo estar reclamando com ele que ri e arranca risada de todos.
- Então se comporte como uma rainha e vamos fazer príncipes e princesas. - eu procurei chão para me esconder e não achei, os dois riem mais alto e saem dizendo que somos loucos.
Passamos o resto do dia no quarto descansando (só que não né).
